I PARTE – ERA NEGATIVA
A DOUTRINA MAFRANITA É UM
PATRIMÔNIO CULTURAL E IMATERIAL DO POVO MAFRAANITA, UM LEGADO DEIXADO PELO
GRÃO-MESTRE DINARTE DA COSTA PASSOS, O FUNDADOR DA CONSCIÊNCIA MAFRAANITA.
A Doutrina Mafraanita é um legado deixado pelo Grão-Mestre Dinarte da
Costa Passos, nele contém nove descrições: Mística, Histórica, Heráldica,
Geográfica, Genealógica, Filosófica, Simbológica, Numerológica e Política.
Servirá como Mandamento Cívico-Militar-Religioso para nortear o destino
espiritual e material do povo mafraanita rumo à senda da libertação. O
documento se divide em duas partes: parte I que é a Era Negativa e parte II que
é a Era Positiva Mafraanita. O texto escrito se compõe de três formas
metodológicas: o documento com fonte Arial doze (12), justificado e sem recuo
com espaçamento de linha um (1) se refere ao corpo principal do documento onde
relata toda a narrativa desde o Álef até o Tav. Os textos menores com fonte
Arial dez (10), justificados e com recuo quatro (4) se refere aos escritos
citados como referência ao preâmbulo e aos Annaes Mafraanita com suas secções,
Manuelita, Antonita, Joanita, Francisquita, Sebastianita, Dinizita e Dinartita.
Os textos minúsculos são citações e explicações em rodapé com fonte Arial sete
(7), justificada e com espaçamento um (1) entre linhas.
NO (ÁLEF) PRINCÍPIO CRIOU
ELAN-HIM O UNIVERSO DOS SETE CÉUS E TODAS AS GALÁXIAS COM OS SISTEMAS ESTELARES
QUE NELE EXISTE, CRIOU AS LEGIÕES DE ENTES CELESTIAIS, CRIOU A TERRA COM TODAS
AS ESPÉCIES DE VIDA QUE NELA EXISTENTE E CRIOU A HUMANIDADE PARA ADORAR O SEU
NOME.
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ÁLEF – O TEMPO DE GULE (1ª
LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR IGUAL = 1)
A Torat no Sêfer Bereshit – Pereq Achat (Capítulo I) – Passuk Achat (Versículo
I), nos ensina que: “Bereshit bará Elohim
et ha’shamáiym v’et ha’aretz” que traduzido do hebraico para o português é:
“no Princípio, Criou Deus os (sete) Céus e a Terra”. Nossos sábios cabalistas
entendem que esta frase é um código composto por sete palavras e vinte e oito
letras hebraicas cada uma com sua força numérica. Dessa forma o DNA-7 está
contido nesta frase e indica que o Eterno Criador fez o Universo dos sete Céus,
depois a Terra com todo o sistema de vida existente nela e por último Criou a
Humanidade com a finalidade de invocar o nome do Eterno Criador.
CRIAÇÃO
DO PRIMEIRO CÉU: O Álef
o Tempo de Gule é o princípio de todas as coisas, ele é
ponto inicial da Criação do Universo e de tudo quanto nele há. Antes da Criação
havia um tempo de repouso que compõem o ciclo da Eternaera, onde o espírito de
Elan-him, o Eterno Criador de todas as coisas repousava sobre a dimensão do
Oceano Cósmico. Por águas do Oceano Cósmico não se entende as águas em estado
líquido, mas uma simbologia que indica águas primitivas do Universo que se
encontrava em estado gasoso.
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No
Álef, o Senhor do Universo despertou de seu profundo sono e com um grande brado
que ecoou nos confins do Universo deu início a Criação da Luz que não se
confunde com a Criação do Sol que faz parte da Criação das estrelas. A Criação
da Luz se dá no momento em que Elan-him estabelece a Suprema Ordem Galáctica
determinado pela força do verbo de ação “Haja Luz” e esse fenômeno deu causa a
“Grande Explosão” e aos primeiros movimentos de massas iluminadas e massas
escuras que entram em ritmo de expansão do Centro para a Periferia do Universo.
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A
Luz criada por Elan-him é uma “Luz Suprema” causada pela explosão do “Núcleo de
El” que fornece energia para toda a matéria iluminada e superaquecida que
existe no espaço. Com a abertura do Álef, o Tempo Divino que estava congelado
passou a executar um trabalho. Más este tempo não foi mensurado em espaço de
dia e nem de noite, haja vista, não existir o tempo tropical que é dado pelos
movimentos da Terra em torno do Sol. Neste início da Criação nem o Sol e nem a
Terra existia, pois estamos falando somente da Criação do primeiro Céu e,
ainda, haverá a Criação dos demais Céus para depois chegar ao contexto da
Criação da Terra.
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A
gênesis da Criação tem seu início há cerca 14 bilhões de anos atrás com o
estabelecimento da Ordem Divina para que houvesse a Luz, dessa forma, foi dado
início ao processo Criacionista de todas as coisas que se materializa em corpo
sólido ou possui movimento de locomoção. Tal processo não se deu em um passe de
mágica, más demorou sete tempos, sendo seis de trabalho árduo e um de repouso
para que Elan-him terminasse a Obra que planejou para fazer. O Eterno nosso
Deus e Rei do Universo começa edificar o primeiro Céu com as estruturas gasosas
das massas nebulosas com as quais edificou o “Núcleo de El” onde se encontra o
Palácio Real do Criador.
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O
“Álef”, o Tempo de Gule é o Marco-Zero que dá início ao tempo da ETERNAERA que
parte da Criação da Luz até ao “Tav” que é o fim da existência da Luz quando
ela entra em repouso. No período de repouso, Elan-him, dormia um profundo sono,
pois nada havia sido criado para ser administrado; o único movimento que
existia era a pulsação do Coração de Elan-him no interior do “Núcleo de El” – o
Centro do Universo. Elan-him vivia eternamente sendo o princípio (Álef) e o fim
(Tav) do grande ciclo da Eternaera e com a Criação da Luz faz se a separação
entre o que é um tempo de repouso e um tempo de trabalho.
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Elan-him
se encontrava sozinho sendo rodeado por uma aura mística de Partículas Divinas
que criavam um halo em torno do “Núcleo de El”; dessa forma, Ele decide criar Meta-Tron,
o super-arcanjo antes de criar a primeira estrutura do seu Exército Celestial.
Para isso tomou uma poção destas Partículas Divinas e com esta massa criou Meta-Tron,
o primeiro príncipe de todo os arcanjos e com a mesma massa criou o segundo
príncipe Mafraan’el e depois destes dois criou os demais Entes Celestes (os
anjos). Então Ele decide criar um Ordenamento Espiritual fundamentado na
Hierarquia e na Ordem, dessa maneira, surge a primeira Legião Celestial composta
de sete mil, setecentos e setenta e sete (7777) Serafins, comandados por setenta e dois (72)
Ishinins que obedecem a hierarquia dos nove (9)
arcanjos que são liderados pelo Príncipe Mafraan’el que fica assentado na destra ao redor
do trono de Elan-him. Esta Legião tem por função manter a guarda do “Núcleo de
El” e, ao mesmo tempo, auxiliar a força Divina para empurrar e puxar as
Galáxias Distantes em direção a Periferia e ao Centro do Universo.
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Elan-him,
dividiu o Tempo do processo de Criação em sete períodos nos quais arquitetou,
planejou e edificou toda a periferia do Universo onde iniciou pela primeira
expansão (1º Céu) até chegar a sétima expansão (7º Céu). Na ótica Divina o
primeiro (1º) Céu vai do “Núcleo de El” até o primeiro Céu da Terra, mas na
ótica dos homens a posição se inverte indo do primeiro Céu da Terra até o
sétimo Céu que é a morada do Criador. Más como a Terra ainda não fora criada,
esse conceito, ainda, não existia. Também não existia o conceito de tempo
tropical fundamentado no dia e na noite, por ser este um fenômeno provocado
pelo périplo terrestre em torno do Sol. Portanto para Deus não existe tempo
fundamentado no dia e na noite como os que se manifestam na dimensão terrestre;
tal fenômeno só é visível ao olhar humano e, dessa forma, o Tempo Divino é
mensurado em dimensão diferente do Tempo Tropical Humano.
BETH – O TEMPO DE ORANGE
(2ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 2)
CRIAÇÃO
DO SEGUNDO CÉU: No
primeiro ciclo do tempo de trabalho que foi do início da Criação da Luz até a
edificação das Galáxias Distantes. Elan-him chamou ciclo Beth o Tempo de Orange por considerar um tempo onde a Luz
vinda do “Núcleo de El” possuía uma coloração alaranjada. Foi no Tempo de
Orange que o Eterno iniciou a Criação dos grandes sistemas galácticos que ainda
se compunha de nuvens de poeira e fumaça atômica. Neste período foi criado o
segundo (2º) Céu do Criador que é o sexto (6º) Céu do homem.
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Elan-him
viu que os trabalhos de edificação dos sistemas galácticos lhe consumiam grande
energia e esforço, pois toda a matéria se encontrava em expansão. Elas se
afastavam do “Núcleo de El” formando imensos círculos, era necessário criar
mais guardas e trabalhadores para cuidar da administração deste segundo
círculo. Neste segundo Céu de Orange ele estabelece as Galáxias Distantes
composta de nebulosas gigantes, médias e anãs bem como espalha as massas
iluminadas e superaquecidas em contraste com as massas escuras e
super-resfriadas. As massas quentes criam uma força positiva que tende a subir
e as massas frias criam uma força negativa que tende a descer.
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Então
Ele decidiu criar a segunda Legião Celestial formada pelos Querubins composta de sete mil, setecentos e
setenta e sete (7777) anjos armados com espada flamejantes e com capacidade
para percorrer os confins do Universo em poucos segundos. Essa Legião Celestial
é comandada por setenta e dois (72) Ishinins que guardam o segundo círculo
galáctico e são chefiados por nove (9) Arcanjos liderados pelo Príncipe
Gavri’el que fica assentado no centro ao redor do trono de Elan-him. Esta
Legião Celestial tem por função, além da segurança do segundo Céu, estabelecer
o controle dos sistemas estelares fazendo com que cada planeta gire em torno de
uma estrela, e cada estrela gire em torno de sua Galáxia, e cada Galáxia gire
em torno do “Núcleo de El”.
GUÍMEL – O TEMPO DE JALDE
(3ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 3)
CRIAÇÃO
DO TERCEIRO CÉU: Neste
ciclo do tempo de trabalho que foi do início da criação das grandes Galáxias
Médias e das nebulosas até termino da edificação de todas as Galáxias Médias e
Galáxias Anãs. Ele chamou de Tempo de
Jalde por considerar um tempo onde a Luz
vinda das massas branca superaquecida refletia nas massas escuras e resfriadas
formando uma coloração amarela esverdeada. Elan-him, o Arquiteto e Construtor
do Universo, no final de cada etapa, observa sua Obra de Criação e Ele mesmo
avalia como muito boa e, portanto, decide continuar criando e ampliando sua
Obra de Construção do Universo.
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Neste
período conhecido como Tempo de Jalde houve a Criação do terceiro (3º) Céu do
Criador que é o quinto (5º) Céu do homem. Neste período que é longínquo para os
humanos, más muito perto para o Eterno, foram criadas as doze estruturas que
alicerçam o firmamento onde cada círculo gravitacional é envolvido por uma
força de atração que não deixa os corpos menores se afastar da órbita dos
corpos maiores. Este sistema galáctico trabalha como uma imensa máquina com
suas engrenagens, polias e correias imaginárias que garantem o sucesso de todo
o sistema universal que é alimentado pela administração de Elan-him e de seus
anjos operários.
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Neste
período foi criada a terceira Legião Celestial dos Erilins que é composta de sete mil, setecentos
e setenta e seta (7777) anjos soldados que são comandados por sessenta e três
(63) Ishinins que são comandados por nove (9) Arcanjos liderados pelo Príncipe
Micha’el que fica assentado na sinistra ao redor do trono do Rei Celestial.
Esta Legião Celestial tem entre outras atribuições militares a de cuidar do
sistema sincronizado do Universo e garantir o sucesso do sistema universal para
que nunca falte a energia necessária a manutenção do sistema. Neste período Ele
acabou a Obra de Criação das grandes Galáxias, das Galáxias anãs e das demais
nebulosas que reservou como massa para a construção de mais Obras em tempo
vindouro.
DÁLET – O TEMPO DE SÍNOPLE
(4ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 4)
CRIAÇÃO
DO QUARTO CÉU: Neste
ciclo do tempo de trabalho que foi da Criação das Galáxias Próximas até a
edificação dos sistemas estelares, o Eterno criou todos os sistemas estelares
que se encontram na Via-Láctea juntamente com o nosso sistema solar. Este
terceiro ciclo do tempo de trabalho Ele, chamou de Tempo de Sínople
por considerar um tempo em que a Luz vinda das
galáxias se espalhava sobre os sistemas estelares causando uma coloração
esverdeada.
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Neste
período foram criado o quarto (4º) Céu do Criador e o quarto (4º) Céu do homem
com todos os seus ornatos. Dessa forma, o quarto Céu do Criador é também o
quarto Céu do homem por que está a meio caminho entre o “Núcleo de El” e a
Terra que, ainda, seria criada em tempo vindouro. Os sábios da Kabaláh, do
Zohar e das escrituras Talmúdicas revelam que os Entes Celestes que estão em
cima costumam falar que o Eterno Rei está embaixo e os Entes Celestes ou
humanos que estão embaixo costumam falar que Ele está em cima. Dessa forma, se
pode imaginar que o Rei do Universo se encontra Onisciente e Onipresente em
toda parte, em cima ou embaixo, na esquerda ou na direita, onde imaginar Sua
presença Ele estará por perto.
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Neste
terceiro ciclo, Elan-him, criou a quarta Legião Celestial dos Chashmalins composta de sete mil, setecentos e
setenta e sete (7777) anjos brilhantes comandados por cinquenta e quatro (54)
Ishinins que são comandados por nove (9) Arcanjos liderados pelo Príncipe
Tzadik’el. Essa legião de anjos guarda o caminho das galáxias que estão
próximas da Via-Láctea e cuidam dos sistemas estelares que se encontram próximo
dos buracos negros. Tais buracos estão famintos para devorar sistemas inteiros
e transformar em pequenas partículas sólidas e em uma nuvem de fumaça atômica.
HÊI – O TEMPO DE BLAU (5ª
LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR IGUAL = 5)
CRIAÇÃO
DO QUINTO CÉU: Neste
ciclo do tempo de trabalho que foi da Criação dos Sistemas Estelares até a
edificação dos planetas, cometas e asteroides mais primitivos. Elan-him chamou
de Tempo de Blau por considerar um tempo em que a Luz
vinda em direção à Via-Láctea refletia uma coloração azul sobre a quinta
expansão. Neste ciclo de tempo a Via-Láctea com todos os seus ornatos foram
criados no seu devido lugar no firmamento onde recebeu os seus planetas
primitivos juntamente com seus satélites que faziam parte das engrenagens do
Universo. O Universo começava a tomar as dimensões de uma Obra conclusa
faltando, apenas, os seus acabamentos e ornamentos para enfeitar o grande
firmamento que é visível ao olho humano.
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Nos
quatro primeiros períodos do Tempo Divino, o Universo se compunha de três
massas: a massa iluminada e superaquecida; a massa escura e resfriada; e a
antimatéria em oposição às demais. Os três elementos ou substâncias só se manifestavam
no estado gasoso, ainda não havia o estado líquido e o estado sólido. As três
substâncias juntas formavam uma imensidão de nuvens de poeiras e fumaça atômica
que fora ordenada em espiral para que, dessa forma, constituísse o sistema
sincronizado onde os corpos celestes menores ficam orbitando em torno de corpos
celestes maiores.
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Dessa
forma, Elan-him criou o mecanismo sincronizado de todos os sistemas galácticos
e estelares onde os satélites giram em torno dos planetas, os planetas giram em
torno das estrelas, as estrelas giram em torno das galáxias e as galáxias giram
em torno do “Núcleo de Elan-him”. O nosso sistema galáctico formado pela
Via-Láctea trabalha de forma harmônica no sistema sincronizado do Universo onde
o microcosmo é a representação do macrocosmo. Dessa forma, os sistemas
estelares primitivos e médios iam percorrendo em um círculo em torna do centro
da Via-Láctea que comprime as estrelas fazendo achatar e se rasgar em torno do
buraco negro.
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No
sistema sincronizado do Universo não existem caminhos retilíneos, mas todos os
caminhos são curvilíneos. Por que todos os corpos celestes menores giram em
torno dos maiores e por que ambos os menores e maiores são obrigados a
orbitarem em torno do “Núcleo Central de Elan-him”. Neste período foi criado o
quinto (5º) Céu do Criador e o terceiro (3º) Céu do homem. Neste período
Elan-him criou a quinta Legião Celestial dos Malachins composta de sete mil, setecentos e
setenta e sete (7777) anjos mensageiros comandados por quarenta e nove (49)
Ishinins que são comandados por sete (7) arcanjos liderados pelo Príncipe
Rapha’el.
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Esta
quinta Legião Celestial de anjos Malachins tem a função de levar as mensagens
do Eterno para todos os círculos do Universo. Eles são trombeteiros que
anunciam as boas-novas. Mesmo antes de ser Criada a Terra e o Homem, eles já
tinham a função de levar no futuro a mensagem de Elan-him para a humanidade.
Eles estão destacados no quinto Céu, mas tem acesso livre ao trono do Rei e
Criador do Universo de onde carregam as mensagens e saem distribuindo para seus
destinatários. Outros anjos menores também recebem mensagens destes velozes
anjos que são mensageiros do Deus Altíssimo e com a Criação da Humanidade, eles
passam diretamente a visitar a Terra e os adoradores de Elan-him.
VÁU – O TEMPO DE ANIL (6ª
LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 6)
CRIAÇÃO
DO SEXTO CÉU: Neste
ciclo do tempo de trabalho que vai desde a Criação do Sol e dos demais sois que
orbitam a Via-Láctea, Elan-him chamou este período de Tempo de Anil, por considerar que a Luz vinda do Sistema
Solar refletia sobre toda a expansão do Sexto Céu dando uma coloração azul
anil. Neste período todos os sistemas estelares que são similares ao Sistema
Solar foram criados na circunvizinhança deste sistema e o próprio Sol passa a
iluminar o Sexto Céu do Criador que é o Segundo Céu do Homem.
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No
início deste sexto ciclo de trabalho, Elan-him decidiu criar a sexta Legião
Celestial dos Elanins, composta de milhares de bilhões de
espíritos que viajam por todo o Universo ora vivendo sem matéria ou se
materializando nos seres animais, vegetais e minerais. Os Elanins foram os
menores de toda a criatura divina que o Eterno havia Criados. Eles povoam a
região do Sexto e Sétimo Céu do Criador formando imensas nuvens invisíveis de
tais criaturas e, eles são responsáveis pelo funcionamento de todos os
movimentos de pulsação dos seres vivos, animais, vegetais e minerais, quer
sejam de seres animados ou inanimados.
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A
atuação destas criaturas espirituais é de extrema importância para a vida, sem
eles não haveria vida, pois são o elemento primordial e principal de todos os
movimentos e circulações existentes no Universo. Essa legião é infinita por se
tratar de espíritos que precisam de um corpo para se materializar.
Diferentemente dos anjos que não precisam se materializar, os Elanins
necessitam de um corpo e da energia material para se locupletar. Eles não se
importam em habitar qualquer tamanho de corpo, são preparados para se ajustar a
qualquer tamanho desde um Dinossauro até uma cianobactéria de vida unicelular.
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Quando
não acham corpo material, seja em matéria viva, vegetal, líquido como a água,
gasoso como o fogo, eles podem se materializar em seres minerais como pequenas
pedras até aos grandes rochedos. Para comandar os Elanins, o Eterno Rei do
Universo colocou trezentos e sessenta e cinco (365) Ishinins liderados por
vinte e oito (28) Capitães-Mores que são comandados por treze (13) Arcanjos
governados pelo Príncipe Marban’el. Cada um deles é responsável por manter
a guarda das cinquenta e duas semanas mais um dia em tempo normal e no ano
bicalenda o turno de um deles é dobrado para atingir o tempo exato de um ano tropical
terrestre.
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Esta
Legião de Espíritos tem entre outras funções a de guardar o caminho da Terra em
torno do Sol dividindo-a em oito estações de uma Dinagal sob a responsabilidade
de oito (8) Arcanjos especiais que são chamados de: Calendicur, Calenjuba,
Calendinéqui, Calen-basco, Calendilon, Caleninca, Calenodiéqui e Calenarita. Entre
estes oitos arcanjos que exercem a guarda das estações estão o guarda de
Carbelian e o guarda de Magdalzin que são dois anjos que seguram a posição da
Terra tanto no inverno quanto no verão para que ela não se desvie do seu
caminho ao redor do Sol Sol. Cada um deles é responsável por uma estação que o
globo passa a cada quarenta e cinco ou quarenta e sete dias e sua missão é
evitar que outros corpos celestes vindo do espaço sideral se choquem com a
Terra. O Eterno ainda não havia criado a Terra, mas como bom Arquiteto já tinha
planejado as futuras funções destes Entes Celestes na futura edificação de Sua
Princesa preferida – a Terra.
ZAIN – O TEMPO DE PÚRPURA
(7ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 7)
CRIAÇÃO
DO SÉTIMO CÉU: Neste
último ciclo do tempo de trabalho Elan-him, chamou de Tempo de Púrpura por considerar um tempo em que a Luz
vinda do Sol espalhava uma coloração violeta por toda a atmosfera do planeta Terra.
A Luz Solar era nova e seu brilho era muito intenso sobre o Sétimo Céu do
Criador que é o Primeiro Céu do Homem. Neste período Ele criou os demais
planetas que circulam ao redor do Sol e com massas gasosas foi estabelecendo os
limites de cada um até que a mistura gasosa foi se solidificando no núcleo para
formar o campo gravitacional.
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Neste
período Ele criou a Lua que foi feita com massa gasosa retirada das nuvens de
poeira que circulavam em torno do Sistema Solar. Nesta época já havia muitos
corpos sólidos e pequenas rochas de asteroides e meteorito que orbitava em
torno do Sistema Solar. Com partes destas rochas e massas semissólida Ele
construiu a Lua e colocou como satélite para orbitar ao redor do centro
gravitacional no qual iria edificar a Terra. Dessa forma, o Sétimo Céu do
Criador, o primeiro Céu da Humanidade que é considerado o Céu da Lua foi criado
para guardar a lembrança da escuridão e para que os futuros habitantes da Terra
pudessem apreciar durante a noite a grandiosa Obra da Criação.
*******
No
final deste ciclo Elan-him decidiu criar a sétima Legião Celestial dos
Nafesh’lins composta infinitamente de miríades de
milhões de almas lideradas por trinta e três Capitães, comandados por dezessete
(17) arcanjos governados pelo Príncipe Miguel. Os Nafesh’lins tinham grande
velocidade para voar, mas eram impedidos de transitar livremente pelos
corredores especiais dos anjos; ficavam confinados no Paraíso abaixo da
Constelação do Cruzeiro do Sul de onde só saiam com a autorização destes para
se apresentar ao Criador, mas só quando eram chamados. Estes Entes Celestes
formados por Partículas Divinas eram classificados como “Almas” puras e se
diferenciavam dos anjos por ser um Ente que precisavam de uma cápsula ou
invólucro como moradia. Eram muito semelhantes aos Elanins, mas se
diferenciavam destes na capacidade intelectual e na capacidade de possuir Vida
Eterna como Deus e os anjos, pois os espíritos não ultrapassam a vida útil de
sete mil, setecentos e setenta e sete (7777) anos, necessitando de o Criador
ter que criar milhares de miríades deles para repor o contingente.
*******
Os
Nafesh’lins também só podiam se materializar em uma única espécie de ser
vivente que ainda não tinha sido criado. Dessa forma, os Nafesh’lins se
diferenciavam dos Elanins que tinham autorização para se materializar em
qualquer corpo vivente, vegetal ou mineral. Há duas classificações de Almas: as
puras que nunca se materializou e as impuras que necessitam do banho em lago de
fogo para a sua purificação. Más nesta época só havia Almas puras, pois Deus
não havia criado o Homem onde elas pudessem se materializar e estes seres
especiais criados pelo Eterno não podia se materializar em outra criatura viva
como podia fazer os Elanins.
CHÉTH – O TEMPO DOS SETE
YOM (8ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 8)
PRIMEIRO YOM: Segundo os
relatos da Torat, encontrada no Bereshit, a Terra era sem forma e vazia, e
havia escuridão sobre a face do abismo. Desde antes da Criação da Terra, o
Eterno já havia planejado construir algo ali e, dessa forma, determinou que uma
massa cinzenta e escura fosse sendo acumulada no centro gravitacional. Essas
primitivas nuvens de poeira e fuligem formava um abismo escuro sem que a Luz do
Sol pudesse penetrar aquela atmosfera. Elan-him estava decidido fazer daquele
lugar, um ponto dos mais lindos do Universo e lançou mãos da Obra de Criação do
Planeta Terra. Corria o Quarto Ano Galáctico e projeto de Criação da Terra se
encontrava em pleno desenvolvimento.
*******
A Terra estava envolto a uma massa gasosa e muito
quente e Elan-him apanhou uma rocha vulcânica que estava logo abaixo do “Núcleo
de El” e atirou em queda livre até ao centro do abismo carregado de nuvens de
poeira. Da mesma forma, pediu que todos os anjos operários das Legiões
Celestiais atirassem um asteroide na direção do centro terrestre e, dessa
forma, foram atiradas milhares de rochas em direção ao centro aquecido da
Terra. Quando os asteroides se chocaram com a pedra fundamental que Deus havia
lançado todas explodiram formando uma lava vulcânica, más os operários
continuaram atirando mais rochas de asteroide e meteoritos até que a lava foi
secando e formou um manto viscoso.
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Placas tectônicas foram sendo colocadas ao redor do
magma e sobre elas foram sendo construídas camadas de rocha primitiva e depois
sobre elas se ergueram montanhas de arenitos que, sobre forte, pressão
gravitacional acabou comprimindo-as contra o eixo. Dessa forma, as lavas
subiram por entre as fendas e acabaram unindo os rochedos para formar a crosta
que ardia como ferro aquecido na brasa. Essa primitiva massa terrestre era de
natureza mole no núcleo e terrivelmente dura nas partes externas. Para
completar o acabamento da crosta Deus lançou uma segunda rocha sobre o local
onde hoje é Jerusalém e ali ela foi clavada nas profundezas do núcleo sólido
ficando com uma saliência que forma as rochas de Sião em Israel.
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Más “a Terra era sem forma e vazia” por que
somente rochedos com alta temperatura exalava gases na sua atmosfera e às águas
do firmamento não se aproximava daquele abismo. Foi então que o grande Arquiteto
do Universo ordenou aos seus anjos para trazer uma nuvem de poeira gelada que
envolveu as rochas superaquecidas criando um manto de partículas granuladas que
fizeram baixar a temperatura. Dessa forma foi criado o subsolo em camadas sobre
os rochedos. A Terra se encontrava no final de sua Era Hadeanozoica e a
codificação de seu DNA era representada pelos numerais 777.777.777 que os anjos
do Eterno haviam gravado na sua estrutura e esse código representava um sexto (1/6)
do tempo total da Idade da Terra.
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SEGUNDO YOM: Era o Sétimo
Ano Galáctico e a Terra foi sendo criada em camada de dois, vírgula,
setenta e sete (2,77) milímetros até que seu diâmetro completou doze bilhões,
setecentos e setenta e sete milhões, setecentos e setenta e sete mil,
setecentos e setenta e sete (12.777.777.777) milímetros. Esta é a mensuração
matemática de seu código contido no DNA Divino que somete aos sábios foram
revelados estes segredos. Essa codificação está contida nas primeiras sete (7)
palavras e vinte e oito (28) letras hebraicas que estão escritas no primeiro
“passuk” (versículo) do primeiro “pereq” (capítulo) da Torat que versa sobre a
Criação dos Céus e da Terra. Um código, um DNA Divino contido nas escrituras
que Moshê Rabênu conhecia muito bem, mas não detalhou aos homens por que sua
missão não era esclarecer, más confundir a cabeça dos incrédulos.
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TERCEIRO YOM: Coria o
Décimo Ano Galáctico, a Terra encontrava em curso avançado de construção e,
dessa forma, existia a formação rochosa de sedimentação. A cada espaço de tempo
Elan-him e seus anjos traziam poeiras de nuvens espaciais que ia locupletando
os contornos da Terra e, dessa forma, as massas granuladas foram dando a
estrutura para a construção do subsolo e posteriormente as massas muito finas
(poeira) foram se acumulando para formar os primitivos círculos do solo. Dessa
forma, a Terra foi sendo construída com todo o carinho do Arquiteto do Universo
como um arquiteto terreno que constrói sua Obra Prima com o maior cuidado.
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A
Terra havia sido criada por Deus e seus anjos com todos os seus contornos onde
a crosta se locomovia deslizando sobre as placas tectônicas. A temperatura
média era de cento e quarenta graus Celsius e não havia água sobre a sua
superfície. Então Deus determinou ao Príncipe Rapha’el com seus sete (7)
arcanjos e aos quarenta e nove (49) Ishinins que comandam a poderosa Legião
Celestial dos Malachins para que cada anjo trouxesse um cometa grandioso da
região do terceiro Céu. Naquela terceira expansão existiam muitas águas em
estado líquido e em estado sólido, dessa forma, os cometas estavam carregados
de Hidrogênio e Oxigênio resfriado a (-) cento e sessenta graus Celsius. Cada
anjo lançou o seu cometa que ao tocar a atmosfera terrestre explodiam em uma
enorme saraivada de gelo que se liquidificavam e, ao mesmo tempo, se
transformavam em vapor.
*******
Dessa
forma a água líquida ocupou as partes mais baixa da crosta formando oceanos,
mares e lagos; as águas que se infiltraram nos grandes planaltos formaram os
rios de águas correntes, o vapor que subia formou as nuvens e o restante de
gelos remanescentes se acumulou nas latitudes polares. Assim a temperatura da
Terra resfriou em torno de vinte graus Celsius e permitiu um ambiente suave
para a implantação da vida no planeta. Dessa forma, Elan-him estabeleceu
limites para que a água ocupasse uma faixa entre dois círculos de sete mil,
setecentos e setenta e sete (7777) metros; dos quais setecentos e setenta e
sete (777) metros estavam infiltrados abaixo do solo e os outros sete mil
metros ficariam em forma de vapor acima do solo para formar as nuvens.
*******
QUARTO YOM: Corria o
Tredécimo Ano Galáctico e a Terra se
encontrava com milhares de camadas rochosas uma efetuada sobre a outra e o
subsolo cobria as rochas e o solo corria o subsolo. Os primeiros sinais de vida
foram trazidos de lugares distantes do Universo e implantados por Elan-him, na
superfície da Terra e elas começaram com as primeiras cianobactérias e vida
minúscula. Dessa forma, todas as espécies de vida aquáticas foram sendo
introduzidas até que os mares e os rios se encheram delas. Sobre as margens caudalosas dos rios, os anjos do Altíssimo iam
colocando vidas de maneira que os seres minúsculos começaram habitar as margens
dos rios, lagos, mares e oceanos e eles se multiplicaram muito ao ponto de
encher a Terra.
*******
No final deste período já se podia vislumbrar a Terra cheia de espíritos
viventes, desde os menores até os maiores animais; o que vem ser confirma pelas
palavras que foram ditas pelo Criador no quarto yom conforme está escrito no
Bereshit, pereq achat: passuk: esrim e achat’esrim – 20 E
Deus disse: “produzam as águas réptil de alma viva e ave que voe sobre a Terra,
sobre a face do firmamento dos Céus! 21E Deus criou os
grandes peixes e toda a alma viva que se arrasta, que as águas produziram
segundo suas espécies, e toda ave segundo sua espécie, e Deus viu que era bom.
*******
QUINTO YOM: Corria então o
sexadécimo ano galáctico, a Terra se encontrava farta de vida, neste período
Elan-him e seus anjos estabeleceram toda a espécie de animais de pequeno, médio
e grande porte. As florestas cobriam os vales, montanhas e toda a sorte de erva
verde brotavam do solo modificando a paisagem e criando uma aura de oxigênio
que beneficiava a vida de animais de grande porte. Conforme encontramos escrito
no Sêfer Bereshit, pereq achat: passukim: 24 E Deus disse:
“produza a Terra alma viva segundo a sua espécie – animal, réptil e animal
selvagem da Terra segundo a sua espécie” e assim foi. 25 E Deus fez
o animal selvagem da terra segundo a sua espécie, o animal segundo a sua
espécie e todo o réptil da Terra segundo a sua espécie, e Deus viu que era bom.
*******
SEXTO YOM: No Nonadécimo
ano galáctico, a Terra era
formada, apenas, por um único continente cercado de mares e oceanos – a
Pangeia. Elan-him precisava construir os edifícios do Universo e trabalhar em
outra dimensão, por isso entregou a administração da Terra ao príncipe Rapha’el
que chefiava os Malachins para que nela introduzisse criaturas desde os seres
unicelulares até aos grandes Dinossauros. Nesta época havia toda a sorte de
criaturas pequenas, médias e grandes que habitavam a superfície da Terra, nela
havia os elfos, as fadas, as encantadas que eram uma espécie de espíritos quase
transparentes que se locomoviam pelo ar a poucos metros do chão.
*******
A
massa atmosférica era mais densa e a gravidade do planeta tinha menor atração
de maneira que somente as criaturas e animais muito grandes podiam caminhar
sobre o solo; as demais criaturas e animais flutuavam se locomovendo com uma
leveza semelhante à dos peixes do mar. Seres semelhantes aos Elanins foram
criados por Deus para enfeitar o planeta e essa espécie coloridas de diversas
cores eram semelhantes às réstias da luz refletida na água em movimento. De
natureza transparente eram como gelatinas de todas as espécies e cores, sua
massa material eram como a das águas-vivas e das caravelas, porém não habitavam
as profundezas dos mares, mas viviam flutuando pelo ar do planeta.
*******
No
tredécimo Mensanugal, do nonadécimo Ano Galáctico que
compreende o período que os cientistas ousam chamar de Paleojurássico que foi
do início do tredécimo Mensanugal até o início do último Diagal. O príncipe Rapa’el dos Malachins
cumprindo ordens do Criador fez introduzir toda a espécie de vida exótica sobre
o planeta Terra e para controlar a administração dos seres vivos introduziu os
Anaquins. Estas criaturas eram gigantes de
aproximadamente vinte e oito metros de estatura, pesavam vinte e uma toneladas
e carregavam sobre os ombros uma carga de até trinta e três toneladas.
*******
Os
Anaquins dos tempos jurássicos foram responsáveis pelas construções das cidades
e torres de pedras como as pirâmides do Egito, as pirâmides da região Andinas e
as pirâmides do vale do México. Construíram também a sua própria imagem as
estátuas e monumentos da Ilha de Páscoa, cavalgavam sobre Dinossauros e
utilizavam esses animais para transportar blocos de pedras de até cem toneladas
de uma região para outra. Os Anaquins tinham muita força bruta, mais muito
pouco inteligência, além de serem demasiadamente belicosos, perdiam tempo de
trabalho para medir forças e combater uns aos outros numa guerra sem fim. Para
evitar os confrontos entre os gigantes do Sul e do Norte, Elan-him decidiu
separar a Pangeia em dois continentes a Eurásia e a Gondwana. Más a natureza
belicosa destas criaturas só criava conflito localizados de maneira que para
acalmá-los, Ele subdividiu os dois continentes em sete continentes: América,
Antártida, Oceania, Ásia, África, Europa e Groelândia.
*******
A
divisão da Terra em sete continentes não foi suficiente para acalmar os ânimos
guerreiros dos Anaquins, de maneira que Deus decidiu exterminar estas criaturas
da face da Terra e determinou que os Erilins fizesse um asteroide se chocar com
a Terra causando uma grande explosão nuclear que dizimou toda a criatura de
grande porte. Só sobreviveram os animais de médio e pequeno porte que se
encontravam longe da irradiação nuclear. Depois desta catástrofe, os gigantes
que sobreviveram foram retirados da Terra e levados para planetas gigantes que
orbitavam em torno de outros sistemas estelares. Dessa forma, não sobraram
vestígios dos Anaquins que pudesse identificar as suas ossadas ou restos
mortais.
*******
A
nova Terra dividida em sete continentes foi purificada da irradiação nuclear e
tornou-se novamente um paraíso para a vida de pequenos e médios animais.
Segundo o livro apócrifo de Enoque, interpretado pelo erudito bíblico Zecharia
Sitchin; os anjos mais distantes da corte
celestial sobrevoavam a superfície da Terra e estes varões viram belas
criaturas fêmeas que estavam no cio com as quais coabitaram dando origens ao
nascimento dos Nefilins. Estas criaturas eram de grande
estatura se comparado ao homem normal, mas eram sete vezes menores do que os
Anaquins possuíam boa inteligência, mas não tinham autonomia para sobreviverem,
necessitavam do controle total dos anjos.
******
Por
volta do último Mensanugal, a Terra estava povoada de toda a
espécie de seres vivos, vegetais, animais, visíveis e invisíveis. Existiam
abajaras e abayaras que eram uma espécie de macho e fêmea que podiam sobreviver
em três situações diferentes: andavam como humanos, voavam como os pássaros e
mergulhavam nas águas como os peixes. Ainda por volta da última Semanugal
surgiu uma espécie de criatura derivada do cruzamento entre pequenas e belas
fêmeas com anjos caídos. Essa espécie era sete vezes menor que os Nefilins,
mediam aproximadamente cinquenta e sete centímetros, pesavam aproximadamente
sete quilos, não tinham inteligência e nem força bruta, foram chamados de Gamadins.
THÉTH – O TEMPO DA CRIAÇÃO
DOS ADAMIM: A GENEALOGIA DA RAÇA HUMANA (9ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR
= 9)
No
finalzinho do sexto yom quando o último Pôr-do-Sol anunciava o fim do Tempo dos
Seis Yom; Elan-him decidiu criar a Humanidade que foi representada pela palavra
código (acróstico) grafada em hebraico – Adám, no original do hebraico três
letras representada pelo DNA-777777777: Álef (valor = 1), Dálet (valor = 4) e
Mem (valor = 40). Somatória das letras em relação à numerologia (1 + 4 + 40 =
45) > (4 + 5 = 9) força da guemátria nove (9) indica que a Humanidade criada
por Elan-him era composta de quatro “ishim” (homens) e cinco “ishot”
(mulheres). Foram criados quatro casais primitivos onde Adám o Patriarca-Rei
por ser o Chefe dos demais tinha duas esposas: Lilit, aquela que levou ele a
comer da fruta proibida e se tornou um demônio passando a sugar a semente do
homem para que este não produza filhos; e (Chavá) Eva, a segunda esposa mulher
virtuosa muito bem disciplinada e com comportamento exemplar de uma casta dona
de casa que lhe deu setenta e dois filhos.
*******
Era
tarde (final) do penúltimo Diagal, na data de setecentos e setenta e sete
mil, setecentos e setenta e sete (-777.777) anos tropicais da Era Negativa
Mafraanita, no Tempo Galáctico do Sexto Yom. Por volta da trigésima hora
galáctica negativa equivalente às dezoito horas daquele dia, o Eterno desceu do
Reino de Sua Glória até a superfície da Terra na companhia dos nove príncipes
que comandavam as Legiões do Exército Celestial. O Eterno pousou sobre a rocha
da montanha sagrada que é a base do fundamento da Terra e lá fabricou Sua obra
de arte fazendo nove estátuas humanas sendo quatro de homens e cinco de
mulheres. E o Criador disse-lhe ao seu séquito: façamos homens (ishim) e
mulheres (ishot) a nossa imagem para que habite a Terra e para que se
diferencie das demais criaturas tanto nos movimentos quanto na inteligência. As
criaturas e animais que até agora autorizei a sua criação não têm capacidade
para governar a Terra, portanto, preciso criar um ser todo especial, uma obra
de arte trabalhada por Minhas próprias mãos. Tendo dito essas palavras, tomou a
massa de argila e com ela fabricou quatro estátuas de homens e cinco estátuas
de mulheres. Vejamos a Torat, no Sêfer Bereshit, pereq achat, passuk
shevá’esrim: 27 E Deus criou o homem (Adám) a Sua imagem, à
imagem de Deus criou, machos (ishim) e fêmeas (ishot) criou-os. Palavra
código (Adám) em hebraico que significa “pai de um povo”, um homem no sentido
amplo que quer dizer que foi tomado do pó da terra (adamah), simbolicamente
este código representa toda a humanidade.
******
Disse
o Eterno aos anjos, introduzam a vida em cada estátua e os anjos colocaram os
Elanins que lhes deu articulação e movimentos como fizeram com as demais
criaturas que haviam criados. Más Elan-him percebeu que estes seres
recém-criados não tinham inteligências para se autogovernarem, pois em nada
eles eram diferentes das demais criaturas que receberam o mesmo espírito de
vida. Foi então que Elan-him chamou o Príncipe Rapha’el dos Malachins e ordenou
para trazer ali nove almas puras que se encontravam entre os milhares de legiões
contida no Paraíso da Constelação do Cruzeiro do Sul e que Ele havia criado
anteriormente. Prontamente o Príncipe Rapha’el fez introduzir como um relâmpago
as nove almas na presença do Eterno. Ele tomou o conjunto de nove em Sua Mão
Direita e soprou sobre elas determinando que cada uma delas ocupasse o seu
devido lugar nos invólucros dos adamim. As nove Almas tiveram livre arbítrio
para escolher os seus invólucros e, dessa forma, o Eterno criou quatro homens
(arba’a ishim) e cinco mulheres (chamesh ishot) que foram dotados de grande
sabedoria, e inteligência para dominar a vida sobre a face da Terra. Os
primeiros adamim dado a sua pureza de alma e espírito podiam circular por todos
os dez níveis da Árvore da Vida ficando entre a Terra e o Paraíso onde gozavam
dos privilégios que só os anjos tinham. Não tinham fome, pois se alimentavam do
“Manah Celestial” que lhes eram servidos uma vez a cada sete dias.
*******
Vejamos
a Torat, no Sêfer Bereshit, pereq shtayim, passuk shevá: 7 E o
Eterno Deus formou o homem (Adám) do pó da terra, e soprou em suas narinas o
alento da vida e o homem tornou-se alma viva. O capítulo II, versículo,
“sete” é outro código contido na Torat que indica a Criação do Homem (Adám) no
sentido amplo que indica pluralidade dentro da numerologia e da somatória de
seu nome, como também o DNA-777777777 indica a Criação de um conjunto de nove
(9) adamim cada um com o DNA-7. A Criação da Humanidade (Adám) se deu entre a
tarde do segundo Diagal quando já se preparava a passagem para o primeiro
Diagal. Entre os nove adamim criados estão cinco fêmeas e quatro machos
representado pela simbologia: Adám Qadmon (Adão Celestial), Adám Há’Rishon
(Adão Primordial), Adám Belial (Adão Negativo) e Adám Rá (Adão Mau). Dessa
forma, desde o primórdio da Criação Humana, já surge às quatro naturezas de
pessoas que vão dominar o Malchut (mundo físico dos viventes). Da mesma forma que existiam quatro naturezas
no gênero macho também existia cinco naturezas do gênero feminino sendo que
Chavá representava o lado bom de Adám e Lilith
representava o lado mau de Adám. Nesta data (-777.777), Adám, o código foi criado
e os adamim permaneceram em repouso no Paraíso durante 343.777 anos tropicais
para posteriormente receber o Tempo das Mãos Divinas. O Tempo Cósmico que lhe
foi dado servia de transição entre o Tempo Galáctico Divino e o Tempo Tropical
do Homem.
*******
SÉTIMO YOM: A Obra da Criação estava encerrada no
sexto yom de trabalho e veio o Tempo de Repouso Divino fundamentado no DNA-7 do
Universo. A Criação de Adám (Humanidade) representava a expressão máxima do
Poder do Criador fazendo matéria se unir ao espírito e estes dois elementos se
unir ao terceiro elemento que é a Alma. Dessa forma, os adamim por Ele criados
eram espetaculares em suas capacidades de se locomoverem, criarem inventos e
usar as suas inteligências. Depois da Criação da Humanidade Elan-him repousou
de Sua Obra e determinou que os adamim criados a partir da adamah permanecessem
no Paraíso do “Gan Éden” a fim de lá preservar a vida Eterna. “Éden” é uma palavra sinônima de Adám que na
numerologia tem força sete (7) e está ligada entre o Paraiso e a Terra pelas
dez Sefirot da Árvore da Vida, ou seja, é um dos DNA-7 que está há duas casas
do conjunto de nove sete e três casas das dez Sefirot. Havia proibição para que
os Entes Celestiais e materiais não tocassem na estrutura do conhecimento sobre
o DNA Universal.
*******
Más
Lilith era uma mulher sedutora e cheia de energia, por ser muito curiosa e
bisbilhoteira, sempre dava ouvido a voz do anjo desviador (a serpente nechushtan)
e este aconselha ela a burlar a Ordem Divina Estabelecida. Lilith então, além
de comer da fruta proibida, aconselha o primeiro Patriarca-Rei a burlar a Ordem
Divina. Dessa forma, os adamim viveram no Paraíso pelo período de trezentos e
quarenta e três mil setecentos e setenta e sete (343.777) anos tropicais e com
a desobediência do casal principal, todos os adamim criados pelo triângulo:
Alma, Espírito e Matéria pereceram e perderam a vida Eterna, dessa forma, foram
lançados no plano inferior (Malchut) que é a face da Terra e como castigo
precisa trabalhar para se sustentar. Lilith foi transformada em um espírito mau
a serviço do anjo desviador de condutas e passa, então, a sugar toda semente
dos homens a fim de que eles não produzam filhos e sua semente pereça da face
da terra. Más Chavá (Eva) foi à mulher virtuosa e obediente, um exemplo de
esposa dedicada ao seu marido com dor produziu muitos filhos e ensinou suas
servas a fazerem o mesmo cumprindo com o primeiro mandamento do Eterno Criador
dos Céus, da Terra e de tudo quanto há no Universo – multiplicai e enchei a
Terra.
*******
Este
foi o período de tempo em que os seres primitivos viveram no Paraíso
(343.777anos tropicais), um Tempo Cósmico diferente do Tempo Tropical, pois se
para Deus mil anos são como um dia terrestre, então o período que viveram no
Paraíso é o mesmo tempo em que uma Alma leva para subir a Escada de Jacob
depois de deixar a matéria humana. Novamente o DNA-7 volta a se manifestar
neste contesto, pois os últimos sete que sobram se for elevada a potenciação de
três vezes vamos chegar à base trezentas e quarenta e três (7 *7 * 7 = 343) que
é a raiz inicial. O segredo do DNA-7 funciona como código secreto que está
embutido dentro da Torat e com uma simples leitura jamais será encontrado a
chave do segredo.
YUD – O TEMPO CÓSMICO DOS
DEZ PATRIARCAS (10ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 10)
Na
vigésima oitava Dinaera
houve a trangressão da Ordem Divina e após seis dias milenares,
o castigo caiu sobre a Humanidade. Passado o tempo de vida no Paraíso (343.777
anos tropicais); era uma tarde de Shabat quando já se aproximava o brilhar das
três primeiras estrelas e a sentença de Adám já havia saído; ele e seus adamim
não permaneceriam eternamente no Paraíso, mas teriam que ser lançados sobre o
solo para lavrar a terra. Quando ele e seu séquito foram lançados Adám trouxe
consigo duas pedras brancas com as quais produziu o fogo e distribuiu aos
demais casais. Nesta ocasião, o Príncipe Samael também foi lançado no plano
inferior para cumprir sua missão de fazer desviar a humanidade de sua conduta
moral. Na Terra, Lilith não assume o papel de esposa de Adám e ele se divorcia
dela, Ela então se tornou um demônio na companhia de Samael e passa a coabitar
com ele, dessa união produziu setenta e dois demônios, espíritos maus que vão sugar
a semente humana, matar crianças, criar intrigas e fazer separação de casais,
nem mesmo as Almas Gêmeas estão livres das ciladas destes seres espirituais
negativos. Os adamim foram lançados no plano inferior que fica abaixo do Gan
Éden e passam lavrar a as terras que
ficavam na crescente fértil dos rios: Nilo, Eufrates e Tigre que naquela época
era uma terra fértil e promissorra com abundantes caça e pesca. Desde logo, o
Eterno proibiu aos homens de consumirem animais vivos ou devorar carne crua,
pois o fogo lhes foram entregues para que todo o alimento seja cozido sobre a
brasa. Havia abundância de frutos, águas e florestas sobre os atuais desertos,
as primeiras habitações humanas se deram em casa de pedra encontrada em grande
quantidades nas cavernas do Mar Morto.
*******
Elan-him
percebeu que não poderia os seres humanos se desenvolver na Terra sem haver uma
representação da Ordem Divina sobre eles. Dessa forma, decidiu nomear como
primeiro Patriarca-Rei a Adám Ha’Rishon para governar sobre eles e sobre todas
as demais criaturas existentes no planeta. No instante em que Elan-him entregou
o Tempo Divino que antes era controlado pelos Serafins para que Adám, o código
estabelecesse controle sobre o Tempo Cósmico, o Reino da Terra foi estabelecido
como cópia fiel do Reino dos Céus. No Reino dos Céus, os Entes Celestes são
miríades de milhões, más poucos deles foram escolhidos pelo Eterno para compor
a Ordem Monárquica e o Governo Central está nas mãos de Elan-him que é Criador
e Rei do Universo. Da mesma forma Ele estabelece que o governo dos homens não
deve ser fundamentado na doutrina de “Politeia”; como não pode haver vários
deuses para dividirem o “Poder Celeste”, da mesma forma, o Poder entre os
homens não deve ser divididos com várias pessoas. O Poder é Uno e deve ser
auxiliado pelos demais componentes das hostes dentro da hierarquia e da ordem
tanto nos Céus como na Terra.
*******
A
Ordem que parte do Poder Central, quer seja de natureza Celeste quer seja de
natureza Terrestre, deve ser “Una” e governada por um só homem com o auxílio
dos demais. Dessa forma o Eterno criou a humanidade e criou governo monárquico
sobre ela, portanto, a humanidade e o governo da sociedade são Instituições
Divinas. Passados seis dias de trabalho no Pôr-do-Sol do dia sexto Deus voltou
para verificar como os homens estavam se comportando na Terra e ordenou que
deste momento em diante fosse dado início a construção do Calendário Cósmico e
mais tarde o Calendário Tropical que a humanidade se utilizaria para mensurar o
tempo histórico de sua existência. Determinou que para mensurar os megaperíodos
de tempo fossem utilizados o “Tempo Galáctico”; para mensurar os
médios-períodos de tempos seria utilizado o “Tempo Cósmico” e para mensurar os
períodos menores seria utilizado o “Tempo Tropical” dividido em noite e dia com
semana de sete calendas; esse mecanismo de mensuração seria dado pelo Obelisco.
*******
Dessa
forma, com fundamento na Autoridade Divina, Adam Há’Rishon se tornou o primeiro
Patriarca-Rei a governar sobre a humanidade e estabeleceu uma grande dinastia
que duraram milhares de anos tropicais; os sumérios e caldeus atribuíam o seu
reinado a dinastia de Alulim, já os gregos denominavam reinado ou dinastia de
Aloros. Certo é que o primeiro Patriarca-Rei teve vários nomes na história oral
dos povos mesopotâmios, quer seja Adám, Alulim ou Aloros, sabe-se que os três
títulos dinásticos se tratam de uma mesma dinastia de reis longevos. O primeiro
Patriarca-Rei governou a Terra entre os Anos Negativos de -434 mil até -398 mil
anos atrás. Dessa forma, existiu um tempo entre a Criação da Humanidade e a
catástrofe da última glaciação dos oceanos somada ao aquecimento global onde o
degelo causou enormes inundações pela superfície da Terra. Estes quatro casais
primitivos eram diferentes entre sí na cor de seus cabelos, olhos e pele, isso
se deu pela forma da argila em que o Eterno utilizou em Seu artífice. O casal
que fora fabricado com o barro preto da foz do Nilo tinha a pele escura, olhos
escuros e cabelos encaracolhados. O casal que fora fabricado com o barro
vermelho do Vale do Jordão tinha a pele avermelhada, os olhos
castanhos-escuros, o cabelo da mesma cor porem liso. O casal que foi fabricado
com argila amarela do Eufrates tinha a pele cor de bronze, olhos esverdeados,
cabelos ondulados e o casal que foi fabricado com o barro branco da cabeceira
do rio Tigre tinha a pele branca como leite, os olhos azuis e o cabelo dourado.
Criou o Eterno, naquele dia, casais diferentes para que eless pudessem se
misturar e produzir uma variedade de espécie humana e para que nunca houvesse
as relações incestuosas entre os homens. Dessa forma, cada indivíduo que foi
reproduzido deviam ter quatro costados diferentes e nunca se relacionar com
ascendente ou descendente. Mas esta proibição, as vezes, foram burladas pelos
homens e isso causou grande indignação no Criador que logo se arrependeu de ter
criado a Humanidade.
*******
A
Torat define este período como tempo antediluviano e atribui uma temporalidade
de 1656 anos que duraram de Adám até Noach, no tempo do Diluvio. Caso a mensuração
hebraica tomada das tabuletas de cuneiforme se refira a 165,6 Shars (596.160
anos), então a existência da Humanidade representada pelo código Adám se
verificou entre o Ano Negativo de -388 mil até ao Ano Negativo de -777 mil anos
atrás. Vários estudiosos e eruditos da Torat com fundamento nas narrativas de
antigos sacerdotes egípcios e babilônicos dão conta de que existiu um período
de tempo antediluviano mensurado em aproximadamente 120 Shars, o que indica uma
pequena diferença entre este período Sharsiano e o Tempo Cósmico dos Dez Patriarcas.
*******
Dessa
forma, Elan-him estabeleceu o Tempo Cósmico dos Dez Patriarcas que durou desde
a Criação da Humanidade até a última Hora Galáctica = Horagal que se deu por volta de vinte e cinco
mil, setecentos e sessenta e quatro (-25.764,5) anos tropicais negativos.
Elan-him entregou o Tempo e a Chama Divina para Adám o primeiro Patriarca-Rei
da Humanidade e estabeleceu como primeiro mandamento universal, o repouso
semanal de sete em sete dia. A Marca
Divina do DNA-7 está registrada na essência da Criação e em toda a Sua Obra de
edificação do Universo, e de tudo quando nele há. Dessa forma ao transformar o
Tempo Galáctico em Tempo Cósmico e Tempo Tropical, Elan-him, reconhece o tempo
dos homens e o governo destes sobre a administração do tempo cíclico. Como o
Tempo Divino é diferente do tempo dos homens Ele determinou que o homem
trabalhasse durante o dia e repousasse durante a noite e, dessa forma, a cada
seis calendas trabalhadas haverá sempre uma sétima Calenda que será a do
repouso semanal. Seria um dia especial destinado para adoração do Eterno
Criador e Rei do Universo e tudo quanto nele há. Portanto a sétima Calenda que
tem início no Pôr-do-Sol de Calen-pur e término com o brilhar das três
primeiras estrelas de Calengul, é uma Calenda de reverência marcado pela
presença (shechiná) de Deus na face da Terra.
*******
Dessa
forma, o Eterno Rei do Universo, estabelece três dimensões de grandeza quando
se refere ao espaço/tempo. A primeira dimensão é o Ciclo da Eternaera se compõe
de aproximadamente 28 bilhões de anos tropicais terrestres (código da Torat:
7 palavras e 28 letras), sendo 14 bilhões aproximadamente a Idade do
Universo (código da Torat: 7 palavras e 12 fundamentos, então 712
= 13.841.287.201). A segunda é a Idade da Terra dividida em Seis Yom (Seis
Éon) que serve para justificar o DNA-777777777 que foi colocado por Deus no
Universo (código da Torat: 6 yom de tempo da Criação da Terra: 6 * 777777777
= 4,6 bilhões de anos tropicais). A terceira dimensão do tempo se manifesta
com o DNA-7 e acontece quando da Criação da Humanidade, o código inicial da
Criação da Terra composto de nove sete se manifesta na Criação do código Adám
que significa nove seres fabricados da essência terrestre. O período de Seis
Yom está representado na numeração da data da Criação de Adám DNA-777777 (código
da Torat: 6 tardes e manhãs que define início e fim de um período que no total
formam os 12 fundamentos); dia de repouso faz alusão ao número sete, um
conjunto de seis número sete para definir a data e um conjunto de nove número
sete para definir a quantidade de seres criados.
*******
No
plano de Elan-him existem três dimensões de Espaço/Tempo que são delimitados
pelo início (Álef) e o fim (Tav) de cada período, dessa forma, Ele, o Criador é
o ponto de unificação entre o início (Álef) e o fim (Tav) fazendo com que o
Sistema Universal nunca pereça por causa da eternidade dos ciclos. A primeira
grande dimensão é o Tempo Galáctico que para o Eterno e seus Entes Celestes é
um tempo natural, más para a humanidade é um tempo de eternidade muito grande.
Na segunda dimensão vem o um tempo médio que é o Tempo Cósmico, esse tempo foi
dado ao homem antediluviano para que o mesmo pudesse estabelecer uma transição
entre o Tempo Divino e o Tempo Tropical do Homem. O último dia do Tempo
Galáctico foi dividido em vinte e quatro horas cósmicas de vinte e cinco mil,
setecentas e sessenta e quatro anos e meio do Tempo Tropical (-25.764,5) e foi
utilizado como mensurador do tempo antediluviano que foi denominado Tempo
Adâmico ou Tempo Cósmico. A terceira dimensão do tempo surge no período
pós-diluviano, na primeira Dinaera Negativa (-15.723) quinze mil,
setecentos e vinte e três anos tropicais, onde o Tempo Cósmico foi substituído
pelo Tempo Tropical que se tornou base fundamental para todos os tipos de
Calendários Solares ou Luni-solares.
*******
Dessa
forma, a temporalidade da Criação do Universo só pode ser mensurada por um
mecanismo de mensuração de tempo que associe o Tempo Galáctico Divino com o
Tempo Cósmico e o Tempo Tropical, dessa forma, podemos ordenar os sete Tempos
Divinos da Criação desde o surgimento da “Luz” (há quase 14 bilhões de anos
tropicais) até a Criação do último dos sete Céus. Depois veio o Tempo dos Seis
Yom que foram o tempo de duração da construção da Terra (4,6 bilhões de anos
tropicais) e, no finalzinho deste período, más precisamente por volta do Ano
Negativo de setecentos e setenta e sete mil, setecentos e setenta e sete
(-777.777), onde os seres humanos foram criados. O Tempo Galáctico Divino
entrou em transição com o Tempo Tropical e, dessa forma surgiu o Tempo Cósmico
ou Tempo Adâmico que serviu para mensurar o tempo do reinado dos Dez Patriarcas
desde Adám até Noach.
*******
REINADO
DE ADÁM HA’RISHON: O
primeiro Patriarca-Rei estabeleceu uma Dinastia que governou a Terra durante 36
mil anos, do Ano Negativo -434 mil até ao Ano Negativo -398 mil, ou seja
durante o período de dez (10) Shars. Seu reinado foi marcado pelas primeiras
ações governamentais sobre o comportamento humano. A administração deste
Patriarca-Rei se deu através dos decretos que estabeleceram as “Sete Leis
Adâmicas”: 1) o trabalho coletivo entre os humanos, 2) a instituição do fogo
para cozer os alimentos, 3) a higiene pessoal e a purificação das casas com
água limpas, 4) a confecção de aventais para cobrir a nudez humana, 5) a
proibição de parentes consanguíneos se casarem entre sí, exceto tio/sobrinha ou
primo/prima, 6) a domesticação de animais dóceis de toda a espécie e 7) o
descanso semanal obrigatório no dia sabático que foi determinado para adoração
ao Eterno. Para administrar a lavratura da Terra, o Rei Adám instituiu o
Príncipe Cáin para coordenar os trabalhos de plantio de lavouras e para a
extração de pedras preciosas, um trabalho penoso que naqueles tempos não era
rendoso para que operasse esta empresa. Mas este príncipe era rebelde e
preferia a caça e a pesca levando uma vida nômade. Para administrar a criação
de animais domésticos o Patriarca-Rei instituiu o Príncipe Hevel para
domesticar e dar nomes aos animais. Para realizar esta tarefa ele utilizava a
capa que o Eterno deu ao seu pai e, dessa forma, o Príncipe Cáin sentia muito
inveja de seu irmão; a obediência que ele prestava a sua família e aos
preceitos do Eterno guardando a Chama Divina para acender a iluminaria do
Shabat deixava Cáin enfurecido com Hevel. Dessa forma, em uma disputa realizada
no campo Cáin matou Hevel, seu irmão e tentou tomar a Chama Divina, más o anjo
da guarda de Hevel tomou-a e entregou nas mãos de Shet, filho mais novo de Adám
que, mais tarde, veio assumir o governo entre os homens.
*******
O
Patriarca Adám e Chavá tiveram setenta e dois filhos e filhas, os outros três
casais que habitavam as terras de entre rios: Tigre, Eufrates, Nilo e Ghion
também produziram uma grande prole, de maneira que em poucos anos, a Crescente
Fértil foi se enchendo deles. Os príncipes da casa do Rei Adam Ha’Rishon foram
se casando com as filhas dos demais patriarcas, cada um na sua ordem de
nascimento e as princesas rishonitas eram dadas aos filhos dos três casais que
formavam a Nobreza da Terra. Dessa forma houve uma mistura de raça entre eles
surgindo os puros de origem e os puro por cruza; em pouco tempo a Terra estava
sendo habitada por indivíduos muito fortes que eram resistentes as doenças e as
moléstias primitivas. O patriarca Adám Ha’Node e sua esposa Ashurya cumpriram o
mandamento de multiplicar e encher a Terra produzindo uma prole de setenta e
sete filhos e filhas; por causa do espaço físico, eles se tornaram itinerante
para a banda oriental do Rio Tigre onde sua geração foi avançando até a
cabeceira do Rio Gangue. Quando o príncipe Cáin foge da presença de seu pai
Adám Ha’Rishon ele se refugiou na Terra do Patriarca Adám Ha’Node, um dos
capitão-povoador das terras de além Tigre. Vivendo ali, casou-se com Bat-Hanode
filha mais velha deste patriarca e deu início à colonização das terras do
Oriente aonde sua descendência chega até a cabeceira do Rio Gangues. O Príncipe
Cáin temendo que seu pai e os demais filhos deles pudessem reunir os filhos dos
demais patriarcas e marchar contra ele, então ele preparava as primeiras armas
de guerra denominada “zagaias”, uma vara reta onde era amarrado na ponta um
osso seco de animal, o que provocava grandes feridas quando arremessadas contra
o inimigo. Ele fundou um povoado e deu-lhe o nome de seu filho Hanoch, mais
tarde este povoado se transformou em uma própera cidade nas estepes da antiga
Pérsia. Cáin recrutou os filhos de Adám Ha’Node que foram os primeiros soldados
que faziam a segurança deste povoado. Quando havia guerra eles iam ao combate,
mas em tempo de paz se ocupavam da caça de animais ferozes para servir de
alimentação de sua tribo. Essa politica de distanciamento com seus parentes
praticada por Cáin fez a tribo dos ha’noditas se tornar inimiga das demais e
logo se recusaram a dar suas filhas para fazer a misceginação da raça humana
com as demais tribos. Dessa forma as relações incestuosas foram se tornando uma
prática comum e os ha’noditas se tornaram separatista onde romperam
difinitivamente com o governo de Shet filho de Adam Ha’Rishon. Havia também a
vontade dessa tribo de vaguear pela terra como caçadores nômades e como
aventureiros na busca de pedras preciosas. A maioria da tribo há’nodita se
espalhou pelas terras do Oriente ocupando as estepes da Índia, China e Sibéria chegando
até as ilhas do Yapan onde formaram o tronco que mais tarde surgiu o povo
ainus.
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Dessa
forma, surgem também as primeiras armas de caças que foram utilizadas para
abater os “Mamutes” e os “Tigres Dente de Sabre”. A primeira preparação militar
foi inventada por Cáin, más para defender deste príncipe rebelde, as demais
tribos se organizaram e formaram uma corporação que fazia a guarda do primeiro
Patriarca-Rei. O Patriarca Adám Ha’Kush e sua esposa Kadmáh tiveram sessenta e
três filhos e filhas que povoaram a região do Delta do Nilo e sua descendência
avançou pelas margens do Rio Nilo acima até as montanhas da Etiópia. O Príncipe
Hevel havia tomado por esposa a Bat-Ha’Kush e dela gerou sete filhos e filhas
antes de ser assassinado por Cáin seu irmão. Os descendentes de Hevel tomaram
por esposas e maridos os membros da tribo de Adám Haviláh que eram de pele
branca como o leite e tinham olhos azuis. O Patriarca Adam Haviláh e sua esposa
Harmênia multiplicaram sua prole em cinquenta e seis filhos e filhas que
povoaram as terras das cordilheiras do Ararat e sua descendência avançou pelas
terras geladas do Cáucaso e pelo interior do continente asiático. A tribo dos haviláhitas
somente se misturaram com os brancos castanhos que eram descendentes de Adám
Ha’Rishon e recusaram a se miscigenar com os hakushitas e com os hanoditas,
assumindo o risco das relações proibidas para manter a pureza de sua tribo,
dessa forma, houve transgressão da Ordem Divina e Elam-Him se irritou muito com
eles. Para compensar eles mandaram um pouco de suas filhas para casar com
homens da tribo dos hakushitas que deram origem a miscegenação entre brancos e
negros no norte da África. Ainda eles enviaram um pouco de suas filhas para se
misturar com os homens da tribo dos hanoditas, mas estes que eram separatistas
também se recusaram a mistura, somente alguns homens dos cáinitas aceitaram a
cruza com os polacos dando origem aos povos turco-siberianos.
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Estas
foram as primeiras gerações dos quatro casais trazidos do Paraíso para habitar
a face da Terra. Os primitivos habitantes do planeta eram nove seres
divinizados, más Lilith se perdeu na escuridão do abismo e se tornou um demônio
na companhia de Nachash que é da mesma raiz de Nechoshet que veio formar a
Nechushtan, o mesmo que Satã, o anjo desviador, com sua maldade e estupidez
ganhou a vida eterna como um espírito do mal. Assim a matéria se unia ao
espírito e os anjos seres totalmente espirituais se uniam as filhas dos homens
causando degeneração e corrupção do gênero humano sobre a face da Terra. Da
raça dos degenerados voltou a produzir gigantes (nephilim) que não se
misturavam com os demais humanos, mas atacavam os homens e mulheres a fim de
exterminar a raçaa humana. Isso irritou muito o grande ser Criador do Universo
que decidiu destruir grande parte da humanidade que havia se corrompida. Durante
o reinado de Adam Ha’Rishon, a natureza dos primitivos habitantes da Terra eram
nômades e viviam da caça e da pesca que eram abundantes; residiam em cavernas
de pedras ou choupanas cercadas de pau-a-pique. A vida era rudimentar com
poucos instrumentos inventados para facilitar o trabalho do homem, mas todo o
trabalho era efetuado de forma coletiva, não havia o sistema de divisão do
trabalho. Neste período, o Eterno abriu a madre das mulheres e tornou-as muito
fértis e abençoadas de maneira que elas davam à luz até sete filhos por cada
parto e nenhum dos pequenos morriam por desnutrição. Dessa forma em pouco tempo
a terra se encheu dos humanos e a crescente fértil se tornou pequena para
conter toda essa multidão que foram se espalhando por todos os continentes
quentes e gelados.
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REINADO
DE SHÉT BEN’ADAM: O
segundo Patriarca-Rei estabeleceu uma Dinastia que governou a Terra durante 10
mil e 800 anos, do Ano Negativo -398 mil até ao Ano Negativo -387 mil e 200
anos, ou seja, pelo período de três (03) Shars. Seu reinado foi marcado pela paz
e harmonia entre os homens. Nos tempos do reinado deste Patriarca, a Terra
começa a ser povoada pelas quatro bandas dos pontos cardeais onde havia pessoas
habitando na parte setentrional, na parte meridional, na parte ocidental e na
parte oriental. Este Patriarca-Rei levanta a Chama Divina que tinha sido tomada
pelo anjo da guarda do príncipe Hevel das mãos do ímpio Cáin e entregue em suas
mãos. Os Malachins tinham guardado sobre uma rocha de pedra onde atualmente é o
Monte Moriáh e lá deixaram até que Shet se torna capaz de erguer a Chama Divina
e mantê-la acesa. Dali o Rei fez manter acesa e transformou aquele lugar em um
altar de adoração ao Eterno por entender que aquela era a primeira rocha que
Deus lançou para formar a fundação da Terra. Foi no reinado de Shet que o
Príncipe Cáin liderando a tribo dos hanoditas tenta separar o reinado dos
Adamim, más este príncipe foi derrotado de maneira que ele se retirou cada vez
mais com sua tribo para as terras do Oriente até atingir as montanhas que dividem
a bacia do Rio Gangues onde lá ele encontra a montanha mai alta da terra e a
declara montanha sagrada de seu povo. Como os hanoditas vagueavam pelas terras
do Oriente logo eles voltaram para as estepes persianas e ali edificaram o povoado
de Hanoch e o transformaram em uma
grande cidade do mundo antigo onde Cáin foi o primeiro Rei e Hanoch seu filho
foi o Príncipe Consorte.
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REINADO
DE ENOSH BAR’SHET: O
terceiro Patriarca-Rei estabeleceu uma Dinastia que governou a Terra durante 46
mil e 800 anos, do Ano Negativo -387 mil e 200 até ao Ano Negativo -340 mil e
400, ou seja durante treze (13) Shars. Seu reinado foi marcado pela presença do
Criador na Terra. Homem justo (tzadik) e temente ao Eterno estabeleceu o culto
monoteísta e determinou que o nome de Deus fosse invocado pelos humanos. Este
Príncipe recebeu a Chama Divina das Mãos de seu pai Shet e a preservou com
muita dedicação e competência. Combateu a adoração aos falsos deuses que fora
instituído pelos filhos de Cáin com a participação de Lilith e Satan que
desviavam os homens e mulheres do caminho de luz. Este príncipe determina o
rompimento com o culto pitonista praticado pelos homens da tribo dos hanoditas
e faz a Chama Divina brilhar sobre a terra dos viventes. Pouco se sabe a
respeito de seu reinado e de seus feitos administrativos, más sabe-se que foi
homem justo (tzadik) e temente ao Criador. Ele disciplinou o seu povo para que
todos invocassem o nome do Criador, más os homens da tribo de Hanode
estabeleceram o culto aos deuses das montanhas e dos vales se afastando cada
vez mais dos preceitos divinos. Neste época os hanoditas eram governados pelo
Príncipe Hanoch Ben Cáin que ocupava o lugar-tenente de seu pai devido a um
grave ferimento que este sofreu quando escalava a maior montanha da Terra. Como
os filhos de Elam-Him prosperavam na Terra e a oposição ao Eterno tinha sido
massacrada por este Rei temente e justo, Lilith e Satan progenitores de todos
os espíritos malvados se levantaram para consumir a semente humana da face da
Terra. Dessa forma, Lilith excitava os homens para derramar suas sementes sobre
a terra onde seus demônios sugavam totalmente evitando que as mulheres fertis
pudessem engravidar. Dessa forma o anjo desviador excitava as mulheres para se
deitar com os belos anjos ishinim que eram muito semelhante aos humanos e dessa
cruza surgia os gigantes nefilins que depois devoravam a cabeça dos homens.
Neste reinado a Fé Monoteista foi muito difundida, mas por outro lado a
idolatria surgiu com grandes instensidade entre as demais tribos de forma que
poucos homens justos mantiveram seu compromisso com El-Shaday.
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REINADO
DE KAYNAN BEN’ENOSH: O
quarto Patriarca-Rei estabeleceu uma Dinastia que governou a Terra durante 43
mil e 200 anos, do Ano Negativo -340 mil 400 até ao Ano Negativo -297 mil e
200, ou seja, por um período de doze (12) Shars. Seu reinado foi marcado por um
grande período de seca onde houve muita desertificação do solo e povo sedentário
que eram muito pouco se tornaram nômades em busca de caça e pesca onde vagavam
de um lugar para outro. Este príncipe procurou andar nas pegadas de seu pai
Enosh, más os homens maus prevaleceram em seu reinado e as diversas tribos
foram se espalhando pela Terra para formar seus próprios reinados que ficavam
muito distante do Poder Central. Dessa forma, tem início a formação de vários
reinos que atuam de forma independente do Poder Central e vão estabelecendo
seus próprios domínios e seus próprios cultos. A Chama Divina se reduziu aos
poucos homens fiéis ao Eterno, a maioria deles se desviou por caminhos
tortuosos e fizeram para si deuses estranhos e mudaram de comportamento em
relação aos preceitos divinos estabelecidos pelo Eterno. A tribo dos hakushitas
se torna muita numerosa e se subdividem em várias outras tribos, porem se
fecham a mistura com as demais raças transformando suas estepes em território
de indivíduos de raça pura. Eles avançam por todo a cabeceira do Rio Nilo e
pelas florestas equatoriais onde formam uma grande nação de diversas etnias
ocupando as duas costas dos oceanos com suas ilhas grandes e pequenas. Os
hakushitas que se misturaram com os havilaitas deram orrigem ao povos mulatos
que habitam as estepes dos desertos do Saara até Marrocos e Gibraltar. Dessa
forma surgiu dois reinos hakushitas muito fortes no continente africano que se
separaram do Poder Central e rompeu com o Rei Kaynan Ben’Enosh. No tempo da
Dinastia de Kaynan Ben’Enosh floresceu uma grande civilização no Delta do Nilo que
controlava os povos das florestas equatorais e os povos do deserto de Saara; outra
grande civilização diversificadas em várias tribos surgiu na Mesopotâmia dos
Rios: Tigre e Eufrates. Estas civilizações emergentes tinham seus próprios
governantes e se afastavam cada vez mais do Poder Central que era governado
pela Dinastia dos rishonitas; dessa forma, a idolatria política e a crença nos
falsos deuses aumentaram muito ao ponto de irritar muito o Soberano Deus
Criador do Universo. No reinado de Kaynan Ben’Enosh houve tentativa de invasão
das terras altas de Shalem e de Hermon por parte do rei Yerad Ben’Hanoch da
Dinastia de Cáin, mas os invasores foram rechaçados e tiveram que fugir para
além do Rio Eufrates. Durante estes anos de conflitos entre os rishonitas,
hakushitas e hanoditas, os haviláhitas foram se distanciando cada vez mais para
o interior do continente asiático atingindo as pradarias do lago baikal onde se
fixaram por muitos anos e quando retornam vem devastando as terras dos
hanoditas, fazem um novo rumo e vão em direção ao Cáucaso e aos montes Urais.
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REINADO
DE MAHALALEL BEN’KAYNAN:
o quinto Patriarca-Rei estabeleceu uma Dinastia que governou a Terra durante 54
mil e 300 anos, do Ano Negativo -297 mil e 200 até ao Ano Negativo -242 mil e
900, ou seja, durante quinze (15) Shars. Seu reinado foi um dos mais longevos
sobre a face da terra. Tentou reestabelecer um governo central fortificado, mas
dado a distância em que a nação dos adamim se espalhavam e se multiplicavam em
várias tribos, isso se tornou impossível. Os filhos de Cáin ocupam as estepes
da Mongólia e vão povoando esta terra até a peninsula da Coreia, mas o dominio
sobre a as terras não era determinado por que essa tribo era nômade e somente
passavam por ali devida a abundância de caça e pesca que ali havia. Os cáinitas
eram idolatras e irritavam o Criador com seus comportamentos desumanos, havia
estupro e relações proibidas entre eles; para complicar mais eles se alimentavam
de animais vivos sem levar ao fogo, uma proibição que o Eterno determinou a
raça dos adamim. Os Cáinitas estavam sendo governados pelo Rei Mehujahel Ben’Yerad
e seu filho o Príncipe Matuzahel que eram muito ímpios e suas iniquidades eram
sentidas desde a Terra até aos Céus do Criador.
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Dessa
forma, alguns homens justo desta tribo procuravam reconduzir os homens para o
bom caminho, mas eles eram tão mal que matavam estes justos e perseguiam quem
desse crédito em suas pregações. Os adamim desta época deixam de efetuar a caça
e a pesca para se dedicarem a criação de pequenos animais e se dedicar ao
plantio de lavoura, dessa forma, algumas tribos permaneciam nômades, mas outras
já se fixavam à terra para produzir sua própria alimentação. O cultivo da terra
leva o homem cada vez mais perto da natureza e faz nascer neles à crença de que
uma grande mãe controla a vida na Terra. Dessa forma, surge o culto idólatra
dedicado a “Mãe-Natureza” que mais tarde vão surgiu à figura de deusas
protetoras de uma determinada classe de homens e mulheres. Esse culto se
propagou na Mesopotâmia, no Delta do Nilo e na cidade de Hanoch Ben Cáin. A cidade
de Hanoch Ben Cáin foi a mais importante cidade do mundo antediluviano, nela
havia a sede do governo despótico dos hanoditas e o Rei desta cidade se chamava
Matuzahel Ben Mehujahel que ampliava seus dominios cada vez mais para o extremo
Oriente do Gan Éden.
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REINADO
DE YARED BAR MAHALALEL:
O sexto Patriarca-Rei estabeleceu uma Dinastia que governou a Terra durante 36
mil anos, do Ano Negativo -242 mil e 900 até ao Ano Negativo -206 mil e 900, ou
seja, por dez (10) Shars. Seu reinado se destacou pela mineração de ouro e
predas preciosas que os homens colecionavam por sua beleza. Toda a espécie de
pedras preciosas e até mesmo de pedra comuns eram bem vinda para a coleção dos
homens e para servir de abrigos contra as intempéries da natureza. As pedras
dos ribeiros foram sendo lascadas e aproveitadas como lança para a caça e a
pesca, como também as predas serviram para edificar as primeiras casas e
abrigos campestres. Ossos secos de animais também se tornaram ferramentas para combater
os mamutes e tigres dente de sabre que assolavam a terra nos tempos do reinado
do Patriarca Yared. Os homens aprenderam usar o fogo para aquecer as pedras
lascadas que depois eram polidas em outra pedra fria embebida em água com a
finalidade de fabricar ferramentas e utensílios domésticos. Os homens aprender
a usar o fogo e a água para dar acabamentos ao obejtos de madeiras e de pedras,
era a técnica que entrava para auxiliar o homem na produção de artefatos de
toda a espécies. No tempo do reinado de Yared Bar Mahalalel, os homens começam
a corrida atrás de pedras preciosas, a busca e a admiração pelos metais leves e
preciosos levaram aos homens ao orgulho e a adoração da materialidade.
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Dessa
forma os homens se esqueceram do Criador se voltando ao culto da natureza e ao
interesse em descobrir pedras preciosas para enfeitar seus lares e suas
esposas. Nesta época a antiga tribo doss hanoditas se dividem em vários outros
povos que surgiram deste mesmo tronco e o cáinitas já não controlavam mais o
Poder Central deles em um só governo, sendo que surgiram novas tribos e novas
nações deste mesmo tronco. O Rei dos cáinitas era Lamech Ben Matuzahel e este
casou-se com duas princesas sendo a primeira Hadasha da casa dos haviláhitas e
a segunda Tzyla da casa dos Rishonitas e ele gerou muitos filhos e filhas
dentre eles os príncipes Yehaval, Yehuval e Tuval-Cáin que dividiram o reino de
seu pai em três domínios que ia desde o Rio Tigre até as margens do Rio Amarelo
e deste subia até ao lago Baikal.
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REINADO
DE HANOCH BEN’YARED: O
sétimo Patriarca-Rei estabeleceu uma Dinastia que governou a Terra durante 64
mil e 800 anos, do Ano Negativo -206 mil e 900 até ao Ano Negativo -142 mil e
100, ou seja, durante dezoito (18) Shrs. Seu reinado foi muito longevo e ele reestabeleceu
o culto monoteísta. Este Patriarca-Rei governou sobre cento e trinta
principados que estavam espalhados pela face da Terra e todos os reinados
pagavam tributos a ele e a sua Dinastia e durante o seu reinado, o nome do
Eterno foi engrandecido consideravelmente entre os homens. No tempo de seu
reinado e de sua Dinastia, o nome do Eterno passou a ser invocado pelos homens
tornando-se uma obrigação estabelecida pelo Patriarca-Rei Hanoch. Ele andou com
Deus durante um longo período e sobre asas de águias viajava de um lugar para
outro, de maneira, que os habitantes da terra não podiam fugir de seus olhos
que tudo via. Neste período, os governos locais e regionais se juntaram novamente
para formar um único Reino Central e para a adoração de um único Deus Criador
dos Céus e da Terra. Hanoch tinha a natureza do anjo Metatron e era uma espécie
de encarnação deste Ente Celeste, ele foi considerado um Rei Santo por não se
tornar pó da de terra como os demais homens, pois o Eterno se agradou muito
dele ao ponto de elevar nas alturas e tomar para os Céus retirando-o da terra
dos viventes.
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Um
fato interessante aconteceu no reinado deste Santo Rei, os príncipes da casa de
Cáin promoveram uma disputa entre os caçadores de tigre dente de sabre e a
competição envolvia o arco, a flecha, a zagaia e a funda para atingir o alvo. O
patriarca Cáin estava velho demais, mas foi a competição que se deu nas
florestas do Cáucaso e lá estava ele sentado sobre uma pedra a beira do ribeiro
onde escolhia sete pedras de seixo com cores variadas. A competição de caça ao
tigre dente de sabre se iniciou ao Nascer-do-Sol, mas logo a floresta foi
tomada por uma densa serração de maneira que os guerreiros não tinham grande
visibilidade. O Rei Lamech deveria ser o primeiro a atingir o tigre, mas seu
filho Tuval-Cáin veio correndo sobre a pradaria no encalço do tigre e sem
intenção acabou pisoteando o Rei que era cego de um olho. Então o Rei dispara
sua flecha e acidentalmente atinge seu filho que tombou mortalmente ferido. O
tigre deu meia volta e veio enfurecido contra o príncipe Yerusval Ben’Yehaval e
o dilacerou em seus dentes. Neste momento Cáin que era da idade de setecentos e
setenta e sete anos atirou sua funda para acertar o animal e atingiu a perna do
Rei Lamech que o tomou por um inimigo disparando uma flecha contra seu
ancestral, o qual caiu mortalmente ferido.
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Os
príncipes Yehaval e Yehuval travaram um combate heróico com o tigre e cada um
deles levava seu filho como escudeiro; mas a flecha de ambos se cruzaram e
acabou atingindo os meninos que morreram naquela competição. Por causa desta
confusão, os dois príncipes acabaram se desententendo e em uma encarniçada luta
de zagaia ambos morreram naquele dia. O castigo veio sobre a casa de Cáin por
causa do sangue de Hevel que clamava por justiça e, naquele dia, sete varões de
seu povo tombaram, sobrando apenas o Rei Lamech da dianstia cáinita. Mais tarde
o Rei Lamech recebeu sua paga por ter matado Cáin e em uma revolta de seu povo
setenta e sete membros de sua família foram mortos para cumprir a profecia da
marca Divina que Cáin seria vingado sete vezes e quem matasse Cáin seria
vingado setenta e sete vezes. Dessa forma, a geração dos malvados que faziam
guerra contra a casa do Santo Rei Hanoch Ben’Yared acabaram todos perecendo e o
que sobrou dos cáinitas, a maioria mulheres e crianças, se juntaram com as
demais tribos hanoditas, assim desapareceu a marca de Cáin da face da Terra,
justamente no ano cósmico que sua Dinastia completou setenta e sete (77) Shars.
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REINADO
DE MATUSHALAH BEN’HANOCH:
O oitavo Patriarca-Rei estabeleceu uma Dinastia que governou a Terra durante 36
mil anos, do Ano Negativo -142 mil e 100 anos até ao Ano Negativo -106 mil e
100, ou seja, por um período de dez (10) Shrs. Seu reinado foi marcado pela
felicidade dos homens onde havia muita harmonia e paz duradoura. Os homens dos
mais recantados cantões do mundo lhe prestavam obediência e pagavam tributos
com animais domésticos de toda a espécie e com os produtos colhidos da terra.
Os pastores começam introduzir a domesticação de gado médio e gado graúdo, bem
como de cavalos e outros quadrúpedes que são domesticados pelos homens a fim de
servir como alimento ou como meio para transportar cargas. Neste período os
homens inventaram a “tarimba” que era espécie de engenhoca que servia para
transportar pedras que era arrastada com tração animal. Houve também a invenção
da jangada de caniço que servia para flutuar sobre as águas dos rios e lagos. Com
este tipo de embarcação rudimentar faziam a travessia de grandes lagos e de
pequenos braços de mares, muitas ilhas dos mares foram alcançadas e explorada a
atividade de caça e a pesca em abundância. Animais domésticos como gatos,
cachorros e toda a espécie de galináceos começam a ser domesticados em larga
escala com a finalidade de ajudar o homem ou de alimentar a população de forma
racional. Havia muitas frutas silvestres e a caça e péscaa era abundante, mas
como nas regiões mais velha de povoação já davaa sinais de escassez, os homens
partem para pequenos plantios de hortalices, domesticações de animais e palntio
de árvore frutíferas. Esse tipo de atividade fixava o homem na terra e muito
cedo elee deixa de ser nômades para se transformar em sedentário.
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No
reinado deste Patriarca a descendência dos hanoditas ocupa a bacia do Rio
Amarelo e se espalham pelas terras até as ilhas de Nipon onde o Sol nasce na
imensidão do mar. Os descendentes das divisões das tribos hakushitas ocupam as
terras do Sul até a cabeceira do Nilo e formam um imenso reino nas florestas
equatoriais do Lago de Uganda. Pelo Norte os filhos de Haviláh ocupam toda a
região montanhosa do Cáucaso e se espalham pelas planícies dos mares gelados.
Vários reinos menores foram surgindo com os governos tribais de outros patriarcas,
mas sempre havia um Poder Central dos quais os homens se subordinavam ao grande
Patriarca-Rei da Dinastia dos Rishonitas que eram considerados Reis Divinos por
ser descendente dos primitivos adamim que receberam das Mãos de Elam-him a
Chama Divina da Sabedoria.
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REINADO
DE LAMECH BAR’MATUSHALAH:
O nono Patriarca-Rei estabeleceu uma Dinastia que governou a Terra durante 28
mil e 800 anos, do Ano Negativo -106 mil e 100 até ao Ano Negativo -77 mil e
300, ou seja, pelo período de oito (08) Shars. O seu reinado foi marcada pela
ocupação total dos sete continentes existe na Terra.
No
final de seu governo, havia dezenas de tribos conflitantes que habitavam a
região Oriental do Lago Baikal. Por muitos anos estas tribos de povos Shiper
vivam ali em guerra com seus vizinhos, a caça e a pesca estava escassa e os
povos nômades migravam cada vez mais para o Oriente em busca destes recursos
naturais. Em umas desta expedições eles que eram exímios navegadores em jangada
de caniço atravessaram o atual estreito de Bering e chagaram as margens do Rio
Yukon em terras do continente americao. Ali havia abubdância de caça e pesca
por que a terra era nova e sem habitação humana, dessa forma levam uma vida
nômade mais cada vez mais em direção Sul deste continente. O espírito de
aventura fez estes primitivos habitantes do Oriente se arriscar pelos mares
gelados e encontrar outra dimensão da Terra que lhe eram estranhas aos seus
olhos. Dessa forma, este grupo de aventureiros chega às terras que hoje
entendemos por terras do Alaska e dali se atiraram mais pelo Sul onde
estabeleceram residência em terras que hoje pertencem aos Estados Unidos e
Canadá.
*******
O
reinado da Dinastia de Lamech foi marcado pelo DNA-777 que indica unidade de
todos os seres humanos da face da Terra. No reinado de Lamech, a terra se
encontrava cheia de habitação humana e por conta das várias tribos existentes,
havia confrontos e conflitos localizados, más como a Terra era esparsas, este
rei determinava que as tribos fossem sendo espalhada para as regiões mais
distantes e assim a terra se encheu da raça humana.Na região mais antiga da
Terra que fica nas imediações dos rios: Nilo, Eufrates, Tigre e Gangues surgiu
várias cidade que foram sendo edificada. Nesta região os homens já tinha a
prática de atividades semi-nômades e conhecia a técnica do barro cozido no Sol
para fazer artefatos de argila. Dessa forma, os homens imitavam a pedra das
cavernas fazendo para si casas com ótimos acabamentos com tijolos de adobe.
Também costumavam revestir as paredes de suas choupanas com argila amassada
plos pés humanos, as primeiras cidades surgiram em forma de círculo, pois os
homens costumavam se aquescer ao redor de uma fogueira e dessa forma as casas
iam sendo contruídas em um círculo ao redor da fogueira. Assim os homens
precisavam dominar a técnica das medidas e os pés foram e os braços foram sendo
as primitivas medidas de distância. Surgindo a métrica dos pés, das mãos, do
palmo, da polegada, dos passos, do côvado e da braça tudo relacionado aos
membros do corpo humano. O Senhor D’us havia entregue ao homem um código de
medidas uniformes que fazia a razão e a proporção de toda a grandeza, uma
Proporção Divina que se repetia em toda a natureza com medidas exatas para cada
conjuntura do corpo fosse humano, animal ou vegetal. Essa proporção variava de
indivíduo para indivíduo de acordo com seu tamanho, mas era uniforme em uma
única conjuntura óssea. Esse código era representado matemáticamente pelo
número 1,618 e como as medidas primitivas era fundamentada no corpo humano as
edificações e arruamentos também herdaram esta Proporção Divina. Dessa forma, o
Eterno Criou o Universo, a Terra, a Humanidade e toda a criatura viva, mineral
e vegetal e ao homem deu poderes para inventar e criar algo que lhe fosse
necessário. Quando o homem cria algo ele transmite o DNA-777 que existe em sua
essência para o seu objeto de criação. Esse DNA-777 está manifesto nas
edificações e construções humana através da Proporção Divina que o homem repete
e sua produções.
*******
O
Código-1618 que os sábios definiram como a Proporção Divina que mensura todas
as construções, o tamanho de todos os ossos das diversas espécies de ser vivos,
também está contido na guematria e numerologia do DNA-777, pois se somarmos
todos os algarismos do número (1+6+1+8 = 16) teremos um segundo numeral que
deve ser desdobrado em outra soma (1+6=7). Dessa forma, o tempo do reinado de
Lamech foi determinado pela simbologia dos três sete. Assim este código
contendo o DNA-777 já estava contido na Obra da Criação desde a fundação do
Universo, mas ele se manifesta cada vez mais na Terra quando o homem passa a
fazer seus inventos e suas edificações usando a mensuração como padrão de
medidas para seus artefatos. Embora o reinado de Lamech tivesse alcançado muito
sucesso administrativo, más a Chama Divina foi se perdendo por causa da idolatria
(avodá zará), do roubo e das relações
incestuosas entre indivíduos consanguíneos. No finalzinho do Governo Lamech, os
homens edificam grandes cidades e povoados, feitos de pedra talhada ou barro
cozido no fogo de maneira que as choupanas cobertas de capim começaram a ser
abandonadas e as moradias eram edificadas com materiais pesados que resistia a
força do vento durante as tempestades.
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Eles
começaram a denominar seus próprios nomes nos povoados e terras por eles
administrados e construíram estátuas de seus heróis com a finalidade de
adoração. Os nefelins derivados da cruza de anjos caídos com as mulheres
perversas eram gigantes e não tinham ética, roubavam e saqueavam tudo o que os
homens de estatura normais produzia, também o incesto praticado entre os homens
e mulheres filhos do mesmo pai e da mesma mãe também desagradou o Todo-Poderoso.
O Criador se indignou com a corrupção do gênero humano, pois disse Ele: Criei homens e mulheres suficientes para que
eles não precisassem coabitar com suas irmãs, no entanto, os malvados deixam as
filhas dos patriarcas mais distantes para se juntarem com suas próprias irmãs e
tias. Dessa forma, Elan-him o Deus Criador do Universo ficou muito zangado
com a raça humana, não pela natureza aventureira do homem, más por causa da
idolatria, do roubo e das relações incestuosas. A proibição vem da Torát quando
Deus disse: (Bereshit – Pereq: 2, passuk:
24) “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua
mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne”.
Se fosse para o homem
casar com sua própria irmã, logicamente ele e ela não haveria necessidade de
deixar seus pais para se unir em uma só carne, haja vista, já estarem unidos
por laços de sangue por serem a mesma carne e o mesmo osso. Mas os homens
desprezaram estes ensinamentos e se casavam com suas próprias mães e com suas
próprias filhas. Esse foi um dos três motivos, além da idolatria e do roubo,
que levaram a destruição da Humanidade nos dias de Noach.
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Neste
tempo Elan-him estava tão furioso com a raça humana que pretendia destruí-la
por completamente, principalmente os habitantes das primitivas terras onde
ficava o antigo Jardim do Éden (Gan Éden). Más por causa da perseverança deste
Patriarca-Rei que, ainda, era um dos poucos homens que carregava a Chama
Divina, Elan-him decidiu adiar o plano catastrófico de destruição da humanidade
dando espaço para que os homens bons e retos de coração pudessem ser salvos da
destruição. Neste período surge duas grandes civilizações no Oriente que são
equiparadas com a civilização protonúbios do Nilo e a civilização protoubaída do
Eufrates. Nas margens do Rio Amarelo se ergue uma civilização protoxia que
tinham como ancestrais as antigas tribos dos hanoditas e este povo povoam toda
a estepe e pradaria até as mais longínqua ilhas do Oceano Pacífico. A outra
civilização era a dos protoharapas que se ergueu as margens do Rio Indu e
tinham como tribos ancestrais a dos hanoditas (originada dos filhos do
Patriarca Hanode) que mais tarde vão estabelecer domínios em separado dos
demais governantes da Terra. Os filhos do Patriarca Hanode descobrem a forma de
aproveitar o barro cozido para fabricar panelas, potes e outros utensílios bem
como o adobe de barro seco e depois queimado no fogo que vão servir para
construção de casas de alvenaria e para a edificação de cidades e povoados.
Neste tempo os adamim rishonitas que habitavam o vale o atual rio Jordão
inventaram a roda tendo como experiência a rolagem de pedras e de troncos de
madeiras que eles perceberam ser mais leve rolar do que arrastar. Assim este
invento circular propiciou grande vantagem para os homens transportarem suas
cargas a tração animal. Essa descoberta percorreu por toda a terra do Ocidente
e do Oriente, nas quatro civilizações antediluviana que existiram sobre a
Terra. Mas as civilizações humanas não iam prosperarem contra a vontade de
Elam-Him que determinou uma catástrofe que prescedeu ao Dilúvio onde a Terra
sofre um lento congelamento que vai dizimando grande partes da população
tropicais.
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REINADO
DE NOACH BEN’LAMECH: O
décimo Patriarca-Rei estabeleceu uma Dinastia que governou a Terra durante 61
mil e 570 anos, do Ano Negativo -77 mil e 293 até ao Ano Negativo -15 mil e
723, ou seja, durante o período de dezessete vírgula dez (17,10) Shars. O
reinado de Noach foi marcado por rebeliões e desobediência total sendo que este
Patriarca-Rei determinou que todos os homens que ocupavam as regiões mais
distantes da terra fossem chamados para a consciência universal da obediência
ao Criador. Más os líderes tribais de perto e de longe não lhe dera crédito aos
seus decretos, muito menos os demais Impérios que se formaram no Ocidente e no
Oriente. Dessa forma, o Rei Noach reclama para Elam-him dessa desodediência
humana e Ele promete eliminar a raça dos revoltosos. Elan-him não pretendia
destruir a Sua Criação por completa, más pretendia destruir uma grande parte da
humanidade que havia se tornado idólatra e deixado a Chama Divina cair por
terra. Dessa maneira, o Patriarca-Rei se preocupou em administrar a construção
de uma “Arca ou Abrigo” que pudesse salvar os homens bons da catástrofe que
viria sobre a face da Terra. Os homens aventureiros do Oriente, os protoyupiks,
continuam a descer sobre o continente do Sul e chegam ao vale do México dando
origens as tribos ancestrais dos Toltekas. Parte deste povo avançam para região
central do continente e se estabelecem alí dando origem aos ancestrais dos
povos maias. No final do reinado de Noach Ben’Lamech, os nômades do Norte
invadem as tribos do Sul e empurram este povo através do estreito do continete
americano fazendo se espalharem pelas planícies do Rio Amazonas. Partes das
tribos ancestrais dos protoincas ocuparam as Cordilheiras do Andes e criaram
uma civilização nestas montanhas. Outros povos foram se espalhando pela bacia
do Rio Amazonas e ocuparam toda a terra de Pindorama. Dessa forma, os sete
continentes da Terra estavam todos povoados por habitantes da primitiva raça
humana, não havia grande concentração, más havia ocupação esparsa por diversas
tribos humanas que foram os primitivos habitantes do que hoje se chama América.
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O
midrash conta que este último Patriarca-Rei, nasceu diferente dos demais filhos
de Lamech. Ele era branco avermelhado, ou seja, um branco rosado, tinha os
olhos azuis brilhante e o cabelo branco como a neve. Por causa desta
característica física seu pai o tomou por uma maldição entre seus filhos. Conta
o midrash que seu avô havia tomado uma mulher para seu pai da tribo dos
havilahítas que eram brancos como a neve e seu pai tinha a pele bronzeada, ou
seja, queimada pelo Sol. O menino foi chamado de Noach (descanso) e naturalmente
havia herdado os traços físico de sua mãe Bat-Enosh, isso era imperdoável em um
mundo patriarcal onde o filho varão tinha que ser a cópia fiel de seu pai.
Dessa forma, seu pai Lamech foi ter com o pai dele Matushaláh e pediu que lhe
intercedesse junto a Hanoch que possuía o espirito de Metatron para desvendar
aquele segredo. Lamech desconfiava que o menino era filho de anjo caído e podia
se tornar um gigante malvado. Matushaláh prontamente atendeu o pedido de seu
filho e foi ter com Hanoch que estava nos confins da Terra e dele recebeu o
oráculo que o menino era filho de Lamech, apenas era diferente, por causa da
cruza entre a etnia bronzeada de seu pai e a etnia branca de sua mãe. Mas
avisou que sobre este menino pairava um grande segredo do Eterno, pois ele
seria o salvador da humanidade se acaso os homens dessem créditos em suas
pregações. Disse Hanoch a Matushaláh que uma grande desgraça se abateria sobre
a Terra e somente os justos (tzadikim) poderia se salvar. Lamech ao receber
este conselho de seu pai aceitou o menino dentro dos padrões da época, pois ele
era pura por cruza entre os adamim e seria o futuro Patriarca-Rei que tinha a
missão de salvar a humanidade. Dessa forma Lamech quis esconder a verdadeira
identidade do menino e lhe chamava por um segundo nome que era Menachem
(conforto). Ele cresceu diferente dos demais de sua tribo e tão cedo os humanos
o tiveram por um louco e não deram crédito aos seus ensinamentos. Ele enviou
decretos através de arautos e estes mensageiros (malachim) percorriam toda a
Terra para avisar os homens que uma grande desgraça se abateria sobre a Terra
dos viventes. Seus Decretos de chamamento convidava aos homens para que
endireitasse as suas veredas por que o Eterno somente iria salvar os justos e
retos de coração. Mas poucos homens deram créditos aos seus ensinamentos e, somente,
oito comunidades da Terra se converteram do mal caminho deixando a idolatria, o
roubo e as relações proibidas.
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Quando
o Eterno criou os adamim Ele determinou uma pequena diferênça na espécie dos
humanos que seria para manter a pureza genética sem que os indivíduos fosse se
tornando fraco demais e pouco resistente as alterações climáticas. No príncípio
havia dos fatores genéticos que incomodavam a população da Terra por causa da
cruza entre indivíduos consanguíneos, um destes fatores genéticos era o ananismo
que fazia os indivíduos diminuirem de estatura e o outro fator genético era o
gigantismo que deformava o indivíduo aumentando consideravelmente a estatura humana.
No início da criação a Terra era mais quente e um vapor subia da face da Terra
durante o dia e a noite quando a temperatura caía trazia um grande orvalho que
irrigava o solo. Dessa forma prevaleceu a ocupação humana das regiões
equatoriais, tropicais e polares da Terra. Os homens que viviam há muitas
gerações nas regiões de clima quente foram cada vez mais bronzeando sua pele ao
ponto de atingir uma coloração ultravioleta bem próximo da cor preta. Os homens
equatoriais formaram uma grande civilização no interior do continente africano.
Os homens que viviam nas regiões tropicais foram bronzeando sua pele e se
tornaram de cor morena, ou amarela, este grupo de indivíduo foi o maior e
todos, pois se desenvolviam nas terras que ficavam entre os tropicos e formaram
grandes civilizações em todos os continentes. Os homens polares ou homens do
gelo eram poucos e tinham sua pela e cabelos brancos como a neve, estes se
desenvolveram nos bálticos e na região sibereana e, mais tarde, formaram uma
grande civilização dos protos-Ynupik que se desenvolveram as margens do Rio
Yukon, nas proximidades da ilha Galena. Ao migraram para o Sul do continente
americano acabaram alcançando as terras quente em clima equatorial e depois de
muitas gerações acabaram escurecendo sua pela por causa da adaptação as
condições climáticas da nova terra de Pindorama.
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Na
segunda Dinaera Negativa que permeava a metade do reinado deste Patriarca-Rei e
de sua Dinastia aconteceu uma catástrofe de grande dimensão, mas isso não foi sentida
pelos humanos. Pois se tratava do início da Era do Gelo que se deu de forma
muito lenta e no decorrer de milhares de anos tropicais. Esse fenômeno durou cerca
de uma Dinaera inteira, ou seja, quatro vírgula trinta e seis, setenta e cinco
(4,3675) Shars. O congelamento da Terra foi tão grande que cobriu de gelo dos
polos até acima dos trópicos. Acima dos trópicos havia uma fina camada de gelo
que ia se desfazendo a medida que se aproximava do equador, sobrando uma faixa
de setecentos e setenta e sete (777) quilômetros as margens do equador que não
congelou mais baixou intensamente a temperatura. Mas se tornava de espessura
imensa quando ia em direção aos polos da Terra; os oceanos e mares tropicais
ficaram totalmente congelados e muitos rios e lagos de água doce congelaram. O
único rio que permaneceu ileso diante desta catástrofe foi o atual Rio Amazonas
que corre desde a cabeceira até a foz paralelo ao equador e, portanto, suas
águas não congelaram.
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Por
causa deste fenômeno a população da Terra foi sendo dizimadas, sobrando poucas
tribos que ficavam próximo do equador, mas foram atingidas pela fome e a
miséria que se abateu sobre a população. O Rei Noach Ben’Lamech era um homem
justo e temente ao Eterno e foi avisado que quando a Terra esquentasse
novamente, haveria uma grande inindação que dizimaria a região do equador
terrestre. O rei Noach recebeu Ordem Divina para salvar partes dos animais e
uma pequena parte de homens bons que habitavam a região da Mesopotâmia, mas a
maioria dos homens tinham se tornados maus e não deram crédito nas palavras do
rei, antes zombavam dele e o tinham por um rei louco. Certo é que a inundação
foi provocada pela ira de Elam-him contra a humanidade por causa da corrupção
do gênero humano, do roubo e da idolatria. No tempo exato do grande evento o
Eterno fez aquecer o interior da terra como se aquesce a chaleira ao fogo e a
geleira começou a derreter; ventos sopravam de todos os lados e água caía tanto
de cima como vertiam das rochas, de maneira que cobriram setecentos e setenta e
sete metros acima do nível do solo varrendo toda a civilização humana, sobrando
os homens bons da Mesopotâmia que se refugiaram em um imenso barco feito pelo
Rei Noach e àqueles que atendendo ao apelo de Noach se refugiaram nas montanhas
mais alta da Terra como o Monte Evereste, Montes Urais e a cordilheira de
montanhas dos Andes. Certo é que, apenas, oito pontos de salvação houve entre
os fragelados, salvando muito pouco homens livres que formavam a Nobreza da Terra e alguns
poucos e variados escravos que sobreviveram por graças de seus senhores. A
Torát revela que, apenas os homens justos se salvaram, ou seja, aqueles que
atenderam o chamamento do Rei Noach que fez soar a trombeta pelo mundo todo
avisando a humanidade do iminente perigo que estava porvir.
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Más
muitos dos refugiados morreram de fome e de sede por que as águas doces se
misturaram com águas salgadas do mar e se tornou imprópria para o consumo, a
vida marinha foi prejudicada quando as águas dos mares retornaram a sua calmaria
e as poças de lamas se ajuntaram nos lugares mais baixos da Terra dando origem
as fósseis e as rochas sedimentares. Demorou muitos anos para que a Terra
voltasse ao normal e para que o solo fosse coberto de verde. Florestas inteiras
foram arrasadas e cobertas de lama, dessa maneira, provocou desertificação em
áreas de solo nobre. O Reino deste último Patriarca estava reduzido a poucos
homens de sua família, alguns poucos nobres considerados homens bons e vários
servos que prestavam serviço na manutenção do grande barco que foi chamado de:
“Arca de Noé”.
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Do
Dilúvio sobraram alguns poucos homens nas montanhas de Cush, nas montanhas do
Himalaia, nas altitudes dos Andes e os náufragos do Monte Ararat que foram
salvos pelo Patriarca Noach que era o Rei da Humanidade. Este monarca guardou a
história da civilização e o fez relatar em crónicas de barro cozido escrito em
cuneiforme e, dessa forma, a história antediluviana não se apagou. Os demais
povos que sobreviveram deixaram de documentar seus atos, mas permaneceu no
conto oral de cada tribo da Terra. Dessa maneira, quando floresceu uma nova
civilização pós-diluviana as tribos semitas da Terra detinham o conhecimento
guardado e gravado nas pedras cuneiforme, por isso esse povo saiu na frente contando
a história da humanidade. Esta geração de homens bons desconhecia que existiam
os demais povos que sobreviveram o Dilúvio, eles imaginavam que foram os únicos
que se salvaram da catástrofe. Dessa forma, a História Antiga privilegiou os
povos da Mesopotâmia e do antigo Egito como sendo os primitivos povoadores da
“Terra Restaurada”, más certamente existiam povos das partes mais altas da
Terra que sobreviveu a catástrofe diluviana.
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Os
descendentes de cada um dos quatro primitivos Patriarcas sobreviveram em algum
lugar alto da Terra e, dessa forma, as quatro raças primitivas que foram
criadas pelo Eterno: raça branca, raça negra, raça amarela e raça vermelha
repovoaram a Terra no período Neolítico e, somente muito anos mais tarde, é que
vão descobrir que os vários continentes cercado de grandes mares estavam
povoados de humanos que escaparam da catástrofe diluviana. A História da
Humanidade foi contada pela ótica greco-romana que aceitaram a antiga Babilônia
e o antigo Egito como fonte primitiva das gerações humanas e, na verdade, é
esta parte da Terra onde tudo começou. Apesar desta região se destacar como
primitiva e detentora da Genealogia Humana, más os descendentes dos quatro
patriarcas criados por Deus tiveram partes de suas sementes preservadas para
repovoar a Terra devastada pelo Dilúvio. Elan-him se zangou com a Humanidade
por causa da idolatria e da corrupção do gênero humano através das relações
incestuosas proibidas. Sua ira estava derramada contra a maioria da população,
más sempre reservou homens e mulheres de bens que seria digno de Sua salvação.
Dessa forma, surge o “Pacto de Elan-him” celebrado entre os homens e o Eterno
que marcou a “Nova-Era” Pós-Diluviana.
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Durante
o reinado do Patriarca Noach teve início o terceiro Ano Cósmico da Precessão e
foi quando entrou para o Tempo Noelítico que durou até a última Dinaera. O Tempo Noelítico se confunde com o
chamado Período Paleolítico apontado pelos historiadores como pré-história, o
que não é verdade absoluta, haja vista, homens e mulheres fazerem parte da
história desde a data da Criação da Humanidade. Portanto aquilo que por muitos
anos foi considerado pré-história, hoje já não se sustenta mais, vez que a
arqueologia revela a cada dia um novo achado histórico que faz alargar o espaço
do conhecimento e do tempo percorrido em busca de vestígios do passado. O Tempo
Noético durou desde a terceira Horagal, no Ano Negativo de -77 mil e 293, e se
estendeu por dois Anos Cósmicos inteiros, mais três Era Cósmica: Gemincan,
Leovirgo e Virbalan, somando aí mais trezentos e oitenta anos tropicais até que
seu reinado chegou até a primeira Dinaera Negativa. Tal período é considerado
pelos cientistas e estudiosos da geologia como sendo a “Era do Gelo” que se
iniciou por volta da Era Cósmica de Gemincan e terminou por volta da Era
Cósmica de Bascorfiúco coincidindo com a primeira Dinaera Negativa.
Provavelmente a Era do Gelo não foi uma catástrofe surgida como passe de
mágica, mas um processo muito lento de congelamento dos polos terrestres que durou
cerca de doze mil anos até que os continentes, oceanos do Sul e do Norte
sofrerão um processo de glaciação sobrando ai uma faixa muito estreita de
terras de setecentos e setenta e sete (777 km) quilômetros nas latitudes do
equador terrestre. Depois do congelamento que foi até aos trópicos, a Terra
voltou a se aquecer e quando as geleiras começaram a derreter houve uma grande
inundação que arrasou a superfície no final do período Paleolítico e início do
período Neolítico.
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Esse
fenômeno natural que se repete em determinadas Eras Cósmicas provoca destruição
em massa dos seres vivos e extermina civilização inteira provocando um
verdadeiro renascimento da vida sobre a Terra. Tal fenômeno é permitido pelo
Eterno por que já faz parte de seu planejamento para governar o Universo. Os
sobreviventes da faixa equatoriana sofreram outra catástrofe quando a Terra
gelada voltou a aquecer, pois é neste período quando as geleiras começam a
derreter é que o Dilúvio e as inundações aconteceram. Citamos o exemplo de um
congelador carregado de gelo que interrompeu o processo de resfriamento e
voltou aquecer, o resultado será a liquefação de muitas águas. Este fenômeno
aconteceu na Terra no tempo do Rei Noach, um homem justo que recebeu das Mãos
Divinas a missão de salvar seu povo da catástrofe – um Dilúvio que ceifou
muitas vidas nas regiões subtropicais da Terra deixando a salvo um pequeno
grupo de B’nei Noach que habitavam a região alta da Armênia. Más o Eterno
Criador do Universo, permitiu que mais três pequenos grupos de povos que
habitavam as regiões mais alta e mais quente da Terra, sobrevivessem a
catástrofe diluviana.
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Dessa
forma, sobraram quatro pequenos grupos de humanos espalhados por todos os
continentes para repovoar a terra depois da catástrofe. A Torat, no Sêfer
Bereshit, se refere simbolicamente ao salvamento de oito Almas que naquele
momento representavam os oito primitivos habitantes da Terra. Entretanto Deus,
na Sua infinita bondade tinha reservado representantes dos quatro grupos
primitivos para sobreviver à catástrofe e povoar novamente a Terra. O Eterno
elegeu o patriarca Noach chefe do povo semita para ser a Luz dos demais povos,
mas a distância que havia entre eles era muito grande, de maneira que, cada
povo seguiu o seu destino criando costumes e culturas dos mais variados tipos.
Coube, então, aos B’nei Noach através do Patriarca Shem manter viva a “Chama da
Luz Divina” sobre a Terra; a final entre eles e o Eterno foi estabelecida uma
Aliança Duradoura representada pelo Arco da Aliança. Dessa forma enquanto
existir os Céus, a Terra e toda a extensão do Universo, o compromisso entre os
homens e a divindade será mantido. Como parte deste compromisso entre o Homem e
a Divindade, nasceram “Sete Leis” que foram decretas pelo Patriarca-Rei, Noach.
São elas: não praticar idolatria, não blasfemar contra Deus, não cometer
homicídio, não roubar, não cometer adultério e relações incestuosa, não
maltratar os animais e Estabelecer Tribunais Justos. Seis delas eram Leis
negativas que estabelece o dever de não fazer (proibição) e uma era Lei
positiva que estabelece o dever de fazer (obrigação).
KAF – O TEMPO TROPICÓSMICO
DA DINAERA: O TEMPO SEMÍTICO (11ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 20)
Um
Novo Tempo tropicósmico mensurado pelo tempo da Dinaera se inicia na Era
Cósmica de Bascorfiúco e se estende até o início da Era
Cósmica de Capriaquápis. Esse período de tempo é que pode ser
chamado de “Tempo Semítico” por estabelecer relação entre os B’nei Noach e o chamado tempo Neolítico onde os
homens depois do cataclismo voltam novamente a cultivar a terra e criar
animais. Segundo a Torat, no Sêfer Bereshit (Caps. 08 a11), uma nova humanidade
surgiu a partir do Dilúvio sendo liderada pelos B’nei Noach (filhos de Noé).
Dessa forma a Torat fala de uma Aliança celebrada entre Deus e os Homens, tendo
como sinal o Arco nas nuvens que os judeus chamam de “Arco da Aliança” que foi
dado como sinal de aliança entre o Criador e os Homens. Este fenômeno aparece
depois das chuvas se irem e o Sol aparecer formando um arco de cento e oitenta
graus, más a aliança é um anel de trezentos e sessenta graus. É evidente que o
“Arco”, nesta nova sociedade, representa o compromisso assumido por Deus com os
homens e o outro Arco invisível que está abaixo do horizonte representa o compromisso
dos homens para com Deus e quando acontece o cumprimento de ambas as partes o
Arco se transforma em Anel de compromisso, ou seja, uma Aliança formada pelas
sete cores da Luz que para o Eterno representa o Tempo Galáctico Divino e para
os homens representa o Tempo Cósmico e o Tempo Tropical. Esse Anel Celeste
formado pelo arco visível e invisível, também representa um tempo de
compromisso entre os homens e a divindade, indicando claramente que aquilo que
foi criado no princípio (Álef) será desconstruído no fim (Tav). O Anel Celeste
representa a nova Ordem Mundial monoteísta que reina sobre todos os homens que
obedecem às sete Leis de Noach determinadas pela Providência Divina.
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A
Aliança firmada entre Noach e seus filhos com o Eterno pressupõem uma “Nova
Era”, haja vista ser firmado um novo calendário para mensurar o tempo onde mais
adiante nos relatos do Bereshit na genealogia de Avraham aparecem os dois tempos
simultaneamente: o Tempo Noético para mensurar idade dos antediluvianos e o
Tempo Semítico para mensurar idade dos pós-diluvianos. Este foi um período de
reconstrução do mundo marcado pela escravidão, guerras tribais e divisão do
trabalho humano onde os homens caçavam, faziam a guerra e as mulheres
preparavam a comida e cuidava de pequenas plantações. No início deste período,
os povos eram nômades e vagueavam de uma região para a outra, mas no final
deste período a maioria havia se tornados sedentários e se fixaram na terra
para produzir alimentos e criar animais domésticos. A Arqueologia tem se
ocupado de achados importantes como textos escritos em tábua de argila e
objetos que marcam época tanto no Antigo Egito quanto na Antiga Babilônia.
Ainda se verifica achados do período Neolítico como nas antigas ruínas de
Jericó e de Bedolina dando conta de civilizações que viveram entre oito a dez
mil anos atrás cultivando a terra de forma sedentária, fundando cidades e
criando animais domésticos.
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Este
período vai do final da Era Cósmica de Piscear, no Ano Negativo de seis mil,
quatrocentos e quarenta e um e um oitavo (-6.441,125 anos) até o provável
nascimento do patriarca Avraham, no Ano Negativo de quatro mil e três (-4003
anos) em Nippur dos Caldeus. Neste período a Terra se
encheu de gente e grandes cidades foram erigidas tanto na crescente fértil
quando para além do oriente como Índia, China e Japão e para além do ocidente
como Europa, África e América, havendo vestígios arqueológicos de que os maias,
astecas e incas se fixaram nas florestas mesoamericanas há pelo menos dez mil
anos atrás. Na crescente fértil florescia as civilizações egípcias e
babilônicas com a formação de grandes impérios que ia além de governos
patriarcais ou tribais onde a figura dos Reis se destacou por fortes dinastias
como a do Egito, dos Sumérios, Caldeus, Arcádicos, Assírios e Babilônios. Estes
últimos se destacaram pela edificação de grandes obras como a Torre de Babel
construída durante a vigência da Era Cósmica de Piscear comandado pelo Rei
Nimrode que era guerreiro e valoroso caçador de animais ferozes. Ainda podemos
registrar que na Era Cósmica de Piscear surgiu vários calendários tropicais que
foram criados para mensurar o tempo, o mais famoso de todos eles foi o
Calendário Hebraico que registra com exatidão o Tempo Tropical e foi criado no
ano novecentos e quatro desta Era Cósmica, ou seja, há cinco mil quinhentos e
trinta e sete anos antes da Era Mafraanita. Neste período surge o grande
Império Chinês do Oriente que envolvia toda a terra nipônica do Sol Nascente e
grande partes das Índias Oriental e Ocidental bem como as ilhas situadas no
Oceano Pacífico que foram sendo ocupadas pelos povos orientais. Neste período,
também, surge os povos árias que são originários dos planaltos persiano/indiano
e que foram partes dos primitivos povos que escaparam da catástrofe diluviana
se refugiando nas Montanhas Alborz.
LÂMED – O TEMPO TROPICAL
DA DINAERA: TEMPO ABRAÂMICO (12ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 30)
Este
período vai do nascimento do patriarca Avraham, no Ano Negativo de quatro mil e
três (-4003 anos) até o final da Era Cósmica de Aritauro, no ano negativo de
três mil e duzentos e vinte e meio (-3.220,5625) quando Moshê Rabênu entregou a
Torat para os judeus. Foi um período marcado pelas guerras de conquistas
realizadas pelos reis babilônicos e egípcios, períodos de grande destruição de
cidades como Sodoma e Gomorra, na Palestina, determinada por Ordem Divina. Os
críticos desta ideia colocam que a destruição destas cidades veio em função de
ataque nuclear vindo de povos de outro planeta, o que parece uma incógnita
difícil de resolver, pois se os ditos povos de Nabiru visitavam a Terra a cada 3600 anos para
roubar o ouro e tenham feito isso há cerca de dois mil e cem anos antes da era
comum, esse fato teria que se repetir no ano mil e quinhentos depois da era
comum, o que não aconteceu. Avraham, então passa a ser perseguido por Nimrode
por que ele temia que Avraham e sua descendência pudesse lhe destronar a sua
Dinastia do governo da Babilônia. No tempo de Avraham existia, na Palestina, um
reino estabelecido sobre Jerusalém (Yerushalayim) do qual Malk’tzédek era Rei e Grão-Sacerdote, segundo a
Torat, o patriarca teria oferecido sacrifício para Deus no altar do Rei de
Yerushalayim. O Patriarca Avraham recebeu ordem Divina para sair da Babilônia e
ir habitar em Canaã bem longe das jurisdições de Nimrode que só lhe desejava o
mal. Em Canaã ele acabou convivendo com as catástrofes da destruição de Sodoma
e Gomorra.
*******
No
período abraâmico surge grandes civilizações que se formam em torno da
Mesopotâmia e do Rio Nilo onde toda a África foi ocupada por ser humanos bem
como surge as grandes civilizações do Oriente como o Império Chinês, a
Civilização Hindu, a Civilização dos Himalaios e dos Nipônicos na Ilha do Sol.
Na região que hoje é chamada de Europa surge a civilização grega e os povos
javanitas vão ocupando as terras entre o Danúbio e o Mediterrâneo até ao grande
oceano Atlântico. As terras geladas da Europa vão sendo ocupada por tribos
selvagens dos árias que vieram da região das Montanhas Alborz. A região do
Cáucaso situada na Eurásia foi sendo ocupada pelas tribos de Gog e Magog que
formaram os povos russos. Foi um período de grande expansão da população sobre
a face da terra e inúmeros reinos localizados vão surgindo sem nenhuma
comunicação com os reinos mais distantes da Terra. No continente que atualmente
chamamos de Américas foram surgindo as grandes civilizações: os Astecas no Vale
do México, os Maias na América Central e os Incas na América do Sul bem como
outros povos menores que surgiram deste mesmo tronco que formaram os primitivos
povos da Amazônia e do planalto central brasileiro. Grandes Reinos e
Patriarcados Tribais foram se formando por toda a Terra de maneira que não se
podia formar um único reino sobre a face da Terra por causa dos costumes,
línguas e tradições praticados entre os diversos povos terráqueos.
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Nesta
nova terra de Canaã que foi dado a Avraham e sua descendência, este patriarca
assume a “Aliança Patriarcal” com Deus fazendo se circuncidar a ele, seus
filhos e seus animais machos. Esse ato foi interpretado como uma profissão de
fé e compromisso reiterando na “Aliança Noética” consumada logo após o
Dilúvio. Avraham prosperou em Canaã
durante toda a sua vida e na velhice gerou a Yitzhak seu filho que também prosperou nesta
terra durante toda a sua vida. Dessa forma, a tribo dos hebreus se fortaleceu
nas terras de Canaã e depois de várias peregrinações entre Egito e Filisteia,
Deus visitou sua mulher que era estéril e ela concebeu e veio dar à luz a dois
filhos: Yeshau e Yacov que se transformaram em duas nações do
mundo antigo. Depois de muitos anos de peregrinação, Yaacov teve seu filho
Youssef vendido como escravo para o Egito e este jovem lá prosperou e foi o
Grão-Vizir do Faraó. Anos mais tarde toda a tribo hebraica liderada por Yacov
migrou para o Egito onde lá viveram primeiramente em prosperidade. Passados
muitos anos entrou outro faraó de uma nova Dinastia que não conhecia os feitos
de Youssef e transformou os pastores israelitas em escravos fazendo trabalhar na
construção de obras e nas lavouras que cultivavam as margens do Rio Nilo. Por
muitos anos serviram ao rei do Egito até que Moshê Rabênu, um hebreu criado
dentro do Palácio Real e que fugiu para Madian e lá se especializou com seus
estudos na Yeshivá de Yetró seu sogro que era Grão-Sacerdote do povo medianita.
Dessa forma ele depois de quarenta anos de estudo e de pastoreio nas terras de
Madian acabou voltando ao Egito para liderar a revolta contra o Faraó Ramsés
(Armosh). Dessa maneira Moshê Rabênu se tornou o Grão-Mestre, filósofo e
profeta que libertou o povo judeu da escravidão no Egito.
MÊM – O TEMPO TROPICAL DA
DINAERA: O TEMPO MOSAICO DOS COHANIM (13ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR =
40)
Este
período de tempo vai do final da Era Cósmica de Aritauro, no Ano Negativo de
três mil e duzentos e vinte e meio (-3.220,5625) até a Conquista de Jerusalém
pelo Rei David de Israel Ano Negativo de dois mil, setecentos e oitenta e três
(-2.783). A saída dos israelitas do estado de escravidão em que se encontravam
no Egito representa um “Novo Tempo” que se estabelecia entre os B’nei Abraham
e, não só um novo tempo, mas também uma Nova Aliança espiritual que se chamou
de “Aliança Sinaítica” pactuada, no Monte Sinai, entre o povo e o Rei do
Universo. Dessa forma os filhos da aliança patriarcal abraâmica não só puderam
herdar a “Terra Prometida”, mas também alcançar a pureza da Alma através de
preceitos morais estabelecidos pelo judaísmo. Duas grandes heranças prometida
por Deus aos israelitas foram outorgada pelo Criador e Rei do Universo: o maior
legado espiritual dado ao seu povo foi a “Torat” que é a fonte de toda a
inspiração não só do judaísmo, más de toda a Fé monoteísta; o segundo grande
legado material foi a “Terra Prometida” que é a fonte de todo o patriotismo,
não só do sionismo, más também inspira outros povos para defender e valorizar
seu território.
*******
Neste
período, houve a organização social, política e religiosa do povo hebreu, com
uma Legislação bastante avançada que determina o cumprimento de seiscentos e
treze (613) mandamentos negativos e positivos. As mitsvot negativas são
trezentas cinco (365) que estabelece o dever de não fazer (proibições) e as
mitsvot positivas são duzentas e quarenta e oito (248) que estabelece o dever
de fazer (obrigação). Dessa forma, a numerologia cabalística indica que as duas
espécies de mandamentos (negativos e positivos) representa as duas máximas:
“Amar o Senhor teu Deus de toda a sua força e de todo o seu coração/Amar o
próximo como a ti mesmo”. O número seiscentos e treze (6+1+3=10) quando forem
somados seus algarismos dá o número dez (10) que representa os dez mandamentos;
o número trezentos e sessenta e cinco (3+6+5=14 > 1+4=5) ao ser somado dá o
número cinco (5); e o número duzentos e quarenta e oito (2+4+8=14 > 1+4=5)
ao ser somado também dá o número cinco (5) e o peso destas duas somas é o
número dez (10) que, além de representar o decálogo, também representa o ponto
de equilíbrio da Justiça.
*******
Moshê
Rabênu cria duas formas de Estados que é outorgada ao povo judeu: o primeiro é
um “Estado Espiritual” onde a pureza da Alma devia ser adquirida através de
práticas religiosas que cuidasse do corpo e da Alma do indivíduo. O segundo é
um “Estado Territorial” com governo soberano para dirigir os destinos econômico
e financeiro do povo judeu. Este Grão-Mestre atinge a idade de cento e vinte
anos, já velho e cansado de guerra, mas deixou um legado ao povo judeu que
perpassa pela nossa contemporaneidade. No contexto filosófico da Ciência
Política, acredita-se que para constituir a autodeterminação de um povo é
preciso dispor inicialmente de três elementos constitutivos básicos: o Povo, o
Território e o Governo Soberano. Israel tinha o seu povo e um governo autônomo,
mas lhe faltava o território que é o elemento primordial e, dessa forma, foi
preciso partir para luta armada a fim de conquistar esse novo território das
mãos dos cananeus. Depois do passamento de Moshê Rabênu, o comando militar é
passado para as mãos do general Yehoshua que dá combate na cidade de Jericó por
ser esta a cidade mais populosa e fortificada da região. Havia ali em Jericó
uma ruína dos tempos neolíticos que representava uma civilização antiguíssima
que foi uma das primeiras povoações do mundo pós-Diluviano.
*******
Moshê
Rabênu e seu irmão Aharon Hacohen instituem a Era dos Sábios Cohanim que durou
até a formação do Conselho dos Anciões onde foi constituído o Senadrin composto
pelo governo dos Setenta Sábios Shofetim. Os Cohanim trabalhavam em conjunto
com os militares e tiveram muito sucesso em suas conquistas territorial e
espiritual nos tempos do General Yehoshua. O território de Canaã foi ocupado,
mas com a morte deste Grão-General, o governo civil sucumbiu em guerras
fraticidas e os juízes (Shofetim) tomaram o poder para reestabelecer a ordem,
fundando uma forma de governo chamada de Judicatura que governou Israel até a formação da
monarquia de onde saíram os primeiros Reis de Israel: Shaul e David.
*******
O
primeiro Rei foi Shaul que estabeleceu a ordem interna e fez constantes guerras
com os filisteus, mas devida as hordas inimigas que rodeavam, não foi capaz de
consolidar o Estado Soberano. Neste contexto o Rei David assume o governo de
todas as tribos israelíticas e se notabiliza por alargar as fronteiras do país
e construir um Império que ia desde o Rio Nilo até ao Rio Eufrates. Fortalecido
em seu reino, este monarca sofre algumas tentativas de Golpe de Estado por
parte de vários revolucionários, mas o mais significativo veio de seu próprio
filho, o Príncipe Av’shalam. O Rei David contava com vários
generais, homens de guerra que eram muito fiéis a observância da hierarquia e
da disciplina militar, entre eles Yoav, seu sobrinho que era implacável em
campo de batalha. Dessa forma, saiu vitorioso em todos os combates que travou arrasando
o inimigo externo e sufocando as rebeliões interna, consagrando sua Dinastia
sobre o Trono de Israel e Judá, o que veio fortalecer o Governo de Salomão seu
filho. Salomão constrói o magnifico Templo de Jerusalém e estabelece a Era dos
Sábios Navim que começam a atuar de forma conjunta com os Cohanim que atuavam
na grande Assembleia do Templo.
*******
Neste
período surge a formação dos grandes ordenamentos jurídicos das diversas nações
onde se tornou um costume e tradição de que cada nação ou povos tivessem sua
legislação escrita. Dessa forma, não só os povos da Mesopotâmia e do Egito
tinha a compilação de suas leis, mas as mais distantes nações da Terra
começaram a constituir suas próprias leis que se fundamentavam no direito
natural dos povos e na preservação dos bons costume s e éticas consideradas
extremamente necessárias para aa sobrevivência em sociedade. O período mosaico
é entendido como o período dos grandes legisladores por que é neste período que
as nações, povos e línguas escrevem ou declamam em voz oral seus ordenamentos
jurídicos. Relato oral entre os povos da floresta brasileira dão conta que um
grande legislador oral chamado Jurupari criou um ordenamento legislativo para
disciplinar a vida individual e coletiva das diversas tribos da Amazônia que
depois este costume e tradição se espalharam por toda a terra meridional deste
continente.
NUN – O TEMPO TROPICAL DA
DINAERA: TEMPO ISRAELÍTICO DOS NAVIM (14ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR =
50)
Este
período de tempo vai da Conquista de Jerusalém pelo Rei David Rei no Ano
Negativo de dois mil setecentos e oitenta e três (-2.783) até a deportação dos
judeus para a Babilônia por Nabucodonosor no Ano Negativo de dois mil trezentos
e sessenta e três (-2.363). Neste período o pequeno Reino de Israel é
transformado em um grande Império que foi do Rio Nilo até ao Rio Eufrates, as
conquistas do Rei David foram interpretadas como anos de muitas guerras, mas
foi no final deste período belicoso que veio a paz duradoura. No tempo de
Salomão seu filho, a paz entre os vizinhos permitiram a construção do Templo de
Jerusalém de forma pacífica com a ajuda do Rei da Fenícia e de seus experientes
navegadores. Uma imensa obra aos padrões da época foi edificada sobre o monte
Moriá onde abrigava todos os objetos sagrados
como “Arca da Aliança”, Tabernáculo, Torat e demais documentos sacerdotais bem
como existia uma câmara secreta, uma espécie de cofre gigante que guardava
barras de ouro e de prata dos sacerdotes e dos aristocratas judeus. Salomão foi
bem sucedido em seu governo e conseguiu construir grandes palácios, fortificar
cidades e construir a Casa do Senhor dos Exércitos. Salomão escreveu vários
provérbios, poemas líricos e tinha muita sabedoria para julgar o seu povo.
Segundo a Torat ao efetuar um casamento político com a filha do Faraó do Alto
Egito, a princesa e depois rainha de Sabá, acabou se voltando para o politeísmo
com a adoração e participação no culto de Politeia, o que desagradou muito o
culto monoteísta e ao Eterno lhe aplicou algumas desgraças.
*******
A
pós o passamento de Salomão, o Reino Unido de Israel e Judá, após uma guerra de
secessão, acabou se dividindo entre dez tribos do Norte e duas tribos do Sul. A
divisão enfraqueceu o Poder do antigo Império de David e, mais tarde, permitiu
a conquista do Reino do Norte pelos Assírios que espalharam as dez tribos dos
israelitas entre os demais povos para além do Rio Tigre, na terra dos povos medo-persas,
atual território do Irã. A unificação das tribos javanitas para formar a Magna
Grécia se deu neste período e veio fortalecer a civilização helenista que mais
tarde se tornou um empecilho para os filhos de Israel. O surgimento de Roma,
neste período, é explicado pelo “mito da loba” amamentando os dois gêmeos:
Rêmulo e Rômulo que foram os primeiros cidadãos
romanos. “Quando um povo não tem história
bem convincente seus indivíduos se explicam através da lenda”. Toda a
História da Humanidade está fundamentada no rebento de galhos e troncos da
mesma árvore, ou seja, todos tem uma origem na Genealogia Comum. Da mesma forma
que surgiu Roma explicada pela lenda, também surgiu à Grécia com explicações na
mitologia, ambas às nações politeístas foram uma pedra no sapato do monoteísmo
judaico por desconhecer a verdadeira História da Humanidade. Ao contrário dos
egípcios e babilônios, os gregos e romanos não tinham uma história definidas
com fundamento nas tabuletas de cuneiforme ou escritas hieróglifos nas pedras
das pirâmides. As civilizações grega e romana floresceram bem mais tarde que os
demais povos da Terra e por falta de documentos que provassem as suas origens,
procuravam explicar suas genealogias nas fábulas e mitos existentes em suas
narrativas. Essa prática de organização social entre gregos e romanos
fortalecia o politeísmo e o culto a Politeia (República), dessa forma, o
helenismo e o romanismo se tornaram prática abomináveis aos olhos dos antigos
israelitas.
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O
antigo Reino de Israel foi governado por homens malvados que se desviaram dos
ensinamentos da Torat e se prostituíram com o helenismo grego que estava em
expansão por toda a Ásia menor. Quando a Fé Monoteísta estava ameaçada pelo
politeísmo da Rainha Yheshavel e do Rei Achav, então surgiram os profetas que
eram Grão-Mestres do judaísmo. Estes Sábios Navim pelas suas predições em nome
da divindade reconduziam os governantes para o caminho fundamentado na Torat. O
mais famoso de todos estes Sábios da época, foi Eliyahu Ha’navi que empreendeu
uma luta de vida ou morte para salvar a Fé Monoteísta e se tornou vitorioso
contra os quatrocentos e cinquenta Sacerdotes do deus Baal. A antiga Fé Mosaica
estabelecida pelos Cohanim e mantida pelos Shofetim foi reestabelecida com a
restauração do Altar das Doze Pedras que representava os doze filhos de Israel
e com a entrega da Chama Divina e da Capa Mística de Eliyahu Ha’navi ao
Grão-Mestre Elisha Ben Shaphat que foi
um guia espiritual para os reis de Israel e reis de Yehudá. A façanha de
Eliyahu Há’navi e seus feitos em defesa da Fé Monoteísta fez nascer a Era dos
Sábios Navim que se tornaram guia espiritual para todos os reis de Israel e de
Yehudá até que o Reino de Israel sucumbiu diante da conquista do Império
Assírio e todas as dez tribos foram espalhadas pela Terra dando início a grande
diáspora judaica.
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O
antigo Reino de Yehudá permaneceu fortalecido e superou as tentativas de
conquistas dos Assírios prolongando a dinastia de David sobre o Trono de Tzion.
Mas após cento e trinta e cinco anos da conquista do Reino de Israel pelos
Assírios, o pequeno Reino de Judá veio sucumbir diante das conquistas do Rei da
Babilônia – Nabucodonosor. Apesar de todos os esforços dos Sábios Navim para
manter a fidelidade dos Reis de Yehudá para com o Eterno Criador do Universo,
más eles sempre se desviavam do caminho em busca de um “Poder Absoluto” que era
comuns aos demais reinos politeístas. Grão-Mestres dos Sábios Navim como os
profetas: Yeshaiyahu, Yiermiyahu e outros tentaram manter os Reis de Judá
alinhado aos ensinamentos da Torat, más eles se desviavam do caminho de retidão
por que a política dos povos vizinhos era atraente para o lado do politeísmo
que se expandia pela região. A política do Rei da Babilônia era desterrar os
povos conquistados para apagar sua cultura e patriotismo e, dessa forma,
deportou os judeus de sua terra natal para os confins da Pérsia em terras
estranhas. As terras de Israel e Judá foram colonizadas com povos desterrados
de outras nações de maneira que os costumes e tradições judaicas desapareceram
do vale do Jordão, más os judeus foram valentes e resistiram o choque de cultura
com outros povos levando seus ensinamentos por qualquer lugar que habitavam.
Dessa forma, os anos passavam e com a morte do conquistador, quando cessava as
perseguições de determinado imperador, eles retornavam a sua antiga pátria com
mais motivação e patriotismo para reconstruí-la novamente.
SÂMEK – O TEMPO TROPICAL
DA DINAERA: OS GRANDES IMPÉRIOS NA ERA DOS SÁBIOS CHAZALIM (15ª LETRA DO
ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 60)
Este
período de tempo vai da deportação dos judeus para a Babilônia no Ano Negativo
de dois mil trezentos e sessenta e três (-2.363) até a Restauração do Estado de
Israel pela dinastia dos chasmoneus no Ano Negativo de mil novecentos e
doze (-1.912). O Reino de Yehudá era muito pequeno, mas situava-se no caminho
principal da crescente fértil que liga a Babilônia ao Egito e, portanto, sua
conquista por Nabucodonosor propiciou vantagens para os negócios realizados
entre os povos da Ásia e da África. Dessa forma os babilônios formaram um
grande Império que governava todo o mundo civilizado da época. A América, o
Extremo Oriente e a Europa, daquela época, não fazia parte do chamado mundo
civilizados, pois a maioria de seus habitantes se compunha de tribos isoladas,
apenas, na Grécia começava surgir algum tipo de organização social, política e
militar. O Império babilônico se fortificou muito durante setenta anos, mas
depois sucumbiu frente ao poderio militar dos povos medo-persas que estabelecem
um novo império capaz de governar desde a Índia até a Etiópia. O domínio dos
Persas se estendeu por cento e oitenta e cinco anos até a queda de Dario frente
a Alexandre Magno da Grécia. Neste período a Grécia se transformou de pequenas
tribos selvagens em uma nação civilizada com organização social, política,
militar e religiosa bem definida e Felipe II da Macedônia, após unificar, as
cidades e tribos gregas passa a ser uma afronta para o domínio universal dos
Persas. Nos últimos anos deste período, os persas estavam encontrando fortes
resistências por parte dos gregos, más foi com Alexandre o Grande, filho de
Felipe II, que a derrota de Dario, na batalha de Gaugamela se consumou.
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A
vitória de Alexandre Magno abriu caminho para o domínio do mundo civilizado por
parte dos gregos e durante cento e cinquenta e três anos, a Grécia foi senhora
do mundo, governando as antigas províncias da Pérsia até a Índia e ampliando o
domínio para a costa da África e partes da Europa. Percebe-se que a Europa não
era uma preocupação para Alexandre e seus sucessores até por que seus
habitantes não ofereciam perigo para uma organização militar do porte dos
gregos, exceto Roma que vinha crescendo vertiginosamente e se destacando nas
Batalhas Púnicas contra Cartago. Os gregos de pós-Alexandre dividiram o
Império em quatro sendo que esta divisão fortaleceu Roma para se expandir no
ocidente, ainda, os Ptolomeus do Egito travavam batalhas contra os Selêucidas
da Síria e isso enfraquecia o domínio dos gregos sobre os territórios
conquistados. Além-domas, os Selêucidas se enfrentavam em guerras fraticidas
para destronar parentes do poder, essa prática enfraquecia o sistema de governo
que começou capengar e perder espaço para os romanos. Roma surgiu de um mito na
península itálica, no Tempo Israelítico, e foi se fortificando durante o “Tempo
dos Grandes Impérios” até se tornar em uma das maiores potências que exerceu
domínio por mais de quinhentos anos sobre o mundo antigo. Enquanto gregos e
persas travavam intensos combates, Roma ia se fortalecendo e expandindo seus
domínios sobre a península itálica e fora dela. As guerras púnicas pareciam ser
travadas alheias aos domínios gregos, mas não eram, ao combater Cartago aliada
dos gregos, Roma demonstrava sua força militar e afrontava indiretamente o
domínio do Império Grego. Em poucos séculos a cidade de Rômulo se transformou
de um pequeno traçado de arruamento na capital mais poderosa da Antiguidade
Clássica.
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No
mundo das guerras há vencedores e vencidos, uma das formas de dominação é a do
vencedor apagar quaisquer vestígios históricos que possa identificar o povo vencido.
Dessa forma, os romanos apagavam a história e a cultura dos povos por eles
dominados para escrever uma nova história contada pela ótica do romanismo. Essa
prática destruidora da memória dos povos vencidos tem atrapalhado as
investigações sobre documentos históricos do mundo antigo. Tudo o que temos de
informações são contados pela visão cultural greco-romana, principalmente de
Roma que governou o mundo por cinco séculos e teve tempo suficiente para apagar
a memória de outros povos para construir sua própria versão da história da
humanidade. Os judeus que haviam sido deportados por Nabucodonosor foram
repatriados por Ciro e por Xerxes Reis da Pérsia. No tempo de Ciro o grande,
eles reconstruíram o II Templo de Jerusalém e voltaram a se instalar na terra
de Israel ocupando a Judéia e Samaria. No tempo de Artaxerxes saíram
fortalecidos após uma tentativa de extermínio, graças à interversão de (Ester)
Hadasha que havia se casado recentemente com o
rei e era judia. Dessa forma, o povo judeu, além de escapar da destruição;
ainda conseguiram obter um Decreto do Rei para exterminar seus inimigos mais
ferozes. Dessa forma, eles se fortaleceram muito durante a vigência do Império
Persa, mas vieram cair em desgraça durante o domínio dos gregos, principalmente
dos governos Selêucidas, liderados pela dinastia dos Antíocos que tentavam apagar a cultura judaica.
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Os
Reis desta Dinastia proibiram o estudo da Torat e profanaram o Templo de
Jerusalém onde eles se encontravam há três anos e meio impedido de fazer
sacrifício a Deus. A tentativa de apagar a cultura judaica e introduzir os
costumes helenistas entre os israelitas acabou motivando Matatiyahu e seus
filhos: Yehudá, Yonathan, Shimon e Yohanan Hircan a se rebelarem contra a
tirania dos selêucidas. A sedição judaica liderada pelo sacerdote Yehudá Macabi
se estendeu por toda a região da Judéia e da Samaria e logrou êxito com adesão
de grande parte da população. A guerra da independência durou cerca de vinte e
nove anos e acabou na Restauração do Estado Judeu proclamado pelos sacerdotes
da dinastia dos chasmoneus que instituíram uma forma de governo onde o Rei
devia ser o Grão-Sacerdote e sustentado pela Judicatura dos Shofetim. Os Sábios Chazalim mantiveram a Chama
Divina acessa durante toda a sua Era e foram eles que compilaram a primeira
versão da Torat escrita por Moshê Rabênu e a tornaram das pedras de cuneiformes
em folhas de papiros ou rolo de pergaminhos. Graças eles, a Chama do
Conhecimento foi guardado entre os homens de boa vontade e atravessou séculos
ligando o passado e o futuro dos ensinamentos judaicos.
AYIN – O TEMPO TROPICAL DA
DINAERA: TEMPO DOS SÁBIOS ZUGOT (16ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 70)
Este
período de tempo vai da Restauração do Estado de Israel pelos Chasmoneus, no
Ano Negativo de mil novecentos e doze (-1.912) até destruição do II Templo
Judaico de Jerusalém pelos romanos, no Ano Negativo de mil setecentos e sete
(-1.707). Depois da Guerra da Independência que levou a Reconstrução do Estado
Judaico liderados pelos irmãos Macabeus houve um fortalecimento da cultura
judaica e uma guerra expansionista. No reinado de Yohanan Hircan houve grandes
conquistas judaicas e as fronteiras de Israel foram alargadas chegando atingir
cerca de setenta por cento do antigo império judeu existente nos tempos de
David e Salomão. Depois destas conquistas e consolidação do Estado Judeu e da
Religião Judaica, houve um longo período de paz, nos reinados dos Reis
Aristóbulo I, Yehani e da Rainha Salomé Alexandra. No reinado desta monarca foi
investido muito na Educação do Estado Judeu de forma que foi erradicado por
completo o analfabetismo na nação judaica. O passamento da Rainha Salomé
Alexandra e a disputa acirrada entre fariseus e saduceus levaram a nação
judaica a cisão e o fim da independência. O príncipe e Grão-Sacerdote Hircan
disputava o trono com príncipe Aristóbulo seu irmão ao ponto de a Aristocracia
judaica ter que recorrer ao auxílio de Roma para encontrar uma solução ao
conflito interno. Essa aliança da Aristocracia judaica com o Ditador Pompeo de
Roma foi muito desastrosa para o Estado Judeu. A interversão romana a favor do
Príncipe Hircan determinou a morte de Aristóbulo seu opositor, más por outro
lado a guerra civil se propagou ao ponto de Roma determinar o fim do Estado
Judeu independente para transformar esta nação em um Protetorado Romano. O
Príncipe Hircan II conseguiu governar como fantoche de Roma, por um bom tempo
até que Herodes o Grande, aproveitando da bondade deste
Príncipe se casou com Mariane, uma de suas netas em uma manobra ardilosa
conseguiu fazer com que Marco Antônio lhe declarasse Grão-Ministro do Príncipe.
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No
governo de Herodes, o Grande, seguiu-se um período conturbado com a disputa
acirrada entre fariseus e saduceus, más o governo sanguinário de Herodes se
fortalecia. Primeiramente ele foi declarado por Roma como Grão-Ministro do povo
judeu, depois ensejando o Poder total mandou cortar a orelha do Príncipe Hircan
II para que este não pudesse exercer o cargo de Grão-Sacerdote. Se valendo da
sutileza mandou afogar o Príncipe que era seu cunhado para que nada pudesse
atravessar o seu caminho. O Rei Herodes se notabilizou pelo governo tirânico e
dessa forma impediu qualquer rebelião contra o seu reinado, reinou durante
vinte anos com o apoio de Marco Antônio e outros vinte anos com o apoio de
Augusto César, o Imperador que estabeleceu um Novo Calendário reformado o Tempo
Tropical utilizado por Júlio César. Neste período conturbado por conflitos
internos, após a morte de Herodes, o Grande, surge entre os judeus um movimento
messiânico de que a Dinastia de David devia ser restaurada para reinar em
Jerusalém. Como a Dinastia dos Chasmoneus que restaurou o Estado de Israel, não
era composta por descendentes do Rei David, esse movimento ganhou força entre o
povo e, dessa forma, vários candidatos a “Messias” surgiram pregando e
revolucionando o povo para acreditar este ou aquele possuía o espírito do Rei
David. Alguns duvidavam da capacidade destes pretensos candidatos, mas grande
parte da população prestava fé nos seus discursos e foi neste contesto que
surgiu Jesus de Nazaré onde agrupou uma grande multidão que lhe seguia. Como o
movimento era grande entre os judeus despertou o olhar das autoridades romanas
que exigiam uma posição firme das autoridades judaicas para combater os
movimentos subversivos a ordem romana.
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O
Senadrin (Sinédrio), Supremo Tribunal Judaico foi obrigado a julgar vários
compatriotas que se declaravam candidatos a Messias, a maioria deles foram
crucificados de conformidade com as leis romanas e seus seguidores foram presos
e açoitados. Alguns deles tiveram julgamentos efetuados sobre pressão dos
militares romanos, o que não permitiu um julgamento justo, de conformidade com
as leis judaicas. Alguns deles encararam o julgamento e o suplício de forma
corajosa, o que fez se tornaram mitos como é o caso específico de Jesus de
Nazaré que seus seguidores o transformaram em um herói. Os romanos combatiam as
rebeliões com todas as atrocidades que podiam, mas o movimento revolucionário
continuava a crescer até que os vários partidos políticos-religiosos fariseus,
saduceus, essênios, zelotes e outros acabaram se unindo na causa que determinou
o levante da pequena nação judaica contra o poderio do Império Romano. Os
religiosos judeus aconselhados pelos Sábios Zugot fugiam da revolta contra
Roma, pois temiam a destruição da II Templo, que lhes foi tão caro nos tempos
de seus ancestrais, más a fúria dos rebeldes zelotes e sicários, não permitiram
que a paz fosse mantida. Dessa forma, veio a Guerra dos Judeus contra Roma que
culminou com a destruição do II Templo pondo fim na Era dos Sábios Zugot.
PHÊI – TEMPO TROPICAL DA
DINAERA: A ERA DOS SÁBIOS TANAIM (17ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR = 80)
Este
período de tempo vai da destruição do II Templo Judaico de Jerusalém pelos
romanos, no Ano Negativo de mil setecentos e sete (-1707), nos tempos de Rabban
Gamaliel até ao Ano Negativo de mil quinhentos e sessenta e sete (-1567), nos
tempos do Grão-Mestre Yehudá HaNasi, o
Príncipe, quando chega ao final da Era dos Tanaim e tem início a Era dos Amoraítas.
Neste período Roma intensificou os combates contra a sedição judaica, apesar,
das inúmeras crucificações de líderes revolucionários judaicos, isso não foi
suficiente para apagar a chama de luta pela liberdade e a inevitável Guerra dos
Judeus contra os romanos se consumou. Primeiro foi Vespasiano que deu um duro
combate contra as fortificações edificadas por Herodes e mais tarde o general
Tito que comandava a décima-quarta legião tomou Jerusalém, saqueou o II Templo
e derribou seus alicerces transformando em ruínas. A queda do II Templo Judaico
significou um período de ostracismo para o povo judeu onde Roma dominada pelo
espírito politeísta procurou apagar a chama da fé monoteísta. Um calendário
egípcio-romano de natureza solar vinha sendo testado desde o governo de Júlio
César e acabou sendo reformado pelo Imperador César Augusto que mais tarde veio
se consolidar no que chamamos de “Era Comum” sendo imposto por Roma a todos os
povos da Terra, exceto aos judeus que não aceitaram este mensurador de tempo,
pois tinham seu próprio Calendário Luni-solar fundamentado no Tempo Tropical.
As revoltas judaicas como as da Fortaleza de Massada liderada pelo general
Eleazar foi uma grande conquista para os romanos, apesar da resistência e do
suicídio de todo os judeus que se encontrava naquela fortaleza, Roma acabou
dominando a revolta e exterminando os revoltosos. Mais tarde surgiu nova
revolta liderada pelo general Shimon Bar Kochba e apoiada pelo Rabino Akiva de
saudosa memória. Os sábios deste período criaram o Zohar, o Livro do Esplendor
e iniciaram a Mishená (pesquisa) com a finalidade de fazer a compilação dos
dois Talmudes: Babeli e Yerushalmi. Finalmente a Era dos Sábios Tanaítas que
carregavam a Chama Divina da Sabedoria se encerrou com um dos últimos Mestres
Yehudá HaNasi, o Príncipe que transformou seus estudos em uma nova Escola – a
dos Amoraítas.
TZADIK – O TEMPO TROPICAL
DA DINAERA: A ERA DOS SÁBIOS AMORAIM (18ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR =
90)
Este
período de tempo vai do Ano Negativo de mil quinhentos e sessenta e sete
(-1567) nos tempos dos discípulos de Yehudá HaNasi até ao Ano Negativo de mil
duzentos e setenta e sete (-1277), nos tempos do Grão-Mestre Rav Ashi, o
Talmudista, quando chega ao final da Era dos Amoraítas e tem início a Era dos
Savoraítas. Neste período acontece um dos fatos que levaram a modificação dos
ensinamentos judaicos para outra Fé determinada por Roma que foi a fundação do
cristianismo universal por Constantino Imperador de Roma, no Ano Negativo de
mil quatrocentos e cinquenta e dois (-1452). O cristianismo imposto por
Constantino procurou apagar a Fé e a cultura judaica com Decreto que proibia o
cristão de guardar o sábado e de chamar Rabinos para abençoar as plantações e
as criações de animais. Pela força da legislação romana, o cristianismo se
tornou a religião oficial do Império e o judaísmo foi perdendo seu brilho com
poucas pessoas dispostas a manter acesa a Chama Milenar da Menorá que é a Chama Divina entregue por Deus
aos homens de boa vontade. Os sábios deste período criaram o Talmude Babeli e o
Talmude Yerushalmi, além de iniciar a compilação da Guemaráh – Estudos sobre a
Numerologia Judaica.
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Roma
se fortalecia cada vez mais como um grande império e procurou estabelecer uma
política religiosa de combate ao judaísmo e de extermínio da cultura judaica.
Para ter sucesso se utilizou da madeira seca para combater a madeira verde,
vide a parábola do machado: “ele derruba a árvore se valendo do cabo de
madeira que é feito da própria árvore”. Neste contexto Roma se utilizou de
um “mito judaico” para tentar destruir a “Fé Monoteísta” consagrada desde os
patriarcas Adám, Noach e Avraham, a qual foi consolidada na Aliança Sinaítica por
Moshê Rabênu e ratificada por Eliyahu Ha’navi no combate ao politeísmo. A fundação do
cristianismo universal por Constantino Imperador Roma foi uma tentativa de
apagar de uma vez por toda a “Fé Monoteísta” dos judeus. Seu intento era destruir
a Chama Divina da cultura milenar para criar uma nova cultura capaz de
atravessar os séculos e se tornar milenar. Roma prosperou muito neste sentido
e, mesmo que seu Império militar e econômico tenha sucumbido diante dos
bárbaros e dos turcos otomanos, más conseguiu estabelecer um enorme Império
Espiritual Religioso que se assenta diante do mundo até a data de hoje.
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O
Império Romano, por um lado, prosperou diante do mundo ao consolidar o seu
modelo de “Estado Espiritual”, más por outro lado não conseguiu consolidar seu
intento de apagar a memória dos judeus da face da Terra. Roma também impôs o
seu tempo ao mundo fazendo do Calendário Juliano reformado por César Augusto
uma marca registrada de mensuração de tempo sob a bandeira do “Anno Domini”.
Este novo calendário foi denominado sobre a égide do “Domínio Universal” e
temporal dos homens; más o tempo do domínio universal estabelecido por Roma é
falho e não atende aos princípios científicos da mensuração correta por
apresentar defasagem em relação ao tempo tropical. Mais tarde esse mensurador
de tempo tropical teve que ser reajustado por apresentar falha de vários dias
em poucos séculos. Roma não sobreviveu à desgraça aplicada por seus inimigos e
depois de quinhentos anos de domínio do mundo cai em declínio sendo saqueada e
humilhada pelos povos bárbaros do norte europeu. A queda de Roma não significou
favorecimento para os judeus por que os visigodos que sucederam aos romanos
foram ferrenhos inimigos do povo judeu e lhe aplicaram contínuas e reiteradas
perseguições. Durante este período os Sábios Amoraítas não deixaram a Chama
Divina cair por terra e concluíram com sucesso a compilação do Talmude de
Jerusalem também chamado de: Talmude Yerushalmi e ampliaram o estudo da
Guemaráh.
KOF – O TEMPO TROPICAL DA DINAERA:
A ERA DOS SÁBIOS SAVORAIM E DOS GAONIM (19ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM VALOR
= 100)
Este
período de tempo vai do Ano Negativo de mil duzentos e setenta e sete (-1277),
nos tempos do Grão-Mestre Ravina II, o Talmudista, até ao Ano Negativo de mil
cento e quarenta e sete (-1147) quando chega o final da Era dos Savoraítas e se
inicia a Era dos Gaonim. Nesta época, apesar das perseguições determinadas
pelos reis da dinastia dos visigodos, os ensinamentos da “Fé Monoteísta”,
cresceram muito e os Sábios Savoraítas que eram os expositores da Torát, mesmo
em tempos de grandes perseguições, mantiveram acesa a Chama Divina. Neste curto
período de cento e trinta anos começa a surgir à imagem dos primeiros Anussim
(coagidos) que eram judeus que por força de Decreto Real eram forçados a se
converterem ao catolicismo e ao islamismo. Os dois Talmudes falam sobre isso e
refletem bem um tempo em que a cultura judaica quase foi apagada da face da
Terra, más sempre houve sábios que mantinham acesa a Chama Sagrada da Sabedoria.
Este período que foi de cerca de cento e trinta anos tropicais, apesar de
curto, más representou um tempo que floresceu os ensinamentos dos Grão-Mestres
Rabbah José Ahai que era Chefe da Pumbedita, Samuel Ben Abbahu, Rav Rahumi III
e veio finalizar com o Grão-Mestre Rabbai de Rob também Chefe da Yeshivá
Pumbedita. Com este último dos Sábios Savoraítas fechou o ciclo das gerações
Savoraítas que completou o Tamude Babilônico também chamado de: Talmude Baveli.
Após as últimas gerações destes sábios teve início a Era dos Gaonim com o Rav
Hanna que passou atuar do Ano Negativo de mil cento e quarenta e sete (-1147) e
deu início as primeiras gerações dos estudiosos dos Sábios Gaonim (Excelência)
da Academia Judaica da Babilônia e com estes surge o Exilarcado ou Gaonato
Judaico na Babilônia que durou até a ruína desta Instituição com o
florescimento do Judaísmo Sefardita.
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A
Era dos Gaonim durou do Ano Negativo de mil cento e quarenta e sete (-1147), no
tempo dos Exilarcas da Comunidade Judaica da Babilônia, quando se iniciou o
Gaonato e foi até aos tempos dos Grãos-Mestres: Nissim Gaon e Sherira Gaon que
foram os últimos do período de florescimento do judaísmo babilônico até chegar
ao Ano Negativo de setecentos e vinte e sete (-727), no tempo do Mestre Rambam
Maimônides. Uma nova Comunidade Judaica passa a florescer em Tzefarad (Espanha)
e o Centro Judaico Mundial se transfere para a Península Ibérica. Neste período
dos Savoraim e dos Gaonim, no vácuo deixado pelo Império Romano surgiu o crescimento
da “Fé Monoteísta” islâmica que se apodera das terras judaicas da Palestina.
Surge então, Maomé pregando uma Nova Fé e levando seus adeptos a crerem que “Só
Alá é Deus e Maomé é o seu Profeta”. O islamismo cresceu muito na Arábia,
Iraque, Pérsia, Egito, Palestina e Síria e em pouco tempo fazia guerra às
tribos politeístas do deserto forçando a conversão destes povos ao islamismo.
Em pouco tempo o islã cresce vertiginosamente graças às guerras de conquistas e
as milhares de conversões forçadas de adeptos de outras religiões pagãs. Neste
período surge uma grande civilização judaica nas terras da Espanha que se
tornou uma comunidade independente da Babilônia e de Jerusalém. Nos tempos do
Grão-Mestre Rambam Maimônides a comunidade judaica de Tzefarad ditava regras
para as demais comunidades de Jerusalém e da Babilônia surgindo, dessa forma,
uma influência muito grande dos judeus sefarditas.
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Neste
período que compreende as Eras dos Savoraítas e dos Gaonitas, foi construída
pelos muçulmanos, a Mesquita Domo da Rocha no Monte do Templo de Jerusalém e
isso aconteceu no Ano Negativo de mil e oitenta e seis (-1086) quando os árabes
haviam se tornados senhores das terras do Oriente Médio. Neste período foi
criado um Calendário Lunar, fundamentado no Tempo Tropical para mensurar o
“Tempo da Hégira” muçulmana estabelecendo uma “Era” marcada pela Fé Islâmica e
com a construção de uma grande Mesquita situada sobre o monte Moriá. Os árabes muçulmanos crescem e se
desenvolvem para formar um grande Império dos almorávidas que expandiu seus
domínios até a Península Ibérica. Por outro lado, os cristãos tentam frear o
crescimento dos árabes com a instituição do Sacro Império Germânico-Românico de
Carlos Magno e, mais tarde com a instituição das cruzadas que faz os muçulmanos
retrocederem com a perda do Reino de Jerusalém para os cristãos.
RÊISH – O TEMPO TROPICAL
DA DINAERA: A ERA SEFARDITA DOS SÁBIOS RISHONIM (20ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO
COM VALOR = 200)
Este
período de tempo vai do Ano Negativo de setecentos e vinte e sete (-727), nos
tempos do Grão-Mestre Rambam Maimônides, até ao Ano Negativo de duzentos e
oitenta e cinco (-285), nos tempos do Grão-Mestre Dom Yitzhak Abravanel, quando
houve a expulsão dos Judeus de Tzefarad e abriu a Era dos Sábios Acharonim.
Neste período houve a Conquista de Jerusalém pelos Cruzados e após a tomada da
Terra Santa pelos cristãos foi instituído o Reino Latino de Jerusalém onde os
cristãos criaram instrumentos para combater as heresias tanto de forma interna
quanto de forma externa. Neste período surge a inquisição e os tribunais que
condenavam os hereges a morte na fogueira do ofício. A perseguição e o combate
a Fé Monoteísta que era estranha ao catolicismo, levam ao massacre de milhares
de judeus e muçulmanos. O catolicismo fazia distinção de tratamento entre
judeus e muçulmanos, pois alegavam que os muçulmanos tinham governo próprio e
podiam se vingar dos estados cristãos, quanto aos judeus, eles alegavam que
estes não tinham “Pátria” e estavam à mercê da própria sorte. Podiam ser
massacrados por quaisquer povos do mundo sem que nenhuma força pudesse vir ao
socorro deles. Dessa forma, o catolicismo estabeleceu “pogroms” por toda a
Europa Medieval até que o ódio racial aos judeus chega ao auge com a expulsão
destes dos Reinos de Espanha e Portugal. Como castigo divino, os europeus
recebem as pragas e as pestilências que assolaram as terras europeias com a
peste negra; grande parte da Europa foi dizimada pela peste bubônica, mas a
Igreja católica não se dava conta de seus erros e recrudescia cada vez mais na
prática de mandar mais pessoas para a fogueira acusando-os de heresia e de
disseminação da pandemia.
SHIN – O TEMPO TROPICAL DA
DINAERA: ERA DOS SÁBIOS ANUSSIM E ACHARONIM (21ª LETRA DO ÁLEFBET HEBRAICO COM
VALOR = 300)
Este
período de tempo vai da expulsão dos Judeus de Sefarad, no Ano Negativo de
duzentos e oitenta e cinco (-285) passando pela fundação da primeira Sinagoga
das Américas até o nascimento do Patriarca Manuel Martins da Costa Passos, no
Ano-Zero (0) da Era Mafraanita. Com o fim da influência dos judeus sefarditas
que foi determinada pela expulsão destes dos Reinos de Espanha e de Portugal,
surge a massificação dos Anussimitas que foram considerados cristãos-novos ou
cripto-judeus. Os judeus sefarditas habitavam aquelas terras por cerca de
quatorze séculos desde quando os romanos destruíram o Templo de Jerusalém e
determinara a desocupação de todo o Vale do Jordão. Dois grupos deste povo se
dividiram sendo que um grupo saiu pelo Norte e fugiram para a Cáucaso e outro
grupo se deslocou para Sul se refugiando no Egito, como o judeu era avesso à
volta a essa nação, o grupo de desterrados fizeram uma longa caminhada pelo
Norte da África e foram até o atual Marrocos de onde atravessaram o estreito de
Gibraltar e se instalaram nas terras de Sefarad. Por cerca de mil e
quatrocentos anos viveram ali em paz, passando pelos domínios dos almorávidas,
até que nos Anos Negativos de duzentos e oitenta e cinco (-285) e duzentos e
oitenta (-280) foram novamente atingidos pelo cetro romanizado dos Reis
católicos que dominaram a região com a unificação dos reinos: de Aragão e de
Castela.
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Fernando
de Aragão e Isabel de Castela decidiram se casar unindo os reinos cristãos para
combater os mouros (árabes) e judeus que ali viviam sobre a proteção do sultão
do Império Otomano. Primeiro a expulsão dos judeus se deu no Reino da Espanha
em e, quatro anos depois foram expulsos do Reino de Portugal por decreto de Dom
Manuel, o venturoso. Cerca de duzentas e cinquenta mil almas foram forçadas a
deixarem a Península Ibérica ou abandonar a Fé de seus ancestrais. Os mais
resistentes, deixaram a terra de Sefarad e migraram para a Grécia e Turquia
onde receberam proteção do sultão Otomano para continuar professando a religião
judaica. Más a era dos grandes sofrimentos começaram para aqueles que aceitaram
renunciar a sua Fé e se converterem ao catolicismo, dessa forma, os conversos
ficavam a meio caminho entre cristãos e judeus; a final a conversão ao
cristianismo não era suficiente para mudar do dia para a noite uma cultura
milenar. Dessa forma, surgiu a figura do cristão-novo ou do cripto-judeu, pois
os conversos eram observados pelo clérigo católico e vigiados pelos
inquisidores que a todo tempo avaliavam comportamentos pessoais, hábitos alimentares
e forma de rezar. Quando alguém era pego em alguma prática judaica, pois isso
estava enraizado na sua cultura, era considerado herege e sujeito as mais
variadas formas de torturas, até mesmo a condenação à morte, em Autos-de-Fé, na
fogueira do Santo Ofício.
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O
período das grandes navegações surge em função dos judeus pretenderem se
instalar em terras longínquas e bem distantes das perseguições. Dessa forma,
assim que se consolidou a descoberta das Américas espanhola e portuguesa, a
migração clandestina se iniciou pela costa do Novo-Mundo. Na América espanhola,
os cristãos-novos foram barrados e impedidos de formar aglomerados de pessoas,
mas na América portuguesa acontecia ao contrário por que a maioria dos
astrônomos, capitães-de-mares e navegantes eram cristãos-novos e favoreciam a
fuga de sua gente para as terras do Novo-Mundo. Por outro lado, o capital que
financiava todo o empreendimento de ultramar vinha dos criptos-judeus ou
cristãos-novos de Portugal e até mesmo de grandes comunidades judaica da
Península Itálica. Casos semelhantes aconteciam com as viagens de Cristóbal
Colombo e de Américo Vespúcio onde o capital judaico imperava e a motivação das
descobertas de novas terras era a possibilidade de viver em liberdade e bem
longe das perseguições da cristandade.
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No
evento que se convencionou chamar de descobrimento da América portuguesa muitos
capitães de navegação e mestres de mares eram criptos judeus que conheciam a
travessia do Atlântico e sabiam que a muitas léguas náuticas ficava a “Éretz
Bárzil” do outro lado do grande mar. Pouco antes da viagem explorativa de Pedro
Álvares Cabral, já tinha começado as levas de migração clandestina facilitada
por Fernão de L’oronha, um cripto-judeu que era profundo conhecedor das terras de
além-mar. A exploração da madeira de pau-brasil, do hebraico (étz-bárzil) que
traduzido em linguagem ladina significa árvore-de-ferro, ou simplesmente,
madeira-de-ferro foi o ponto chave dos negócios de Fernão de L’oronha. Curioso
é saber que os judeus já conheciam a “Éretz Bárzil” e suas riquezas naturais, o
ouro, a prata e o diamante bem como uma árvore que eles davam o nome de “étz-
Bárzil” desde os tempos do Rei Salomão. Na Idade Média esta terra de além-mar
alimentava uma lenda conhecida por “Terra do Rei João” e que os cristãos
europeus imaginavam se tratar do Paraíso. Não é debalde que os índios
tupi/guarani também imaginavam a mesma terra dos prazeres, só com o nome
diferente de “Campos de Paiquerê”. Os povos do chamado Velho-Mundo se
encontraram com os povos do chamado Novo-Mundo. Na ótica dos europeus havia uma
grande descoberta, más na verdade, o continente americano já era conhecido dos
judeus desde os tempos do Rei Salomão. Logicamente eles sabiam que os
descendentes da tribo de Node tinham alcançado o Extremo Oriente desde os
tempos antediluvianos e de lá havia cruzado pelo Estreito de Bering para ocupar
o continente e se alojar no Vale do México, Montanhas Andinas e Vale do
Amazonas.
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No
período que vai do Ano Negativo de duzentos e oitenta (-280) até ao Ano
Negativo de duzentos e quarenta e quatro (-244), a costa da América Portuguesa
foi povoada por vários entrepostos que abrigavam criptos-judeus que aqui viviam
trabalhando na agricultura de subsistência e fazendo escambo com os nativos da
terra. Quando Martim Afonso de Souza, considerado colonizador oficial da Coroa
Portuguesa, aportou em Cananéia ficou surpreso ao ver tantos ladinos
portugueses e espanhóis vivendo por aquelas plagas remotas. Sua ideia era
fundar o povoado de São Vicente, nas proximidades do Morro da Jureia, mas isso
não foi possível devido à falta de instrumento de precisão que determinasse com
exatidão a linha do Tratado de Tordesilhas. Por outro lado, havia um povo
corajoso já habituado aos costumes dos nativos e com grandes comunidades
estabelecidas desde Cananéia até a Ilha do Sol. Não é debalde que a História
oficial do Brasil contada pelos jesuítas omite qualquer registro no período que
vai da viagem de Cabral até a chegada de Martim Afonso. Portanto há uma omissão
de registros pelo espaço/tempo de aproximadamente trinta e três anos e, com
isso, vem dar a falsa impressão que o marco inicial da colonização se deu a
partir da chegada dos primeiros jesuítas na costa brasileira. Naquela época, o
português (cristão-velho) que vivia com sua família no conforto da Metrópole,
não tinha motivação para vir morar na Colônia onde teria que enfrentar toda a
espécie de doença e perigos de uma terra selvagem e sem lei.
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Dessa
maneira, somente um povo oprimido e perseguido iriam se arriscar para viver por
estas plagas remotas onde em meio a selva encontrava sua verdadeira paz de
espírito para conviver com os nativos sem o fantasma de ver seus pesadelos se
tornar realidade. A esse respeito, no jargão popular português, se houve falar
que os primitivos habitantes desta terra eram criminosos e vagabundos de toda a
espécie, o que não é verdade. Sabemos que se trata de pessoas corajosas que se
arriscaram a viver por estas plagas remotas para fugir das perseguições
religiosas sofridas em Portugal. Os criminosos comuns cumpriam suas penas em
prisões no território português onde muito deles se reabilitavam na sociedade
recebendo graças do Rei, comunhão e santa unção do clérigo gozando de todo os
direitos reservados aos cristãos-velhos. Direitos esses que eram negados aos
cristãos-novos que recebiam toda a sorte de calúnia e injúria por serem, no
jargão popular, culpados pela morte de um “deus cristão”. A situação deste povo
foi cruel do ponto de vista religioso católico, pois a marca indelével de
cristãos-novos não permitia se fundir entre os cristãos-velhos e até mesmo o
casamente entre cristãos-novos e cristãos-velhos não eram permitidos. Por muito
tempo durou esta distinção entre eles até que Marquês de Pombal expulsou os
jesuítas do Brasil e determinou o fim da segregação entre cristãos. Por outro
lado, o judaísmo também fazia vista grossa para os Anussim. O dilema deste povo
durou anos com os cristãos-velhos atribuindo práticas judaicas e os judeus
tratando-os como traidores da Fé judaica pelo fato de seus pais terem aceitado
a conversão, ainda que forçada, pelo catolicismo.
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Na
Península Ibérica, antiga terra de Sefarad, de onde saiu o Mestre Maimônides,
muitos judeus orientais se orgulham de ter suas origens vinculadas ao um
passado glorioso, más isso não se podia dizer dos Anussim, se lá permaneciam
acabavam sofrendo as piores humilhações e às vezes acabavam seus dias na
fogueira do Santo ofício. Dessa maneira, só sobrava à travessia do Atlântico
como nos dias de Moisés, Fernão de L’oronha e seus navegantes conduziram pela
travessia do Atlântico a fim de alcançar uma “Nova Terra Prometida”. Com
certeza esta terra não manava leite e mel como nos tempos de Moshê Rabênu, más
naqueles dias amargos era para eles o Paraíso onde reinava a liberdade de
expressão. Durante a migração clandestina para as terras do Novo Mundo, muitas
pessoas das mais diversas alcunhas vieram habitar a Colônia e trabalhar para o
desenvolvimento da América Portuguesa. Entre dezenas de milhares deste povo que
aqui aportaram na chamada “Era quinhentista” estavam desde inicialmente, os
Martins, os da Costa e os Passos que primitivamente se instalaram em terras que
atualmente pertencem aos estados de: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e
Paraná. Essas três famílias de cristãos-novos eram muito numerosas,
principalmente os da Costa que por ser família tradicional e fundadora do Reino
Português acabavam emprestando o sobrenome para os criptos-judeus, pois era o
sobrenome mais requisitado pelos conversos que tentavam esconder sua verdadeira
origem entre alcunhas de famílias tradicionais portuguesas.
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No
Ano Negativo de duzentos e quarenta e quatro (-244), houve a fundação da Vila
de São Vicente com formação de governo e tendo aquele núcleo urbano como cabeça
da Capitania de São Vicente. Neste evento tentou sem sucesso deixar os
primitivos habitantes fora do governo, mas os pioneiros conheciam os costumes
dos nativos e já estavam habituados a negociar com eles, dessa forma, os
chamados homens bons da Vila tinha que recorrer constantemente ao auxílio dos
primitivos moradores do local. Em São Vicente já havia o cultivo da
cana-de-açúcar que fora implantado pelos criptos judeus cerca de quinze anos
antes da fundação da Vila.
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No
Ano Negativo de duzentos e vinte e três (-223), um pequeno grupo de
bandeirantes liderados pelos padres jesuítas subiram a muralha da Serra de
Paranapiacaba (mais tarde Serra de Mafraan) que dá para o Planalto de
Piratininga e chegaram até a Aldeia Tupiniquim que ficava entre os rios
Anhangabaú e Tamanduateí. Com a chegada dos primeiros padres jesuítas, as
coisas já começaram a ser modificada para os primitivos habitantes da terra, a
prova disso é o desmantelamento do arraial fundado pelo cripto-judeu, o senhor
João Ramalho, onde sua população foi obrigada a se transferir para um novo
povoado que o padre José de Anchieta havia fundado. Não foi só em São Paulo de
Piratininga que isso aconteceu; más em vários outros povoados construídos por
cristãos-novos que também foram alvos de modificação ou, até mesmo, de
desmantelamento por parte dos colonizadores oficiais que tinham plenos poderes
para afugentar o elemento judaizante da nova terra.
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No
Ano Negativo de duzentos e dezessete (-217) foi fundada a Vila de São Sebastião
do Rio de Janeiro e foram os vicentinos que saíram em socorro do pequeno
povoado que existia na enseada da baía de Guanabara. Este entreposto comercial
fora tomado de assalto pelos franceses que fundaram ali uma Colônia chamada
França Antártida, Mem de Sá e Estácio de Sá, seu irmão travaram uma dura
batalha para expulsar os franceses e os índios tupinambás que eram seus
aliados. Na dura batalha travada na praia de Botafogo, coube aos vicentinos, à
façanha de intimidar os índios e com um erro de cálculo do foguista Pedro
Martins Namorado que ao botar fogo no pavio do canhão acabou explodindo todo o
depósito com os barris de pólvora. O navio incendiou e estava indo à deriva,
mas a fumaça que subia até as nuvens despertou um mau augúrio na sacerdotisa e
ela aconselhou o cacique para se retirar do combate. Certamente para a
feiticeira tupinambá, os deuses não favoreciam a guerra dos nativos em favor de
qualquer lado europeu. Dessa forma, mais de dez mil combatentes indígenas se
abateram em fuga pelas matas e os franceses apertados pelo fogo dos bacamartes
fugiram até ao navio. Lá o capitão Nicolau Durand Wilegaignon levantou âncora e
se escapuliu para o mar aberto, não voltando mais a invadir aquela praia.
Depois desta batalha épica, muitos cristãos-novos mostraram seus valores em
combate e lentamente foram adquirindo respeito pelos cristãos-velhos que eram
uma pequena minoria. Na verdade, o povo até aceitavam a convivência pacífica
entre cristãos-novos e cristãos-velhos, mas o que causava segregação e
alimentava o ódio entre eles, eram os líderes religiosos da companhia de Jesus
que eram implacáveis com os judaizantes. A chegada dos padres jesuítas nas
terras da América Portuguesa tinha como objetivo claro: converter os nativos,
reprimir práticas judaicas, combater a heresia e a feitiçaria entre os
habitantes da terra. A chegada do clérigo português na Colônia, não foi capaz
de impedir a migração de cristãos-novos que continuou ativa até ao final do
reinado de Dom Sebastião.
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No
Ano Negativo de cento e noventa e sete (-197) instalou-se a fusão dos Reinos de
Portugal e Espanha, na chamada “União Ibérica” de maneira que a inquisição se
tornou mais rigorosa; más por outro lado, facilitou a penetração dos
bandeirantes vicentinos em terras castelhanas. Durante toda a vigência dos
sessenta anos da União Ibérica, os sertões e as missões jesuíticas foram
atingidos pelos bravios bandeirantes vicentinos que não conheciam outra
linguagem, a não ser a força das armas que imperava em todas as disputas. Entre
os valentes bandeirantes paulistas se achavam inúmeros descendentes de
cristãos-novos das mais variadas alcunhas e que aos poucos iam se livrando do
fantasma do passado para se impor como dominadores da nova terra. Neste
contexto, os “Martins” e os “da Costa” logo se fundiram através de enlaces
matrimoniais formando por volta do Ano Negativo de cento e oitenta (-180) uma
nova alcunha denominada “Martins da Costa”. Sabe-se que as famílias de
criptos-judeus costumavam fugir do casamento com famílias estranhas e, dessa
forma, havia muito enlaces endógamos onde o casamento com primas, ou seja, com
a filha do tio ou da tia era muito comum.
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No
Ano Negativo de cento e trinta e sete (-137) houve a Restauração do Trono
Português e com os espanhóis se levantaram e persuadiram os aliados da Coroa
Espanhola em São Paulo de Piratininga a se sublevarem contra o Duque de
Bragança. Dessa vez, os espanhóis agitavam os paulistas para se levantar em
arma contra aquele que eles denominavam o “Tirano de Bragança”. Houve um grande
movimento na Capitania de São Vicente e os revoltosos aclamaram Amadeu Bueno da
Ribeira como Rei do Brasil, más esta empresa não prosperou, o próprio aclamado
aconselhou seus patrícios a declararem apoio ao “Príncipe de Bragança” que foi
Coroado como Dom João IV, o Restaurador de Portugal. Usando da habilidade
política Bueno da Ribeira conquistou a confiança do Príncipe da Casa de
Bragança, não só para si, mas para todos os Capitães-Povoadores de famílias
primitivas que habitava a Capitania de São Vicente. Da mesma forma que
aconteceu com as demais famílias de Anussim e a exemplo dos “Martins da Costa”,
por volta do Ano Negativo de cento e doze (-112), começaram haver enlaces
matrimoniais entre os “da Costa” que eram famílias muitos numerosas e os
“Passos” formando uma nova alcunha denominada: “da Costa Passos”. Como se pode
observar, as raízes primitivas: Martins, da Costa e Passos formaram os “Martins
da Costa” e os “da Costa Passos” que doravante já se distinguia em cinco
famílias seiscentistas que iriam povoar o solo da antiga Capitania de São
Vicente. Território este que na época abrangia vasta faixa de terra que saía do
litoral paranaense e ia até ao litoral fluminense para de lá se encontrar na
linha principal do Tratado de Tordesilhas. No tempo dos três grandes
bandeirantes: Amador Bueno da Ribeira, Raposo Tavares e Fernão Dias Paes Lemes
havia inúmeras famílias descendente de Anussim que habitavam a Capitania de São
Vicente. Entre estes Anussim estavam às famílias: Martins, da Costa, Passos,
Martins da Costa e da Costa Passos que vieram dar origens outras centenas de
alcunhas que se juntaram neste Clã primitivo de famílias seiscentistas.
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A
Colônia, na era seiscentista, já estava bem povoada, principalmente a região
Nordeste onde os criptos-judeus já haviam fundado a primeira Sinagoga das
Américas chamada de: Kahal Zur Israel, na Cidade de Recife. Tudo parecia ir
muito bem, nas Américas, mas um evento sinistro iria marcar a vida deste povo,
primeiro começa a cobiça dos ingleses pelas terras espanholas do Norte América
e foi fato real e inconteste que os anglo-saxões se apoderaram de uma vez por
toda da América do Norte. A América portuguesa que, na Era quinhentista, já
havia sido objeto de cobiça pelos franceses, doravante nos anos seiscentistas
atrai a cobiça dos Holandeses. Desde muito tempo a República Batávia travava
guerra contra os espanhóis pela sua independência e ali era um lugar seguro
para a migração de judeus sefarditas.
Essa aproximação entre sefarditas e batávios faz aumentar a cobiça da
Holanda sobre as terras do Nordeste, já que ali existiam inúmeros
cristãos-novos que podiam colaborar com o recém-declarado Reino Holandês. A
crescente Companhia das Índias Orientais comandadas por judeus opulentos
encontraram no Nordeste um terreno fértil para instalar ali seus entrepostos
que serviriam para sustentar o negócio do açúcar com todos os povos da Europa e
da Ásia. Dessa forma, a Holanda investiu contra a América Portuguesa na
tentativa de anexar territórios para seus domínios.
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Dessa
maneira, muitos cristãos-novos do Nordeste desejaram se aliar com o povo
batávio a fim de ganhar liberdade total para sua crença no judaísmo, mas com a
expulsão total dos holandeses do Nordeste, a situação veio piorar para os
Anussim que colaboraram com o governo holandês. Muitos deles fugiram para
Curaçau, Antuérpia e Nova York. Os que permaneceram no Nordeste sofreram novos
processos de depurações tendo que enfrentar o ofício português e a fúria dos
combatentes paulistas de Domingo Jorge Velho. Sabe-se que nem todos os Anussim
se aliaram aos holandeses, ficando de fora a maioria dos cristãos-novos que há
anos estavam erradicados na Capitania de São Vicente e, estes tinham laços de
fidelidade com o Reino de Portugal. Na última batalha travada contra os batávios
dezenas de milhares deles lutaram pela “Casa de Bragança” e obtiveram
reconhecimento da Coroa Portuguesa. Dom João IV havia restaurado recentemente o
Reino Português que fora desfeito no passado em favor da União Ibérica. A nova
Dinastia dos Bragança precisava de aliados na Colônia, dessa maneira, os
cristãos-novos que permaneceram fiéis ao Príncipe de Bragança, passaram a ser
respeitado pela corte portuguesa. Na Colônia ia se fortalecendo uma nobreza da
terra liderada por cristãos-novos opulentos que controlavam a economia
açucareira e estabeleciam seus domínios sobre novas cidades e povoados.
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O
último quartil da Era seiscentista foi tomado por grandes revoltas internas com
a sedição dos escravos de Zumbi e guerra externa pela conquista da terra para
além do Tratado de Tordesilhas. Como o Reino de Portugal não podia deslocar
seus soldados da Metrópole para fazer a guarnição da Colônia, o Príncipe de
Bragança determinou a criação de Ordenanças Militares, uma espécie de milícia
armada que fazia o trabalho interno da Polícia e de o trabalho externo das
Forças de Segurança. Reprimia as rebeliões internas e, ao mesmo tempo, fazia o
papel de soldados que protegiam as fronteiras com a Espanha, doravante inimiga
do povo português. Essa milícia tinha, entre outras obrigações, o dever de
defender a costa da América Portuguesa contra invasões estrangeiras e manter a
ordem interna. Os integrantes das famílias “Martins da Costa” e os “da Costa
Passos” desde então começam a receber benesses dos Príncipes de Bragança, pois
entre seus integrantes figuravam grandes barões do açúcar e, dessa forma uma
Casta Militar composta de fundadores de povoados e de governantes das cidades
começou a se formar para enaltecer o brilho da Colônia. Bandeirantes e
desbravadores alargavam as fronteiras para além do Tratado de Tordesilhas e
havia necessidade de fundar novos povoados, guarnecer novas cidades e foi neste
contexto que as famílias “Martins da Costa” e os “da Costa Passos” se fundiram
no final dos anos seiscentistas para formar uma nova alcunha sólida denominada:
os “Martins da Costa Passos”. Uma geração de indivíduos genuinamente plantada
em terras do Novo-Mundo que, doravante se tornam barões do açúcar e das pedras
preciosas. Essa estirpe de homens bons caiu nas graças dos Príncipes de
Bragança e, desde então, passaram a fazer parte da nova Ordem Militar e
Econômica da Colônia que vai determinar as forças políticas que governam
durante toda a Era setecentista.
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No
Ano Negativo de oitenta e cinco (-85) foi fundado o Arraial de Nossa Senhora da
Luz dos Pinhais e Senhor Bom Jesus de Curitiba. A fundação deste povoado
representou um marco histórico no desenvolvimento da região Sul da Capitania de
São Vicente, onde existia no extremo Sul a Cidade de Paranaguá e de Laguna. A
partir desta data, começa as investidas dos bandeirantes vicentinos para forçar
a colonização das terras castelhanas que separavam a atual região dos Campos
Gerais entre domínio português e espanhol. Notadamente Antônio Raposo Tavares,
já tinha expulsado todas as missões jesuítas espanhola dos sertões paranaense,
mas os Campos Gerais e Campos de Guarapuava, ainda, não haviam sido ocupados
regularmente com autorização da Coroa Portuguesa. A fundação de Curitiba
representou um avanço na ocupação tanto dos campos abertos quanto das florestas
densas que começaram a ser derrubada para o plantio de lavoura. A maneira que
novas fronteiras habitacionais iam se formando, havia necessidade de homens das
milícias para guarnecer os novos povoados e cidades, haja vista, os castelhanos
nunca terem desistido de estabelecer seus domínios até a antiga linha de
Tordesilhas. As revoltas internas que começavam existir, bem como a dos
escravos liderados por Zumbi dos Palmares, também serviram para reforçar os
trabalhos das milícias da terra comandadas pelos Capitães-povoadores e das
Ordenanças Militares que abrigavam grandes contingentes de tropas comandadas
pelos Capitães-Mores. Nesta nova Ordem Militar que ia surgindo na Colônia às
famílias dos antigos criptos-judeus ia se integrando a sociedade, mesmo com a
repulsa dos cristãos-velhos. Muito ascendiam aos cargos militares por
merecimento em batalhas que demonstravam sua bravura, outros por influências de
criptos-judeus opulentos que formavam a “Nobreza Econômica da Terra”.
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No
Ano Negativo de oitenta e dois (-82), já no crepúsculo da virada do Século XVII
para o Século XVIII, da Era comum, passados três anos depois da fundação de
Curitiba, os Martins da Costa e os da Costa Passos se unem através de enlaces
matrimoniais e essa mistura veio originar a alcunha “Martins da Costa
Passos”. Dessa união dos costados genealógicos, nasceu João Martins da
Costa Passos, descendente de judeu pelos dois costados maternos onde muitos
integrantes dos “da Costa” foram sentenciados pelo Santo Ofício, más por outro
lado, ele tinha entre um de seus avós, nada menos que, o Capitão-povoador de
Curitiba Matheus Martins Lemes. Outro fator que pesou na balança foi à
capacidade econômica de sua família que eram ricos senhores de engenhos e gozavam
de importante posição social nas decisões da Colônia. Sua família formada por
homens opulentos integravam as chamadas Castas de Famílias que formavam a
Genealogia Paulistana, Genealogia Mineira e Genealogia Carioca. Esta gente
havia prosperado na terra e se tornado opulento graças aos lucros obtidos com
os engenhos de açúcar. Além do poderio econômico que representavam, ainda
dominavam o governo das Vilas distribuindo Administração e Justiça e, ao mesmo
tempo, comandavam as Forças Armadas que faziam a segurança externa e interna da
Colônia. Os anos setecentistas foram considerados anos dourados tanto para os
habitantes da Colônia como para a ascensão militar dos integrantes do Clã
Martins da Costa Passos. Integrantes desta Casta de famílias assumem postos importantes
nos mais altos cargos da Justiça, da Política e das Ordenanças Militares.
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Entre
os Anos Negativos de sessenta e nove (-69) e sessenta e sete (-67), eclodiu a
“Guerra dos Emboabas”, um conflito que marca bem a disputa de forças milicianas
paulistas com as forças portuguesas. Este evento proporcionou o desdobramento e
o fim da Capitania de São Vicente que cedeu espaço para a fundação da Capitania
das Minas Gerais e a criação da Capitania de São Paulo de Piratininga. Cerca de
cinco anos antes deste evento, Pedro Taques e outros abastados vicentinos
decidiram ocupar definitivamente as terras dos Campos Gerais onde requereram
vastas regiões de campos mimosos através de Autorização Real por Carta de
Sesmaria. Muitos integrantes das famílias Martins, da Costa e Passos, bem como
seus aparentados e agregados já haviam se tornados sesmeiros no Vale do
Parnaíba, Vale do Ribeira e Campos de Piratininga e, doravante, se atiram para
ocupar os Campos Gerais.
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Na
Era setecentista, o Clã Martins da Costa Passos se fortaleceu muito em quatro
aglomerados urbanos: Vila de São Paulo de Piratininga, Vila de São Sebastião do
Rio de Janeiro, Vila Rica de Ouro Preto e Vila de Nossa Senhora da Luz dos
Pinhais e Senhor Bom Jesus de Curitiba. Numerosos núcleos desta família foram
se formando em torno dessas Vilas e nos povoados satélites que ia se formando
pelo chão da nova terra. Naquela época todas as atividades econômicas se
concentravam nas fazendas industriais e nas estâncias de atividades
agropastoril. As Cidades e Vilas setecentistas não passavam de aglomerados
urbanos onde o povo rural se reunia, apenas, para celebrar festas ou para
passar os finais de semana. O que movia a máquina da Colônia era os campos de
produção agrícola e de extração mineral de pedras preciosas. Dessa forma, os
integrantes das famílias do Clã Martins da Costa Passos e outras famílias
primitivas se encontravam espalhadas pelos campos de produção desde as
barrancas do Rio Iguaçu até a divisa com a Capitania das Minas Gerais. Foi sobre
o comando militar e econômico desta Casta Militar de Famílias que as fronteiras
desta terra foram alargadas. Na qualidade de bravos bandeirantes da Era
setecentistas apontavam suas armas para as hordas castelhanas e empurrava-os
para além do Rio Paraná e do Rio Uruguai. Dessa forma, conquistaram os vastos
campos de criação de gado bovino e muares, região onde se acham os Campos de
Guarapuava, os Campos de Laje e os Campos de Vacaria.
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O
Clã Martins da Costa Passos foi prosperando e seus integrantes se tornaram a
“Nobreza da Terra” até atingir o auge de sua evolução no governo de Marquês de
Pombal. Este superministro de Dom José I expulsou os jesuítas do Brasil e
decretou o fim da segregação entre cristãos-novos e cristãos-velhos. Dessa
forma, nasce uma “Nova Era” para o povo Anussim e para todos os integrantes do
“Clã Martins da Costa Passos” que vão ficando cada vez mais distantes das
perseguições movida pela Inquisição. Na exposição genealógica abaixo veremos
uma pequena biografia dos principais membros do Clã Martins da Costa Passos que
ascenderam à posição social, na política governamental e nos postos militares
destinados aos homens bons nascidos na Colônia. Mesmo havendo um Estatuto de
Pureza de Sangue que eliminava os descendentes de cristãos-novos de quaisquer
cargos públicos ou títulos honoríficos destinados aos fidalgos do Rei. Os
membros desta Casta Militar conseguiram abrir exceção à regra e galgar cargos
importantes na administração da Colônia. Estes foram os nomes dos Valentes
Oficiais de renomes das Ordenanças Militares que formavam a Casta Militar
composta pelo Clã Martins da Costa Passos durante toda a vigência Era
setecentista.
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BISAVÔ DE MANUEL – O TENENTE JOÃO MARTINS DA COSTA
PASSOS, nascido no Ano Negativo de oitenta e dois (-82), casou-se no Ano
Negativo de sessenta e um (-61), com Dona Victória de Jesus dos Passos que
nasceu no Ano Negativo de setenta e oito (-78) e dela gerou quinze filhos e
filhas. Dentre os filhos do casal nove foram militares sendo que Antônio Martins
da Costa Passos, seu quinto filho na ordem de nascimento, também foi Oficial
Militar. João Martins da Costa Passos foi militar durante toda a sua vida onde
serviu como Oficial Militar, Camarista e Juiz Ordinário da Vila de São João da
Barra, do Ano Negativo de sessenta (-60) ao Ano Negativo de cinquenta e dois
(-52), na Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Serviu temporariamente
como comandante militar nas Ordenanças do Distrito de Vila Rica de Ouro Preto
em Minas Gerais – Brasil.
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AVÔ DE MANUEL – O SARGENTO-MOR ANTÔNIO MARTINS DA
COSTA PASSOS, nascido no Ano Negativo de quarenta e nove (-49), casou-se no Ano
Negativo de trinta e dois (-32), com Dona Joanna do Nascimento que nasceu no
Ano Negativo de quarenta e oito (-48) e dela gerou treze filhos e filhas,
dentre eles nasceu o primogênito Francisco que foi oficial militar bem como
mais seis filhos varões que também assentaram praça e seguiram carreira
militar. Os demais seguiram carreiras no comércio de compra e venda de ouro das
minas gerais. Antônio Martins da Costa Passos foi Militar, Camarista,
Procurador da Câmara e Juiz Ordinário da Vila de São João da Barra, do Ano
Negativo de vinte e oito (-28) até ao “Ano-Zero” (0), na Cidade de São
Sebastião do Rio de Janeiro.
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PAI DE MANUEL – O TENENTE-MOR FRANCISCO MARTINS DA
COSTA PASSOS, nascido no Ano Negativo de trinta e um (-31), casou-se no Ano
Negativo de vinte e nove (-29), com Dona Marianna de Freitas dos Passos,
nascida no Ano Negativo de trinta (-30) e dela gerou quinze filhos e filhas,
dentre sua prole nasceram nove varões sendo o primogênito Julião, os medianos
Balthazar, Antônio, Olívio, Manuel, Joaquim, José, Salvador e o filho Caçula
Braz Martins da Costa Passos. Dos nove filhos varões oito seguiram a carreira
militar, excetuando seu filho José que foi comerciante opulento e político.
Francisco Martins da Costa Passos foi militar onde serviu nas Ordenanças de
Vila Rica de Ouro Preto, em Minas Gerais do Ano Negativo de doze (-12) até ao
“Ano-Zero” (0). Ele também foi Camarista e Juiz Ordinário da Vila de São João
da Praia – RJ, do Ano Um (1) até ao Ano Sete (7), da Era Mafraanita.
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1º IRMÃO VARÃO MAIS VELHO
DE MANUEL – O CAPITÃO
JULIÃO MARTINS DA COSTA PASSOS, nascido no Ano Negativo de dezesseis (-16),
casou-se no Ano Oito (8), da Era Mafraanita, com Dona Maria Rita Quitéria do
Sacramento e dela gerou filhos e filhas. Foi Militar de carreira chegando ao
posto de Capitão da Companhia das Ordenanças da Freguesia da Sé do Rio de
Janeiro, em 27 de junho de 1788, da era comum, por despacho da Rainha D. Maria
I, data equivalente ao Ano Onze (11) da Era Mafraanita.
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2º IRMÃO VARÃO MAIS VELHO
DE MANUEL – O
SARGENTO-MOR BALTHAZAR MARTINS DA COSTA PASSOS, nascido no Ano Negativo de
Quatorze (-14), casou-se no Ano Dez (10), da Era Mafraanita com Dona Jesuína da
Costa Lemes, nascida no Ano Negativo de Sete (-7) e dela gerou filhos e filhas.
Foi oficial militar servindo nas Ordenanças da Freguesia do Rio das Velhas, na
Capitania das Minas Gerais e de outros destacamentos da Capitania de São
Vicente.
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3º IRMÃO VARÃO MAIS VELHO
DE MANUEL – O TENENTE
ANTÔNIO MARTINS DA COSTA PASSOS, nascido no Ano Negativo de Doze (-12),
casou-se no Ano Vinte e Quatro (24), da Era Mafraanita, com Dona Quitéria Maria
do Carmo Mendes, nascida no Ano-Zero, da Era Mafraanita e dela gerou filhos e
filhas. Foi oficial militar de carreira e serviu como Tenente-Mor nas
Ordenanças da Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e Senhor Bom Jesus de
Curitiba. Mais tarde assumiu o posto de Comandante em Chefe do Batalhão em
substituição ao Tenente Antônio da Costa Passos nas Ordenanças de São João da
Praia Rio de Janeiro – Brasil.
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4º IRMÃO VARÃO MAIS VELHO
DE MANUEL – O
SARGENTO-MOR OLÍVIO MARTINS DA COSTA PASSOS, nascido no Ano Negativo de Seis
(-6), casou-se no Ano Vinte e Dois (22), da Era Mafraanita, com Dona Maria
Luiza da Costa Passos, nascida no Ano-Zero, da Era Mafraanita, e dela gerou
filhos e filhas. Foi oficial militar de carreira e serviu como Sargento-Mor nas
Ordenanças da Vila de São Paulo de Piratininga. Mais tarde assumiu o posto de
Tenente-Mor em substituição ao Tenente Venâncio Faria Lima nas Ordenanças da
Vila de Itu, na Freguesia de Sorocaba – São Paulo.
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Estes
foram os Capitães-de-Famílias da Casta Militar do Clã Martins da Costa Passos
que se destacaram como bandeirantes e Capitães-Povoadores, sendo os homens de
renomes da terra que viveram na Era setecentista que antecedeu a Era Mafraanita.
No mesmo período em que se formava esta Casta Militar que ia assumindo o
controle sobre a Colônia; as regiões de sertões incultos iam sendo desbravadas
na região Sul e região Oeste do país. Dessa forma, coube aos militares e
milicianos da Era setecentista trabalhar para regulamentar a situação dos
colonos judeu-portugueses que iam ocupando os campos para criação de gado
bovino e de muares. No final da Era setecentista foram celebrados dois Pactos
entres os Reinos de Portugal e Espanha: o Tratado de Madrid no Ano Negativo de
vinte e sete (-27) e o Tratado de San Idelfonso no Ano-Zero (0), da Era
Mafraanita. Os dois documentos reais acabaram por garantir a supremacia dos
colonos portugueses nas terras de além Tordesilhas. Simultaneamente, os
bandeirantes paulistas da Era seiscentista como Bartolomeu Bueno da Silva, o
Anhanguera havia forçada a entrada de sua bandeira por muitas léguas pelo
planalto central da Colônia, dessa forma, empurrou a Linha de Tordesilhas para
as terras do além Paraguai. A região da Capitania das Minas Gerais formada na
Era setecentista também contribuiu com seu desenvolvimento para empurrar a
linha de Tordesilhas e ampliar o domínio português sobre a América Espanhola.
Dessa forma, ampliava-se o território da Colônia e abria duas importantes
frentes de negócio entre os criadores de gado dos Campos do Sul e os
mineradores da Vila Rica de Ouro Preto.
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No
Ano Negativo de quarenta e quatro (-44), o tropeiro Cristóvão Pereira de Abreu,
um cristão-novo opulento inaugurou a Estrada Real das Tropas com a primeira
leva de muares que foi tangida de Viamão, na Capitania de São Pedro do Rio
Grande do Sul para Vila Rica de Ouro Preto, na Capitania das Minas Gerais.
Depois dele inúmeros tropeiros e mercadores se arriscaram pelo trajeto que se iniciava
na Vila de Sorocaba, da Capitania de São Paulo de Piratininga, passando pelos
Campos Gerais, Campos de Lajes, Campos de Vacaria e finalmente chegava à Vila
de Viamão, na Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul. A viagem era muito
longa e cansativa até a região das minas de ouro, dessa forma, os negociantes
paulistas se colocaram entre os gaúchos e mineiros fazendo um entreposto na
Vila de Sorocaba onde realizavam grandiosas feiras de animais comprado no Sul e
vendido no Norte. Dessa forma, os comerciantes civis e militares do Clã Martins
da Costa Passos e outras famílias aparentadas e agregadas desta Casta Militar,
viram neste negócio, a possibilidade de ganhar muito dinheiro, operando com
grandes companhias de tropas de bovinos e muares. Durante dois séculos, as
imensas companhias de tropas salpicaram este chão pelos cascos dos cavalos para
garantir a segurança militar, o progresso e a economia de nossa gente. Cidades,
Vilas e Freguesias foram se erguendo, Sesmarias, Estâncias, Fazendas e Sítios foram
sendo desbravados pelos braços fortes de nossos ancestrais. O progresso avançou
tanto pela direita quanto pela esquerda, deste laborioso caminho que os heróis
ousaram batizar de “Caminho de Sorocaba/Viamão”.
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Neste
contexto de conclusão do antecedente histórico, os descendentes da estirpe
sefarditas cruzaram o Atlântico, se firmaram como Anussimita em terras do Novo
Mundo e com braços fortes desbravaram a América Portuguesa. Desde os primórdios
da colonização, na Era quinhentista, na Era seiscentista e na Era setecentista,
esta gente se multiplicou em grande número, desbravaram a terra, fundaram
povoados e ergueram cidades nas montanhas e vales. Defenderam este torrão da
falácia das rebeliões internas e expulsaram as hordas estrangeiras que ameaçavam
esta terra para que fossem se estabelecer para além das barrancas do Rio
Paraná. A Casta Militar do Clã Martins da Costa Passos por seus patriarcas:
João, Antônio, Francisco e Manuel juntamente com os demais ancestrais de origem
Anussimita, ao longo de quatro gerações bem distintas se firmaram com uma
identidade própria para formar a “Sociedade Mafraanita” que surge com o
nascimento do Patriarca Manuel Martins da Costa Passos, o Pai de todas as
gerações mafraanitas.