sexta-feira, 1 de junho de 2018

PATRIMÔNIO CULTURAL - ESTUDO DE MEIO: CASA DA CULTURA DR JOÃO BATISTA DA CRUZ.




UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
CURSO LICENCIATURA EM HISTÓRIA

Polo: Jaguariaíva. Disciplina: Estágio Supervisionado II.
Prof. Autores e Formadores: Josli Daher Vieira, Rosana Nadal de Arruda Moura e Simone Aparecida Pinheiro de Almeida.
Tutor on-line: Sabrina Silva de Souza. Aluno: Dinarte da Costa Passos. RA: 152342389. Unidade: I – Educação Patrimonial. ATV: II – Conhecendo um Patrimônio Cultural Regional.


ESTUDO DE MEIO – PATRIMÔNIO CULTURAL

1. Nome e breve descrição do patrimônio e do seu entorno e data e justificativa para o tombamento Analisar: A CASA DA CULTURA DR. JOÃO BATISTA DA CRUZ é um prédio antigo construído no ano de 1918 com a finalidade de abrigar o paço municipal tendo como proprietário o município de Jaguariaíva. Foi tombado como Patrimônio Histórico do Paraná através do Processo nº 02/92 de 20 de Outubro de 1992 com Inscrição nº 117 no Livro do Tombo de Registro Histórico do Paraná.
a) Quantas edificações (uma ou mais)? O edifício se compõem de um prédio com dois andares situado em uma pequena quadra, na Rua Aldo Sampaio Ribas esquina com a Rua Leônidas Ferreira de Barros
Há áreas externas (jardim, bancos, mesas e cadeira, lanchonete, etc.)? Na área externa fica uma pequena praça com passeio pavimentado com pedra moldurada, bancos de madeira trabalhada pintado na cor verde e porta-vasos enfeitados com madeiras trabalhada na cor verde com sistema de jardinagem e uma frondosa árvore que fica bem à frente do edifício. Ao redor do edifício situa-se uma torre com estrutura de ferro destinado para transmissão de TV analógica e uma casa para abrigar os aparelhos de repetição de sinal de TV das redes: Bandeirantes, Globo, SBT, Rede Vida, Rede massa e TV Novo Tempo.  Ainda no entorno do edifício fica uma casa com cinco compartimentos onde abriga o Núcleo Tecnológico do município.  
b) Qual é o estado de conservação do prédio: mal ou bem conservado? (Anotar aspectos como: pintura, presença ou não de rachaduras nas paredes e de outros detalhes, condições das janelas, portas, salas internas, mobiliário, sanitários). O edifício foi pintado na cor amarela dourada com tom sobre tom de maneira que causa um resplendor ao Nascer-do-Sol; as paredes estão com rachaduras e sinais de infiltração onde os fungos cobrem a antiga pintura; as janelas de madeira trabalhada com vidros estão danificada com a ação do tempo; as portas estão apodrecidas; salas e escadarias internas estão condenadas. Mobiliários e banheiros estão deteriorados sem a mínima condições de uso. Até a data de outubro de 2006 o prédio era bem conservado e abrigava a Casa da Cultura Dr. João Batista da Cruz data em que sofre um desabamento do telhado vindo danificar grande parte do acervo histórico por infiltração e contaminação com fungos. Desde então as paredes foram danificadas e iniciaram pequenas e depois grandes rachaduras. O edifício ficou abandonado desde outubro de 2006 até ao ano de 2012 quando foi reformado o telhado, mas permaneceu sem restauração as paredes, janelas e portas.  Recentemente está sendo executado um projeto de restauração, mas o prédio continua desativado para visita pública não tendo nenhum acervo instalado em seus compartimentos e o estado atual é de ruínas. 
c) Qual é o estado de conservação do entorno: condições das ruas ou vias de acesso ao local. É longe ou perto do centro da cidade; difícil ou fácil de chegar? O edifício é bem servido por ruas calçadas e de fácil acesso, situa-se no coração da Cidade Alta. O turista ou pesquisador que desejar visitá-lo tem toda as informação necessárias para chegar até ao local. Jaguariaíva é uma cidade de pequeno porte onde as pessoas conhecem bem os logradouros e dão informações mais precisa.
2. Descobrir o tipo de atividade que se desenvolvia / se desenvolve ali. Inicialmente o prédio foi construído para abrigar a sede da Prefeitura, mais tarde serviu de destacamento da Polícia Militar onde houve tentativa de ocupação do mesmo na Revolução de 1930.
a) Data de construção: a construção remonta de 1918.
b) Para que o prédio foi construído? O então prefeito municipal Dr. Eurides Cunha inaugurou para instalação do paço municipal.
c) O que funcionava ali antes? Na década de 1930 funcionou na parte superior um Clube Social da elite jaguariaivense e como também funcionou em outras épocas a Câmara de vereadores do município.
d) O que funciona ali agora? Na atualidade o prédio encontra-se desativado. Desde quando? Desde outubro de 2006 quando da queda do telhado provocado por infiltração e apodrecimento da estrutura de madeira.
3. Descrever o público que frequenta esse lugar. Em épocas de glória o edifício foi frequentado pela elite de Jaguariaíva, por políticos, autoridades municipais e estaduais. Desde seu tombamento deixou de ser sede da Prefeitura e passou abrigar a Casa da Cultura Dr. João Batista da Cruz onde foi aberto para visitações pública recebendo um público menos elitizados tais como as visitações de alunos das diversas escolas municipais e estaduais do município e região.    
4. Nesse local existem atividades voltadas para a educação patrimonial? Atualmente não. Quais? Já existiram apresentações musicais e exposição de Artistas do Paraná e do Brasil bem como o funcionamento de uma Biblioteca nas dependências do edifício.
5. De que forma você poderia usar esse patrimônio como parte integrante do ensino de História?

1. INTRODUÇÃO.

O edifício se diferencie dos demais por sua Arquitetura e cor amarela dourada trazendo um certo brilho e esplendor ao Nascer-do-Sol; tornando-se um lugar apropriado para desenvolver aula de campo onde se buscará explorar o potencial histórico do prédio e do entorno o qual o mesmo está ligado. Ainda sabe-se que tal prédio surgiu em consequência do progresso da cidade verificada pela implantação da Estrada de Ferro no início do século XX e da fábrica das Industrias reunidas Francisco Matarazzo de 1918 a 1922. O prédio acumula memória em camada e é um ponto de partida para a exploração do Histórico de todo o município e região, haja vista, Jaguariaíva ser cidade mãe de Sengés e Arapoti e este prédio estar ligado a história destas cidades. Poderá ser desenvolvido trabalho em conjunto com as disciplinas de Artes e Geografia com construção de maquetes do edifício e até mesmo de uma réplica em miniatura.

2. OBJETIVOS

Analisar o contexto histórico do surgimento do edifício e de como ele se desenvolveu no espaço e no tempo servindo a uma parcela da população jaguariaivense.
Desenvolver a capacidade de análise e interpretação dos alunos para a valorização da educação patrimonial.
Identificar na materialidade do prédio a percepção visual e simbólica do que ele revela de forma afetiva a expressão histórica da cidade de Jaguariaíva. 

3. ESTRATÉGIAS

Trabalhar a percepção dos alunos no contato direto e visual com o objeto tirando conclusões das análises observadas para desenvolver o conhecimento histórico. Colocando a classe diante da materialidade física ou com recursos imagéticos para que o aluno possa perceber a importância da educação patrimonial. E perceber também que este bem cultural nem sempre atendeu a população de Jaguariaíva como um todo, mostrando que a partir da luta pela sua restauração deverá ser um bem de acesso a toda a população com participação das escolas públicas e privadas nas diversas atividades culturais nele desenvolvida.

4. ATIVIDADES

Prepara uma sala de mais ou menos 20 alunos e trabalhar com imagens fotografadas no local evitando a aula de campo neste momento em que o prédio não oferece segurança para os alunados, mas que através de imagens o prédio virá até a sala de aula onde se buscará explorar todo o potencial histórico e cultural. Em primeiro momento deverá ser trabalhado as diversas imagens que compõem o edifício como o seu entorno a arquitetura as divisões e os compartimentos. Em segundo momento será feito a explanação do histórico desde a construção e, passando pela história em camada vamos nos estender no espeço e no tempo para falar das diversas temporalidades em que o prédio esteve ligado com a comunidade jaguariaivense. Em terceiro momento faremos a avaliação do aprendizado e buscaremos identificar de como se ampliou a capacidade de percepção histórica dos alunos comparando o antes e o depois.  

5. SUGESTÕES

Disponibilizar links no Google como: “Livro Espirais do Tempo em PDF”; portal da SEEC – Secretaria Estadual de Cultura, bens tombados > Casa da Cultura Dr. João Batista da Cruz. Revistas e Jornais da década de 90 que falavam sobre o tombamento deste bem.

ATENÇÃO: ESSA ATIVIDADE É UMA PREPARAÇÃO PARA A OFICINA SOBRE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL QUE VOCÊ DEVERÁ REALIZAR NA DISCIPLINA DE ESTÁGIO III.

REFERÊNCIAS

VIEIRA, Joseli Daher; e Outros. O Estágio Supervisionado II: Ponta Grossa – PR: UEPG/NUTEAD, 2011.


"HISTÓRIA E CULTURA DE JAGUARIAÍVA EM RESTAURAÇÃO" 






Continue lendo, disponível em: <https://www.folhaextra.com/noticia/historia-e-cultura-de-jaguariaiva-em-restauracao> Visitado em 01-06-2018.

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA 

PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO 

PROFESSOR.


Disponível em <:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_uel_cien_artigo_marcio_ciliao_filho.pdfhttp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_uel_cien_artigo_marcio_ciliao_filho.pdf> Visitado em 01-06-2018.





HISTÓRIA DAS INDUSTRIAS REUNIDAS FRANCISCO MATARAZZO NA CIDADE DE JAGUARIAÍVA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA. 





UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES.
DEPARTAMENTO DE EM HISTÓRIA
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA – MODALIDADE A DISTÂNCIA
DISCIPLINA: ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO III e IV.















HISTÓRIA DAS INDÚSTRIAS REUNIDAS FRANCISCO MATARAZZO NA CIDADE DE JAGUARIAÍVA COMO PROPOSTA PÉDAGÓGICA.













UEPG – POLO DE JAGUARIAÍVA
2018




ACADÊMICO: DINARTE DA COSTA PASSOS
RA 152342389



     



HISTÓRIA DAS INDÚSTRIAS REUNIDAS FRANCISCO MATARAZZO NA CIDADE DE JAGUARIAÍVA COMO PROPOSTA PÉDAGÓGICA.



Projeto de Pesquisa Sobre a História das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, na Cidade de Jaguariaíva apresentada como Atividade Complementar da Disciplina: Estágio Curricular Supervisionado III e IV.
Professores Formadores: Joseli Daher Vieira e Rosana Nadal de Arruda Moura.
Tutor On Line: Sabrina Silva de Souza.

 
















UEPG – POLO DE JAGUARIAÍVA
2018




1.      INTRODUÇÃO

Esta pesquisa procura investigar o processo de industrialização ocorrido na cidade de Jaguariaíva, no início do Século XX tendo como antecedentes econômico e industrial, a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra no Século XVIII e posteriormente a industrialização no Brasil verificado no Século XIX. Busca identificar as causas e consequências que levaram a descentralização das Indústrias Francisco Matarazzo da capital paulista para o interior do Brasil, principalmente sua instalação de 1918 a 1922 e a duração do processo industrial até ao ano de 1966, na Cidade de Jaguariaíva. Conhecendo a realidade social daquele momento histórico em que reinava na maior cidade da América Latina, greves intensas de 1917, os sindicatos anarquistas tomando conta dos ideais proletários da capital paulista e por outro lado à cidade de Jaguariaíva contava com um bom potencial hídrico para geração de energia elétrica e, ainda era servida por uma boa malha ferroviária com a Estrada de Ferro que ligava a capital paulista até Santa Maria no Rio Grande do Sul.
Neste sentido procura investigar as causas e origens da industrialização verificada na cidade de Jaguariaíva tendo como antecedente histórico os movimentos grevistas de 1917, a industrialização no Brasil após a I Guerra Mundial e as estradas de ferros que substituíam os antigos caminhos de tropas para transportar cargas diversas além de transporte de passageiros entre o Uruguai e o Rio de Janeiro. A Pesquisa debruça sobre a Construção do Complexo Matarazzo e de como este Templo de adoração ao capitalismo impactou a vida dos trabalhadores braçais da cidade de Jaguariaíva. A construção do edifício a retirada de pedras de arenitos na Serra das Furnas, um trabalho semiescravo que era executado por inúmeros trabalhadores braçais que na época eram chamados de arigós. 
A Pesquisa Histórica apresentada visa chamar a atenção dos alunos do segundo ano do Ensino Médio para compreender o processo histórico de industrialização de Jaguariaíva e de como este processo histórico se desenvolveu em torno de uma figura ilustre na chamada história dos heróis onde os trabalhadores anônimos que carregaram todas as pedras para construção e para a manutenção do processo industrial foram esquecidos e desapareceram no anonimato. Conforme colocava Jules Michelet é preciso dar vida a estes anônimos que construíram a história do mundo e, logicamente aqui em Jaguariaíva, não foi diferente com nossos trabalhadores braçais e mantenedores de matéria prima que sustentou o processo de industrialização desde 1918 até 1966.
Dessa forma o Projeto de Pesquisa sobre “História das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo na Cidade de Jaguariaíva como Proposta Pedagógica” tem por finalidade explorar a história local dentro de uma nova visão de historiografia, sem cultuar a imagem do herói, e de forma alinhada com a história regional do Paraná e, ao mesmo tempo, alinhada com a história nacional da industrialização no Brasil.

2.      PROBLEMÁTICA

A problemática da pesquisa gira em torno do questionamento sobre como uma cidade pacata como Jaguariaíva de pouco mais de dez mil habitantes na época veio sediar um dos maiores complexo de industrialização do Paraná? Dessa forma é preciso aguçar a imaginação dos alunados do Ensino Médio para que ao questionar sobre a forma em que se consolidou a construção do Complexo Matarazzo eles vão mais além deste questionamento para indagar sobre a forma de trabalho durante o processo industrial e de como a matéria prima do Frigorífico Matarazzo era adquirida no em torno da Indústria? Quem eram os produtores de suínos e os consumidores dos produtos industrializados em Jaguariaíva? Existe uma gama de indagações que podem levar o aluno a Reflexão sobre o processo de industrialização na Cidade de Jaguariaíva desde a Construção do Complexo Matarazzo entre os anos que vão de 1918 a 1922 e durante o processo industrial que durou até 1966.
Nesta fase de Construção do Complexo Matarazzo para fugir da história tradicional que louva a figura do fundador se pode trabalhar com a forma de mão de obra utilizada na extração de pedras na Serra das Furnas e de como os trabalhadores eram submetidos ao trabalho semiescravo. Questionando sempre qual foi o motivo em que levou o grande industrial da América Latina deixar de investir nas grandes cidades paulista para se instalar no interior do Paraná?
Na fase do processo industrial que durou de 1922 a 1966 pode explorar a manutenção de matéria prima adquirida no entorno da indústria: grandes safras de milho plantadas para alimentar os suínos que depois eram enviados para o abate no Frigorífico Matarazzo; a forma como o trabalho era desenvolvido dentro da indústria: setor de caldeiras e pelagens dos animais contrastando com trabalhos degradantes e insalubres no interior da fábrica; e por que estes trabalhadores aceitavam esta condição e não faziam greves como os seus colegas de São Paulo?

3.      JUSTIFICATIVA

O tema pesquisado decorre da necessidade de se ampliar o estudo da História local sobre o processo de industrialização ocorrido no início do Século XX, na cidade de Jaguariaíva. Atualmente encontra-se um grande Complexo Industrial desativado, mas este mesmo Complexo Industrial esteve ativo na vida do município durante um longo período que remonta de 1918 a 1966, sendo quase 50 anos de envolvimento na vida econômica e industrial de Jaguariaíva. A importância de levar esta temática para a sala de aula prende-se ao fato de muitos jovens, nascido após este período glorioso da industrialização da cidade não ter conhecimento sobre o que este símbolo representa para a cidade de Jaguariaíva.
Quando o jovem ou pessoas que vieram habitar a cidade após a desativação deste Complexo Industrial se deparam com o grande monumento erguido no início do Século XX, não faz uma ideia do que realmente ele representou para o progresso da cidade. Dessa forma torna necessário o trabalho do historiador para reavivar a memória na mente das futuras gerações de jaguariaivense o que realmente representou este símbolo industrial que atualmente se encontra desativado para o processo industrial para o qual foi erigido.
A sala de aula deve ser o encontro da Teoria com a Prática, por este motivo a pesquisa propõe trabalhar os conceitos históricos locais dentro e fora da sala de aula promovendo e incentivando os alunados para pesquisar sobre o processo de industrialização de Jaguariaíva. O projeto que se propõe não se limita, apenas, uma ou duas aulas, mas para que isso se torne uma prática de aulas de campos realizadas com visitas constantes a esse símbolo industrial de Jaguariaíva. Acredita que o Projeto de Pesquisa não só atende aos interesses históricos da cidade de Jaguariaíva, mas todo o conjunto que compõem a história regional e nacional trabalhando alinhado com a espinha dorsal da Ciência Histórica e de seus pesquisadores bem como de outras disciplinas que poderão ser trabalhadas de forma interdisciplinares.

4.      OBJETIVOS:
4.1  Geral

·         Construir práticas de pesquisa-ação e investigação dos alunos sobre o processo de industrialização na cidade de Jaguariaíva verificada no início do Século XX com a construção do Complexo Matarazzo e a duração do processo industrial com modernas indústrias no início do Século XXI.

4.2  Específicos

·         Identificar as causas e os motivos que levaram a instalação do Frigorífico das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, na cidade de Jaguariaíva.
·         Verificar a forma de trabalho e as condições degradante e insalubre no interior da indústria e de como se processou a produção de matéria prima vinda do entorno do Complexo Matarazzo.
·         Comparar a forma trabalho realizado antes da Era Vargas, durante a vigência da CLT e atualmente com o discurso da flexibilização dos direitos trabalhistas nesta nova fase de industrialização.

5.    HIPÓTESE

            Hipoteticamente a pesquisa visa responder as perguntas elencadas na problemática levando em consideração o momento histórico em que passava o Brasil durante a I Guerra Mundial. A situação das empresas nacionais e multinacionais instalada no Brasil, a Revolução de Outubro de 1917 na Rússia e a influência do pensamento socialista bem como do pensamento anarquistas nos sindicatos brasileiros. Todo este conjunto de fatores sociais somada ao potencial hídrico e as boas malhas ferroviárias que ligavam a cidade de Jaguariaíva com Curitiba e São Paulo deve ter contribuído para a instalação do Complexo Matarazzo.
            Não se pode olvidar que fatores sociais como greves e quebra-quebra no interior de fábricas paulistas tenham motivado os empresários a descentralizar suas indústrias para o interior do País onde estes estimavam que a população fosse mais “ordeira”. Coloca-se entre aspas por entender que este fosse o pensamento dos empresários da época (comentário nosso). Por outro lado as boas condições hídricas de Jaguariaíva poderiam oferecer condições para geração de energia elétrica mais barata e localizada muito próximo da instalação do Complexo Industrial a ser erigido. Sem falar na mão de obra barata encontrada em abundância pelos Campos Gerais onde o trabalhador só encontrava trabalho como peão de fazenda, arrendatário ou meeiro de pequenas safras. As propriedades rurais: fazendas e sítios produziam a matéria prima necessária (criação de suínos) para a manutenção do Frigorífico Matarazzo gerando empregos no interior e exterior do Complexo Matarazzo.
            Ainda existia outro fator importante para a escoação tanto da matéria prima quanto dos produtos industrializados; Jaguariaíva contava com uma boa malha ferroviária que ligava a São Paulo e Curitiba bem como para o norte do Paraná e este conjunto de fatores citados hipoteticamente pode ter sido a causa e o motivo da instalação do Frigorífico das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo na cidade de Jaguariaíva.

6.     DESCRIÇÃO DAS FONTES E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

            A Pesquisa utiliza fontes materiais como: documentos existentes no acervo municipal, fotos de diversas épocas dentro da temporalidade estudada; filmagem externa e interna do Complexo Matarazzo bem como questionários para entrevista de pessoas que trabalharam no Frigorífico. Será utilizado Relatório de Observação do entorno e do interior do edifício produzido pelo próprio autor da Pesquisa e outros documentos históricos que guardam registros dos eventos realizados durante o processo de industrialização.
            A pesquisa não se limitará as investigações bibliográficas e de fontes materiais coletadas, apenas, em acervos bibliotecários, mas será efetuado trabalho de campo onde serão produzidas entrevistas através de filmagens de imagem e voz de pessoas, priorizando a História Oral, dos que trabalharam no Complexo Matarazzo no tempo das atividades industriais, dessa forma, atende os pressupostos sugeridos por Thompson (1992) em sua obra “a voz do passado”.  Neste mesmo sentido a Pesquisa atende o chamamento do filósofo e historiador Jules Michelet para dar voz aos anônimos que a História Oficial relegou em segundo plano como desconhecidos tornando necessário que o trabalho do historiador venha resgatar a memória dando vida aos mortos que tombaram na construção do conhecimento histórico.
            Por último será consultado a bibliografia existente a respeito do Tema estudado: livros, jornais e revistas da época que dão ênfase ao desenvolvimento do processo industrial na cidade de Jaguariaíva. Para esta etapa será realizado consulta nas bibliotecas do município onde serão elencadas obras de autores que versam sobre esta temática construindo, dessa forma, um confronto entre o que dizem os estudiosos desta temática com as fontes materiais existentes nos acervos municipais bem como será confrontado com as entrevistas por questionários ou por gravação de voz e de imagens com pessoas idosas que vivenciaram o período do processo de industrialização liderado pelas Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, na cidade de Jaguariaíva.
            Ainda a pesquisa pretende investigar a estrutura do prédio, o estilo das paredes internas e externas, seus compartimentos e divisões bem como a pavimentação do pátio que divide os blocos com pedras de arenitos retiradas na Serra das Furnas. Investiga a forma de trabalho braçal e animal da época bem como o impacto ambiental causado pelo sistema de industrialização com o povoamento desordenado de áreas urbanas motivadas pelo crescimento da população. O sistema de abastecimento de energia elétrica nos geradores onde a energia era própria sendo produzida por Usinas hidroelétricas construídas nos rios Jaguariaíva e Capivari. Torna-se objeto de pesquisa e estudo todas as construções que compõem o Complexo Matarazzo desde o sistema elétrico até ao sistema hidráulico que era alimentado por gravidade com pontos de saída para atender possíveis incêndios a que viesse acometer as construções e maquinarias.
           
7.    REFERENCIAL TEÓRICO / REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

            A pesquisa pressupõe o estudo da bibliografia coletada e efetuado o fichamento dos textos de forma planejada para se produzir um bom referencial teórico que venha embasar o trabalho de Pesquisa-ação histórica. Portanto se fará um levantamento bibliográfico sobre o tema proposto e, após várias leituras será efetuado o fichamento em forma de um relatório ordenados com os recortes das citações já o número de páginas e com a titulação da obra de cada autor a ser citado no trabalho de investigação de história local.
            Na produção de conhecimento histórico conforme leciona Behrens (2000, p. 59-60) o professor deverá envolver os alunos no trabalho de pesquisa-ação tornando este um sujeito cognoscente que valoriza a reflexão, a ação e a curiosidade dentro de um espírito crítico motivado pelo questionamento. Dessa forma pretende atrair o aluno para as aulas de campos realizadas entorno do Complexo Matarazzo e de seu acervo a fim de despertar neles o espírito de investigação e construção do conhecimento histórico.
            Neste mesmo diapasão Carvalho (1987, p. 41) leciona que a sociedade do conhecimento está caracterizada por ser uma grande produtora e também usuária de informações onde as ciências se desenvolvem com uma velocidade intensa que extrapola a concepção dos enciclopedistas. Faz se uma comparação entre a sociedade industrial centralizada na produção de bens materiais com a sociedade do conhecimento, na qual a produção intelectual e o uso das tecnologias ganham destaques em ambas as sociedades. Dessa forma a tecnologia empregada nos dois sistemas é a mesma e tanto na sociedade industrial como na sociedade do conhecimento é a técnica e a velocidade que induz o processo de desenvolvimento.
            No que tange a História das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, na cidade de Jaguariaíva e quanto à escolha desta cidade para sediar o Complexo Matarazzo Brandão (2000) coloca que:
Desde 1913 (...) o grupo Matarazzo estabelecera uma filial em Curitiba. Fora criada no Paraná, a subsidiária S.A. Indústria Matarazzo do Paraná, com a compra de vários trapiches e armazéns no Porto de Antonina. Voltado a receber e estocar trigo vindo da Argentina (...) o Frigorífico de Jaguariaíva situado no limite do entroncamento do ramal ferroviário, numa região de produção de suínos.
(...) passava por Jaguariaíva de trem, em 1918, no caminho entre Sorocaba e o Sul do País, quando teria avistado, da janela, o Rio Capivari e a importante queda d’água, o “cachoeirão”. Teria mandado parar o trem para ver melhor e encontrou e encontrou, ali, uma criação de porcos. Associando a queda d’água como fonte de energia elétrica e a criação de porcos como matéria-prima, à proximidade com São Paulo e à existência de estrada de ferro, teria decidido construir ali um grande Frigorífico (BRANDÃO, 2000).

            Para esta autora o fator que promoveu a ideia de instalação do Frigorífico do Complexo Matarazzo em Jaguariaíva foi à capacidade de grande produção de matéria-prima na região e por esta cidade estar localizada no centro do entroncamento ferroviário entre as cidades de Curitiba/São Paulo e o norte do Paraná. Entendemos ser este um dos fatores que levou a decisão do empresário Francisco Matarazzo investir na cidade de Jaguariaíva, mas por outro lado percebemos que existia uma série de causas que colocava o empresário em choque com os trabalhadores da capital paulista, como as grandes greves de 1917 e o assassinato do sapateiro anarquista José Martinez – o espanhol. As lutas sindicais pela reivindicação de melhores salários e condições de vida no interior fabril pode ser a causa principal da ideia de descentralização das Indústrias Matarazzo para o interior do País e, dessa forma, Jaguariaíva foi contemplada com a Construção do Complexo Matarazzo. Talvez não fosse uma benesse para o povo da cidade, a instalação do Frigorífico, mas uma forma do empresário auferir maiores lucros com mão de obra barata e uma massa de trabalhadores sem a devida consciência de seus direitos. Para o empresário era a certeza de que não haveria greve e revolta dos trabalhadores jaguariaivense, como de fato, não é encontrado registro de greves durante os quarenta e oito anos de duração do processo industrial do Frigorífico Matarazzo de Jaguariaíva.
            Para o professor Ludwig (2006, p. 102-105) apud Frizanco (2003a, p. 06-08), o progresso de Jaguariaíva foi impulsionado pelo Frigorífico das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo.
(...) Estabeleceu-se ali uma grande indústria de derivados de carnes, a Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, cujo proprietário era o imigrante italiano Conde Francesco Matarazzo. O Conde conheceu a família Frisanco e quando passava pela cidade tratando de seus negócios, sempre que podia, fazia uma visita na Chácara Passo Velho para conversar e tomar um bom vinho com o seu amigo Carlos Frisanco.
(...) A indústria prosperou na região com o negócio de Frigorífico. Havia o abate de porcos e produziam-se derivados da carne suína, tais como: presuntos, banha, carnes defumadas e outros (FRIZANCO, 2003a).

            Percebe-se que a História de Jaguariaíva sempre foi contada de forma tradicional onde se eleva a imagem do herói, o fundador do Complexo Matarazzo, e seus compadrescos. Tudo dentro de um círculo de amizade que vem enaltecer a imagem das pessoas ilustres da classe dominante. É neste contexto que pretendemos construir uma nova história de Jaguariaíva buscando investigar documentos e pessoas anônimas do povo que fizeram o progresso dando vida aos mortos e desconhecidos como tanto pretendeu Jules Michelet.
            Dessa forma, o Projeto de Pesquisa pretende utilizar a voz do passado conforme leciona Paul Thompson (1992) para que a História Oral venha produzir conhecimento juntamente com os documentos escritos sobre este tema. Debruçar sobre as narrativas e relatos orais e documentais para apontar as verdadeiras causas e motivos que levaram a instalação do Complexo Matarazzo, na cidade de Jaguariaíva, mas com uma nova história vista por outro ângulo que não seja a história positivista que venha homenagear somente figuras ilustres em prejuízo dos verdadeiros construtores do progresso – os trabalhadores.
            No que tange ao processo de industrialização na cidade de Jaguariaíva e a escolha da cidade para a implantação do Complexo Matarazzo, percebe-se que as agitações de junho e julho de 1917 pode ter motivado o empresário italiano a investir no interior do País. Conforme relata Hino (2016) citando Biondi (2016), nos meses que se seguiram ao outono de 1917 foram tempos de grandes agitações provocadas pelas lutas sindicais lideradas pelos anarquistas e socialistas, a capital paulista foi sacudida pelas massas de trabalhadores em greves e manifestações.
Os 9.500 estavam todos concentrados ainda na Mooca, em seis grandes estabelecimentos fabris – Crespi, Antarctica, Fábrica Mariangela de Matarazzo, Estampería Matarazzo, Tecidos de Juta, Lanifício De Camillis –, e espalhados em 24 pequenas oficinas. Para coordenar o movimento, no dia 9 de julho foi criado o Comitê de Defesa Proletária, com representantes de grupos anarquistas e socialistas e lideranças sindicais, entre os quais os libertários Edgard Leuenroth, Luigi Damiani, Antonia Soares e Candeias Duarte e os socialistas Teodoro Monicelli e Giuseppe Sgai.
(...) A pressão sobre os operários das indústrias Matarazzo por causa da guerra tornava-se evidente também de outras formas, que, como no caso das subscrições dentro do estabelecimento, mostravam como agia o poder interno dos contramestres ou de alguns gerentes (BIONDI, 2016).

            Dessa forma, o Projeto de Pesquisa sobre a “História das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo na Cidade de Jaguariaíva como Proposta Pedagógica”, visa construir uma nova forma de fazer história local tendo o foco na história dos trabalhadores e não das figuras ilustres e, ao mesmo tempo, se alinhar com a história regional e nacional. Entende-se que a História local não pode ser um objeto separado da História regional e nacional, mas um fragmento do todo que a História em geram tanto nacional quanto internacional e é nesse sentido que se pretende construir a História local de Jaguariaíva.

8.      CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

            Dessa forma o Projeto de Pesquisa sobre a “história das indústrias reunidas Francisco Matarazzo na cidade de Jaguariaíva como proposta pedagógica” propõem que os alunos dê início a pesquisa-ação a partir de 01 de Junho de 2018 conforme o cronograma estabelecido para que até 23 de outubro de 2018 sejam apresentados os questionários para avaliação e discussão conforme o Plano de Aula previamente estabelecido. Para a realização desta etapa de pesquisa-ação será efetuado questionários próprios com a formatação de perguntas e/ou entrevistas com pessoas idosas que vivenciaram a temporalidade em que o processo industrial se desenvolvia a todo o vapor. Para essa atividade de entrevista oral trabalharemos conforme as Lições de Thompson (1992) em sua obra “a voz do passado”. 

Atividades/2018
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Levantamento de dados
01 a 30




Leitura e Fichamento

01 a 31



Redação do TCC


01 a 31


Acertos finais



01 a 30

Revisão/ Entrega




01 a 23
Defesa/Aplicação




23/10/18
      
9.      REFERÊNCIAS

AXT, José. Jaguariaíva Nossa Terra, Nossa Gente. Jaguariaíva, 1999.

BEHERENS, Marilda Aparecida, "Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente", em MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica, Campinas: Papirus, 2000.

BRANDÃO, Ângela. Memórias: Frigorífico das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo em Jaguariaíva. Curitiba: PNUD. 2000

CARVALHO, Ana Maria Almeida. Análise qualitativa de episódio de interação: uma reflexão sobre procedimentos e formas de uso. Psicologia Reflexão e Crítica. Curitiba, 1987.

LUDWIG, Augustinho Argemiro. História de Jaguariaíva. Vol I. Jaguariaíva: O. Frizanco, 2006, p. 102-105

MICHELET, Jules. A Feiticeira. Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992, p. 276.

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BIONDI, Luigi. A greve geral de 1917 em São Paulo. Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeirarepublica/GREVE%20GERAL%20DE%201917%20EM%20S%C3%83O%20PAULO.pdf Acesso em: 23 de Maio de 2018





APÊNDICE


Plano de Aula – I
I. Plano de Aula: Data: 23-10-/2018
II. Dados de Identificação:
Colégio/Escola: Colégio Estadual Padre José de Anchieta – CPJA.
Professor (a) estagiário (a): Dinarte da Costa Passos
Disciplina: História
Série: 2º do Ensino Médio.
Turma: 2º C
Período: 23/10/2018
III. Tema:
A HISTÓRIA DAS INDÚSTRIAS REUNIDAS FRANCISCO MATARAZZO, NA CIDADE DE JAGUARIAÍVA.
Considerando a Revolução Industrial, na Europa e depois no Brasil observamos que São Paulo foi palco de grandes agitações sociais no ano de 1917 e esse talvez tenha sido um dos principais motivos que levou o empresário Italiano Francesco Matarazzo instalar seu Complexo Industrial na cidade de Jaguariaíva. Nesta aula abordaremos este tema com aprofundamento dos conceitos sobre como produzir uma boa História local em consonância com a História regional e nacional.
Ao trabalhar em sala de aula os conceitos sobre a História local e, propriamente do processo industrial, alavancado pelas Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo iremos demonstrar de que forma se processou no espaço e no tempo atingindo o modo de vida dos trabalhadores jaguariaivense que antes viviam no sistema cíclico com jornadas livres limitadas pelo caminho do Sol, nos sítios e fazendas da região. E que doravante, a partir do processo industrial de produção em massa, se viram obrigados a se adaptar ao sistema linear da hora-trabalhada. Sendo que passaram seguir o ritmo da Revolução Industrial com o relógio acelerando o tempo e com o apito da sirene da fábrica anunciando que já era hora de trocar o turno ou de uma breve parada intrajornada para a refeição.
Ainda podemos conceituar que a Revolução Indústria consiste em um período de grandes mudanças econômicas e sociais que foram realizadas entre os séculos XVII e XIX na Europa, sobretudo na Inglaterra e que no Brasil chegou num processo mais tardio, mas que se procedeu da mesma forma que na Europa. A principal mudança deste período foi à transição dos processos dos trabalhos nos sítios e fazendas para um ritmo acelerado que substituíram o trabalho artesanal pelo uso de máquinas, além do trabalho que agora passava a ser assalariado a partir do momento. A Substituição pelas máquinas teve o intuito de poupar o tempo do trabalho feito pelos humanos, o que também gerava uma maior produção de mercadorias e consequentemente o aumento no lucro dos empresários. Neste contexto histórico, em Jaguariaíva não foi diferente e o processo industrial se deu no modelo fordista/taylorista onde a divisão das tarefas e o aperfeiçoamento do tempo de trabalho seguiam um modelo rigoroso.
IV. Objetivos:
a)    Geral

·         Construir práticas de pesquisa-ação e investigação dos alunos sobre o processo de industrialização na cidade de Jaguariaíva verificada no início do Século XX com a construção do Complexo Matarazzo e a duração do processo industrial com modernas indústrias no início do Século XXI.

b)   Específicos

·         Identificar as causas e os motivos que levaram a instalação do Frigorífico das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, na cidade de Jaguariaíva.
·         Verificar a forma de trabalho e as condições degradante e insalubre no interior da indústria e de como se processou a produção de matéria prima vinda do entorno do Complexo Matarazzo.
·         Comparar a forma trabalho realizado antes da Era Vargas, durante a vigência da CLT e atualmente com o discurso da flexibilização dos direitos trabalhistas nesta nova fase de industrialização.
V. Conteúdo:
1) Construção do Complexo Industrial Matarazzo (1918 a 1922)
2) Causas e Consequências que levaram a implantação em Jaguariaíva.
3) As grandes greves e manifestações de 1917 em São Paulo.
4) O potencial hídrico e a malha ferroviária de Jaguariaíva.
5) A produção de matéria-prima nos “Campos de Jaguariaíva” e região.
6) O Processo Industrial e o funcionamento do Frigorífico (1918 a 1966)
VI. Desenvolvimento do tema: descrição da abordagem teórica e prática do tema
INTRODUÇÃO.
Em primeiro momento será efetuada a apresentação de nossa aula geminada que terá duração 100 minutos, sendo que nesta primeira parte aplicaremos a apresentação dos conceitos sobre a História das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, na Cidade de Jaguariaíva. A turma de mais ou menos trinta alunos será dividida em grupo de quatro ou seis alunos, sendo que cada grupo receberá os questionários de pesquisa. Para essa organização do sistema de pesquisa-ação de história vamos dispor de 10 minutos do total da aula. A princípio iniciaremos a aula explicando para a turma os conceitos de História local e Indagando se eles sabem o que foi a Construção do Complexo Matarazzo e o Processo Industrial que se seguiram até ao ano de 1966? Vamos explicar o que este processo significou em termos de mudanças sociais, comportamentais, econômicas e culturais para o povo de Jaguariaíva. Vamos convidar os alunos para refletir sobre cada uma dessas fases a partir das inovações técnicas e científicas e como elas afetam as condições de vida e trabalho das pessoas modificando costumes e tradições relacionados ao tempo do tropeirismo para a transição em tempo industrial.

DESENVOLVIMENTO.

Em segundo momento vamos desenvolver as atividades de conhecimento histórico através de questionários de pesquisa com as perguntas elaboradas em conjunto entre professor/alunos. Nesta fase vamos aplicar os conceitos históricos relativos ao “Tema” apresentado descrevendo os principais aspectos do Processo Industrial de Jaguariaíva cujos questionários já estão com as perguntas previamente elaboradas para ser aplicada por cada grupo formado por quatro ou seis alunos que desenvolverão o conhecimento histórico através de pesquisa-ação em fotos, vídeos, documentos escritos, etc. Cada equipe ou grupo deverá representar o aspecto que terá de abordar, preferencialmente em uma discussão interativa para depois confirmarem a aplicação dos questionários previamente elaborados.
Nesta proposta de atividade vamos considerar a necessidade de interação entre os vários grupos que compõem a classe de alunos. Nesta etapa trabalharemos os conceitos históricos que embasa o tema e os conteúdos elencados no item V deste Plano de Aula. Faremos uma reflexão sobre as implicações do advento das inovações técnicas para a sociedade, explicando que no ano de 1918 começa a construção do Complexo Matarazzo em Jaguariaíva e o Processo Industrial se prolonga até ao ano de 1966. O tempo de duração previsto para o desenvolvimento dos conceitos e do Jogo desta segunda fase é de 80 minutos.

SÍNTESE INTEGRADORA.

Em terceiro e último momento faremos a síntese integradora das atividades apresentadas com fechamentos e conclusão dos conceitos apresentados e com a finalização do Jogo de Tabuleiro. Ainda vamos verificar se nas discussões em sala de aula, nas perguntas e respostas dadas e se na elaboração do quadro comparativo os alunos foram capazes de compreender a importância de se estudar e investigar sobre a História local, principalmente sobre o Processo de Industrialização da cidade de Jaguariaíva e como esse processo afetou a vida do pacato cidadão jaguariaivense. Mudando seus costumes e tradições baseada na vida tropeira de se levantar pela madrugada trabalhar até às onze horas e fazer um intervalo de descanso durante a calma do dia (das 12 às 15 horas). Da mesma forma que aconteceu mudanças drásticas na vida do trabalhador europeu durante a Revolução Industrial, aqui em Jaguariaíva os trabalhadores sofrem as mesmas consequências em virtude de mudanças no trabalho diurno e noturno para os quais não estavam acostumados a se submeterem.
Nesta conclusão faremos um ponto de reflexão e contextualização dos conceitos estudados comparando o início do Século XX com a atualidade e tirando conclusão sobre a comparação com o cotidiano vivido por cada aluno. Para esta terceira e última etapa vamos disponibilizar o tempo de 10 minutos para conclusão de nossa síntese integradora.
VII. Recursos didáticos: (quadro, giz, projetor de multimídia, etc.) e fontes histórico-escolares (filme, música, quadrinhos, etc.). Além dos meios já elencados vamos utilizar outros recursos e meios didáticos utilizados bem como o Livro Didático utilizado pela professora-supervisora. O jogo de Cartas de Tabuleiros, carteiras, canetas, lápis e papel sulfite tamanha a4.  
VIII. Avaliação:
A avaliação será aplicada de forma somativa computando dos pontos que os diversos grupos alcançaram no Jogo de Tabuleiro, o qual será lançado em um questionário para verificar o nível de fixação do conhecimento.
IX. Referências:

Disponível em: <http://www.conceitoesignificadosderevoluçãoindustrial> 21 de set de 2017 - Conceito e Significado de Revolução industrial: A Revolução Industrial ... A principal mudança deste período foi à transição dos processos de...> Visitado em 10/05/2018.

Disponível no AVA da UEPG/NUTEAD: <Por uma História prazerosa e consequente. (Formato: PDF. Tamanho: 4978 Kb)> Visitado em 21/03/2018.

FERREIRA, Ângela Ribeiro. Oficina História VI. Ponta Grossa – PR: UEPG/NUTEAD, 2011.

BRANDÃO, Ângela. Memórias: Frigorífico das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo em Jaguariaíva. Curitiba: PNUD. 2000

LUDWIG, Augustinho Argemiro. História de Jaguariaíva. Vol I. Jaguariaíva: O. Frizanco, 2006, p. 102-105