sexta-feira, 1 de junho de 2018

PATRIMÔNIO CULTURAL - ESTUDO DE MEIO: CASA DA CULTURA DR JOÃO BATISTA DA CRUZ.




UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
CURSO LICENCIATURA EM HISTÓRIA

Polo: Jaguariaíva. Disciplina: Estágio Supervisionado II.
Prof. Autores e Formadores: Josli Daher Vieira, Rosana Nadal de Arruda Moura e Simone Aparecida Pinheiro de Almeida.
Tutor on-line: Sabrina Silva de Souza. Aluno: Dinarte da Costa Passos. RA: 152342389. Unidade: I – Educação Patrimonial. ATV: II – Conhecendo um Patrimônio Cultural Regional.


ESTUDO DE MEIO – PATRIMÔNIO CULTURAL

1. Nome e breve descrição do patrimônio e do seu entorno e data e justificativa para o tombamento Analisar: A CASA DA CULTURA DR. JOÃO BATISTA DA CRUZ é um prédio antigo construído no ano de 1918 com a finalidade de abrigar o paço municipal tendo como proprietário o município de Jaguariaíva. Foi tombado como Patrimônio Histórico do Paraná através do Processo nº 02/92 de 20 de Outubro de 1992 com Inscrição nº 117 no Livro do Tombo de Registro Histórico do Paraná.
a) Quantas edificações (uma ou mais)? O edifício se compõem de um prédio com dois andares situado em uma pequena quadra, na Rua Aldo Sampaio Ribas esquina com a Rua Leônidas Ferreira de Barros
Há áreas externas (jardim, bancos, mesas e cadeira, lanchonete, etc.)? Na área externa fica uma pequena praça com passeio pavimentado com pedra moldurada, bancos de madeira trabalhada pintado na cor verde e porta-vasos enfeitados com madeiras trabalhada na cor verde com sistema de jardinagem e uma frondosa árvore que fica bem à frente do edifício. Ao redor do edifício situa-se uma torre com estrutura de ferro destinado para transmissão de TV analógica e uma casa para abrigar os aparelhos de repetição de sinal de TV das redes: Bandeirantes, Globo, SBT, Rede Vida, Rede massa e TV Novo Tempo.  Ainda no entorno do edifício fica uma casa com cinco compartimentos onde abriga o Núcleo Tecnológico do município.  
b) Qual é o estado de conservação do prédio: mal ou bem conservado? (Anotar aspectos como: pintura, presença ou não de rachaduras nas paredes e de outros detalhes, condições das janelas, portas, salas internas, mobiliário, sanitários). O edifício foi pintado na cor amarela dourada com tom sobre tom de maneira que causa um resplendor ao Nascer-do-Sol; as paredes estão com rachaduras e sinais de infiltração onde os fungos cobrem a antiga pintura; as janelas de madeira trabalhada com vidros estão danificada com a ação do tempo; as portas estão apodrecidas; salas e escadarias internas estão condenadas. Mobiliários e banheiros estão deteriorados sem a mínima condições de uso. Até a data de outubro de 2006 o prédio era bem conservado e abrigava a Casa da Cultura Dr. João Batista da Cruz data em que sofre um desabamento do telhado vindo danificar grande parte do acervo histórico por infiltração e contaminação com fungos. Desde então as paredes foram danificadas e iniciaram pequenas e depois grandes rachaduras. O edifício ficou abandonado desde outubro de 2006 até ao ano de 2012 quando foi reformado o telhado, mas permaneceu sem restauração as paredes, janelas e portas.  Recentemente está sendo executado um projeto de restauração, mas o prédio continua desativado para visita pública não tendo nenhum acervo instalado em seus compartimentos e o estado atual é de ruínas. 
c) Qual é o estado de conservação do entorno: condições das ruas ou vias de acesso ao local. É longe ou perto do centro da cidade; difícil ou fácil de chegar? O edifício é bem servido por ruas calçadas e de fácil acesso, situa-se no coração da Cidade Alta. O turista ou pesquisador que desejar visitá-lo tem toda as informação necessárias para chegar até ao local. Jaguariaíva é uma cidade de pequeno porte onde as pessoas conhecem bem os logradouros e dão informações mais precisa.
2. Descobrir o tipo de atividade que se desenvolvia / se desenvolve ali. Inicialmente o prédio foi construído para abrigar a sede da Prefeitura, mais tarde serviu de destacamento da Polícia Militar onde houve tentativa de ocupação do mesmo na Revolução de 1930.
a) Data de construção: a construção remonta de 1918.
b) Para que o prédio foi construído? O então prefeito municipal Dr. Eurides Cunha inaugurou para instalação do paço municipal.
c) O que funcionava ali antes? Na década de 1930 funcionou na parte superior um Clube Social da elite jaguariaivense e como também funcionou em outras épocas a Câmara de vereadores do município.
d) O que funciona ali agora? Na atualidade o prédio encontra-se desativado. Desde quando? Desde outubro de 2006 quando da queda do telhado provocado por infiltração e apodrecimento da estrutura de madeira.
3. Descrever o público que frequenta esse lugar. Em épocas de glória o edifício foi frequentado pela elite de Jaguariaíva, por políticos, autoridades municipais e estaduais. Desde seu tombamento deixou de ser sede da Prefeitura e passou abrigar a Casa da Cultura Dr. João Batista da Cruz onde foi aberto para visitações pública recebendo um público menos elitizados tais como as visitações de alunos das diversas escolas municipais e estaduais do município e região.    
4. Nesse local existem atividades voltadas para a educação patrimonial? Atualmente não. Quais? Já existiram apresentações musicais e exposição de Artistas do Paraná e do Brasil bem como o funcionamento de uma Biblioteca nas dependências do edifício.
5. De que forma você poderia usar esse patrimônio como parte integrante do ensino de História?

1. INTRODUÇÃO.

O edifício se diferencie dos demais por sua Arquitetura e cor amarela dourada trazendo um certo brilho e esplendor ao Nascer-do-Sol; tornando-se um lugar apropriado para desenvolver aula de campo onde se buscará explorar o potencial histórico do prédio e do entorno o qual o mesmo está ligado. Ainda sabe-se que tal prédio surgiu em consequência do progresso da cidade verificada pela implantação da Estrada de Ferro no início do século XX e da fábrica das Industrias reunidas Francisco Matarazzo de 1918 a 1922. O prédio acumula memória em camada e é um ponto de partida para a exploração do Histórico de todo o município e região, haja vista, Jaguariaíva ser cidade mãe de Sengés e Arapoti e este prédio estar ligado a história destas cidades. Poderá ser desenvolvido trabalho em conjunto com as disciplinas de Artes e Geografia com construção de maquetes do edifício e até mesmo de uma réplica em miniatura.

2. OBJETIVOS

Analisar o contexto histórico do surgimento do edifício e de como ele se desenvolveu no espaço e no tempo servindo a uma parcela da população jaguariaivense.
Desenvolver a capacidade de análise e interpretação dos alunos para a valorização da educação patrimonial.
Identificar na materialidade do prédio a percepção visual e simbólica do que ele revela de forma afetiva a expressão histórica da cidade de Jaguariaíva. 

3. ESTRATÉGIAS

Trabalhar a percepção dos alunos no contato direto e visual com o objeto tirando conclusões das análises observadas para desenvolver o conhecimento histórico. Colocando a classe diante da materialidade física ou com recursos imagéticos para que o aluno possa perceber a importância da educação patrimonial. E perceber também que este bem cultural nem sempre atendeu a população de Jaguariaíva como um todo, mostrando que a partir da luta pela sua restauração deverá ser um bem de acesso a toda a população com participação das escolas públicas e privadas nas diversas atividades culturais nele desenvolvida.

4. ATIVIDADES

Prepara uma sala de mais ou menos 20 alunos e trabalhar com imagens fotografadas no local evitando a aula de campo neste momento em que o prédio não oferece segurança para os alunados, mas que através de imagens o prédio virá até a sala de aula onde se buscará explorar todo o potencial histórico e cultural. Em primeiro momento deverá ser trabalhado as diversas imagens que compõem o edifício como o seu entorno a arquitetura as divisões e os compartimentos. Em segundo momento será feito a explanação do histórico desde a construção e, passando pela história em camada vamos nos estender no espeço e no tempo para falar das diversas temporalidades em que o prédio esteve ligado com a comunidade jaguariaivense. Em terceiro momento faremos a avaliação do aprendizado e buscaremos identificar de como se ampliou a capacidade de percepção histórica dos alunos comparando o antes e o depois.  

5. SUGESTÕES

Disponibilizar links no Google como: “Livro Espirais do Tempo em PDF”; portal da SEEC – Secretaria Estadual de Cultura, bens tombados > Casa da Cultura Dr. João Batista da Cruz. Revistas e Jornais da década de 90 que falavam sobre o tombamento deste bem.

ATENÇÃO: ESSA ATIVIDADE É UMA PREPARAÇÃO PARA A OFICINA SOBRE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL QUE VOCÊ DEVERÁ REALIZAR NA DISCIPLINA DE ESTÁGIO III.

REFERÊNCIAS

VIEIRA, Joseli Daher; e Outros. O Estágio Supervisionado II: Ponta Grossa – PR: UEPG/NUTEAD, 2011.


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